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Estado de Minas

Faltam fiscais para inspecionar restaurantes de BH

Prefeitura aplicou multa de R$ 7 mil a restaurante que serviu comida estragada, mas há 130 profissionais da Vigilância Sanitária para inspecionar 4,3 mil estabelecimentos


postado em 31/05/2011 06:00 / atualizado em 31/05/2011 05:57


Um peixe estragado, servido neste ano num restaurante da Pampulha, custou ao proprietário da casa uma multa de R$ 7 mil aplicada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), via Secretaria Municipal de Saúde. Os proprietários, portanto, devem ficar atentos ao que levam à mesa dos clientes, e o consumidor, de olho no que come em qualquer um dos 4,3 mil estabelecimentos da capital. Desse total, 80% são do tipo self-service e bufê livre, de acordo com o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (Sindhorb). Para denunciar as irregularidades quanto à limpeza e qualidade da comida, basta ligar 156.

"Normalmente, prefiro comida refogada. Tive uma intoxicação numa festa de fim de ano, comendo coração de galinha mal-passado. Outras 10 pessoas passaram mal também e cheguei a ir para o hospital. Depois disso, passei a me preocupar mais com a comida na rua. Fico atenta com a aparência e limpeza do lugar, tento dar uma olhada na cozinha e evito folhas onde não conheço o processo de higienização", Luciana Vasconcelos, 30, estudante (foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)
Segundo a fiscal da Vigilância Sanitária da PBH, médica veterinária Cirlene Rodrigues Ribas, o serviço dispõe de 130 profissionais, distribuídos nas nove administrações regionais, que obedecem a um cronograma de inspeção dos restaurantes, atendem as denúncias dos consumidores e apuram os casos de intoxicação alimentar. De acordo com o Código Sanitário do município, as casas só podem funcionar mediante o alvará sanitário, liberado pelo setor de vigilância com base nas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Depois de concedida a licença sanitária, os fiscais voltam aos estabelecimentos, verificando o fluxo de produção, que inclui recebimento dos produtos, manipulação, preparo e venda nos balcões de exposição; parte física da casa; e apresentação do manipulador ou encarregado do serviço. “É um processo de fiscalização para avaliar os riscos sanitários e evitar contaminação, mas também de cunho educativo”, afirma a médica veterinária.

Refrigeração

As multas maiores, caso do peixe servido na Pampulha, podem chegar a R$ 7 mil. Entre as infrações anotadas pelos fiscais sanitários em BH estão o mal acondicionamento dos alimentos – sem refrigeração ou guardados em geladeiras desreguladas –, queijos sem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), alimentos cuja procedência não pode ser comprovada, fluxo de produção confuso, com problemas principalmente na cozinha, e exposição inadequada dos alimentos. Como forma de proteção para o consumidor e para garantir a qualidade, os alimentos frios devem ser armazenados numa temperatura baixa (de até 10 graus). Já os quentes, acima de 60 graus.

Cirlene diz que a situação dos restaurantes tem apresentado “melhoria grande”, com a busca dos proprietários em cumprir as determinações da vigilância sanitária. E que o número de fiscais tem sido suficiente para atender a demanda. Mesmo assim, lembra que as pessoas que almoçam em restaurantes devem observar o aspecto da casa e os balcões com as vasilhas, já que as pessoas que estão se servindo podem, eventualmente, tossir, conversar ou deixar cair um cabelo sobre a comida. E em caso de notar qualquer irregularidade – falta de limpeza do estabelecimento ou dos funcionários (cuidados com as unhas, limpeza do guarda-pó e apresentação suspeita da comida – denunciar à fiscalização.


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