Os sindicatos Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) e Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) se reúnem na manhã desta quinta-feira, na Secretaria Regional do Trabalho, no Centro de Belo Horizonte, para tentar uma nova negociação. Os professores pedem reajuste salarial de 12%, regulamentação da educação à distância, equiparação do piso da educação infantil (de 0 a 3 anos) ao do ensino fundamental (1º ao 5º ano), eleição de delegados sindicais a cada 50 trabalhadores na instituição de ensino. Além disso, reivindicam mudança de data base em 1º de abril, inclusão do benefício seguro de vida e a criação de uma comissão para tratar da violência e saúde na escola.
As escolas oferecem reajuste de 7,5%. Segundo o Sinep-MG, o aumento de 12% é inviável para escolas do interior de Minas. Um reajuste como esse poderia comprometer o funcionamento das escolas menores e ameaçar a existência das instituições.
O resultado do encontro desta quinta-feira será apresentado aos professores na sexta-feira, durante uma assembleia às 9h na Faculdade de Medicina da UFMG. Caso a proposta seja recusada, a greve pode continuar. O Sinep-MG também faz assembleia na sexta-feira para discutir a proposta que estão apresentado aso educadores.
Betim
Cerca de mil professores da rede municipal de Betim entraram em greve nesta quinta-feira. A paralisação é por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), os educadores reclamam ausência de reajuste salarial desde 2009 sem reposição do índice da inflação do período. Além disso, houve a suspensão da carreira dos profissionais e uma série de contratações irregulares nas escolas.
A rede municipal da cidade conta com quase 5.500 profissionais, atende mais de 50 mil alunos, distribuídos em 67 escolas. A categoria se reúne em nova assembleia no próximo dia 30, às 15h, e para definir os rumos do movimento.