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Estado de Minas

Páginas do EM nasceram no fim da década de 1920, atiçadas pelos modernistas


postado em 27/03/2011 07:00 / atualizado em 27/03/2011 07:11

Páginas que nascem no fim da década de 1920, atiçadas pelos modernistas, atravessam o século imprimindo a marca da coragem e chegam a 2011 com a força da juventude e a experiência dos veteranos. O Estado de Minas começou a sua história, em Belo Horizonte, pelas mãos de um grupo de idealistas – o professor de direito Pedro Aleixo e os amigos Mendes Pimentel e Juscelino Barbosa. Aleixo compra as oficinas do Diário da Manhã e, em 7 de março de 1928, circula a primeira edição do EM, com tiragem de 7 mil exemplares. Já em sua fundação, estava o compromisso inscrito no próprio nome: marcar a identidade de um jornal mineiro, voltado para os interesses do estado.

No primeiro ano, pouco sucesso, pois era difícil quebrar a preferência pelo Minas Gerais, órgão oficial do governo do estado. Mais duro ainda convencer anunciantes a se comprometerem com o diário. Entretanto, o novo jornal percorreria caminhos daqueles traçados por 160 periódicos de vida curta, que nasceram e morreram entre 1894 e 1928. Mas os primeiros passos daquele que viria a se consolidar “o grande jornal dos mineiros” não tardariam a ganhar vigor.

Tudo se passa rapidamente, pelas mãos de outro modernista, o advogado Milton Campos, que também era correspondente do jornal mineiro no Rio de Janeiro e redator de O Jornal, de Assis Chateaubriand. Em maio de 1929, Milton Campos faz a intermediação do negócio entre Aleixo e Chateaubriand. O primeiro pedia 700 contos de réis pelo empreendimento, que, naquele momento, limitava-se a um pequeno prédio no Centro de Belo Horizonte, algumas máquinas e muitas dívidas. A barganha se encerraria ao ser cravada a cifra de 500 contos de réis.

Com o negócio, o paraibano Chateaubriand consolida o embrião de seu futuro império das comunicações, conhecido como Diários Associados. Havia adquirido, em 1924, O Jornal, no Rio, e o Diário da Noite, em São Paulo. Fundara a revista O Cruzeiro, em 1927, e comprara o Diário de Notícias, em Porto Alegre (RS). Mas faltava Minas, lembrou Fernando Morais, o biógrafo de Chateaubriand. Ao desembarcar em BH no trem Vera Cruz, com a promessa do dinheiro do negócio no bolso, Chateaubriand está determinado a sacudir o desânimo que se abatera sobre a equipe do EM.

Chateaubrind traz para o jornal, além de Milton Campos, então com 29 anos, o jovem Tancredo Neves, recomendado pelo presidente de Minas Gerais, Antonio Carlos Ribeiro de Andrada. Pedro Aleixo, com 28, continua na casa. Dario de Almeida Magalhães, de 21, é nomeado diretor e José Maria Alkmin, de 28, se torna o gerente. A nova equipe tem uma só função: transformar o diário em sucesso editorial. Na verdade, o nome do jornal era O Estado de Minas, e em junho daquele ano passa a se chamar Estado de Minas.

Nas décadas posteriores, o jornal assumiu a liderança na imprensa mineira, a qual se mantém até hoje. Chateaubriand, que chamava o EM de “o nosso Times” se ligou muito aos mineiros e elogiava suas qualidades de "dosar quando é necessário e levantar a voz quando preciso".


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