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Estado de Minas

Médicos alertam para o perigo do glaucoma


postado em 27/05/2011 06:00 / atualizado em 27/05/2011 08:05


Uma doença silenciosa, que surge sem sintomas, se agrava com a idade e pode causar cegueira. No Dia Nacional do Combate ao Glaucoma, lembrado nessa quinta-feira, especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce e da prevenção para controlar a pressão ocular e evitar danos irreversíveis. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença afeta 60 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a estimativa é de que haja 1,2 milhão de portadores de glaucoma. Segundo o coordenador do Centro de Referência de Glaucoma e Catarata do Grupo Santa Casa de Belo Horizonte, Wagner Duarte Batista, 30 mil pacientes na Grande BH apresentam suspeita ou são afetados pela doença.

O glaucoma é causado pela lesão do nervo óptico, em função da pressão ocular, e representa a terceira causa de cegueira no Brasil. “É uma doença sem cura, mas tem controle. Daí a importância de se ter um diagnóstico o mais rápido. Um exame de rotina já indica ou descarta a doença. A partir dos 40 anos, o glaucoma chega a atingir 2% da população. Entre 70 e 80 anos, a incidência varia de 8% a 10%”, afirma o especialista.

Ele explica que a forma mais comum da doença é assintomática, mas destaca alguns fatores de risco que favorecem o seu aparecimento, como histórico familiar, afrodescendência, aumento da pressão intraocular, alto grau de miopia e uso constante de colírio com corticoides. Wagner faz um alerta: “Dos 30 mil pacientes portadores de glaucoma ou com suspeita na Grande BH, apenas 20% já teriam diagnóstico ou estariam em tratamento. Isso também é um problema, quando se fala da importância do diagnóstico precoce para iniciar o controle da doença”, diz o médico.

O engenheiro João Carlos de Sabóia Magalhães, de 54 anos, descobriu a doença no início e há 12 anos convive com o glaucoma. Com vista cansada, ele procurou um oftalmologista para exame de rotina e, além da miopia, o médico detectou que João Carlos tinha glaucoma, apesar de não sentir nada nem lembrar de nenhum caso na família, o q ue aumenta em 6% as chances de desenvolver a doença.

“Não tinha muita ideia do que era a doença. O médico me explicou que a pressão ocular danifica o nervo óptico e a pessoa vai perdendo a visão, até ficar cega. O colírio ajuda a controlar a pressão e não deixa a doença avançar. Desde que descobri o glaucoma, uso colírio duas vezes por dia, faço anualmente um exame de campo visual e levo vida normal”, diz o engenheiro.

O tratamento com colírios não é barato, mas a rede Aqui Tem Farmácia Popular garante desconto de 90% no fornecimento do medicamento maleato de timolol.


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