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Estado de Minas Sempre Chanel

Entre tweeds e rendas

Maior nome da alta-costura francesa, Coco Chanel continua pontificando na moda mundial, mesmo que seu estilo tenha duvidosas reproduções


01/08/2021 04:00

(foto: chanel/divulgaçao)
(foto: chanel/divulgaçao)


Um pouco da história: marca de alta-costura francesa criada em 1909, tinha como lenda Gabrielle Chanel, uma mulher fora do comum, aplicada durante toda sua vida em esconder suas origens obscuras. Filha ilegítima ela conheceu desde cedo sua orfandade, criada em um asilo para crianças sem pais.Isso fez com que fosse, durante toda sua vida, uma defensora da emancipação e da liberdade. Mocinha, foi cantar em um café da cidade e notada por um jovem cavaleiro, Etienne Balsan que a inicia na vida em castelos. Longe de todos os preconceitos, ela passa a frequentar esse meio mundo, com charme e simplicidade, usando roupas que tomava dos amantes. Foi levada para Paris por Boy Chapel e uma vez instalada começou a criar chapéus para um círculo de amigas. Bonita e jovem, era muito convidada. Durante um verão passado em Deauville, resolveu abrir uma butique o que foi ótimo porque durante a guerra, essa estação balneária tornou-se o refúgio seguro de uma clientela chique e rica. Foi quando começou a criar vestidos-camisa bordados com motivos típicose foi a primeira estilista a lançar o pretinho básico para a noite.
 
(foto: chanel/divulgaçao)
(foto: chanel/divulgaçao)
 
 
Tornou-se famosa com seus tailleurs de linha simples, em tweed, vestidos fluídos de musseline ou renda. Em 1921 lançou seu primeiro perfume, o Nº 5,que logo se transformou em um best-seller mundial. Quando a Segunda-Guerra Mundial começou, ela fechou sua casa em Paris, dispensou seus empregados e foi morar na Suiça onde ficou durante 15 anos. No fim da guerra, o new-look se impôs no mundo, assim como a moda americana. Ela continuou com seu estilo clean, o tailleur de tweed se impôs e ela seguiu sendo a primeira e mais importante criadora feminina da moda francesa. Até que em 1983 cedeu ao progresso e abriu uma etiqueta de prêt-à-porter, que foi entregue a Karl Lagerfeld, estilista que, durante muito tempo, dirigiu a marca, especializando-se em destruir toda a filosofia de simplicidade e luxo clean criados por Chanel.
 
(foto: chanel/divulgaçao)
(foto: chanel/divulgaçao)
 

Lançamento 2021  Um ano e meio depois da útima apresentação, a Chanel volta a desfilar presencialmente e horas depois em vídeo, uma coleção de alta-costura, a céu aberto no Palais Galliera, enquanto o Grand Palais permanece fechado para reforma. O trabalho de impressionistas como Manet, Marie Laurencin e Berthe Morisot foram a inspiração de Virginie Viard, gerando belos looks com um trabalho de plumas e bordados que remete às pinceladas, acompanhado de silhuetas inspiradas em fotos de Gabrielle Chanel no fim do século 19 que também poderiam ter saído de um quadro de Manet. “Adoro ver cores no inverno acinzentado”, disse Viard. “Eu realmente queria uma coleção particularmente colorida que fosse bem bordada, algo quente.” Delicioso de acompanhar o clima de “retomada” que vem tomando esta temporada parisiense, a primeira a reunir alguns convidados de outras partes do mundo novamente, ainda que em poucas apresentações e sempre para um grupo reduzido. Mood de celebração que também deu o tom do desfile , que terminou com todas as modelos reunidas sob aplausos na escadaria e com a noiva jogando seu buquê para a plateia.
 
(foto: chanel/divulgaçao)
(foto: chanel/divulgaçao)
 
 
A apresentação foi iniciada com um vídeo dirigido pela dupla Inez and Vinoodh e Sofia Coppola tendo como locação o apartamento de Gabrielle Chanel no número 30 da Rue Cambon, em Paris.O prédio, que abriga o Museu da Moda de Paris, exibe atualmente uma retrospectiva da obra de Gabrielle Chanel. As cores escolhidas para a coleção, que é praticamente toda branca e preta, tem inspiração no filme. A coleção possui um mood jovial, com ênfase em peças com comprimento mini, cintura baixa, meias arrastões e top cropped. Um grande destaque são os 28 tecidos (que representam 30% do total) sustentáveis e certificados, como algodão orgânico e o tweed reciclado, que foi assinado pelo pelo Atelier Lesage. Além do ar mais jovem, a maison também apostou em uma pegada punk, com grande presença das cores preto e branco presentes em quase todas as peças), e acessórios como piercings de boca com o logo Chanel, mini bolsas presas na coxa e diferentes colares com um design mais pesado.
 
(foto: chanel/divulgaçao)
(foto: chanel/divulgaçao)
 
 
Outros destaques da coleção foram as mega lapelas que apareceram em vestidos, casacos e macacões, peças com um ar praiano como kaftans, saias e saídas de praia, diferentes aplicações como rebites metálicos, pequenas flores e pérolas em diferentes peças, detalhes de franja e vazado.Aa atriz americana Margaret Qualley usando um vestido de noiva como o último "look" da alta costura,fechou o desfile jogando o buquê para os convidados respeitando a tradição do vestido de noiva fechar os desfiles de alta costura.
 
(foto: chanel/divulgaçao)
(foto: chanel/divulgaçao)
 
 
Em seus vestidos de inspiração impressionista, saias xadrez e vestido de cetim branco com nós pretos, Virginie Viard afirma que se baseou nas pinturas de Berthe Morisot, Marie Laurencin e Édouard Manet para desenhar a coleção. Com tons inusitados de laranja, malva, verde e amarelo, a criadora rompeu com o habitual preto-branco-bege que caracteriza a Chanel. A trança banana que penteava a maioria das modelos e os tons escuros da maquiagem dos olhos deram um toque punk aos vestidos com babados e ternos de tweed, finalizados com salto. Para a noite, Chanel propõe camisolas e pijamas transparentes.
 
(foto: chanel/divulgaçao)
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Para copiar 
 
O tecido icone de Chanel continua participando de todas as coleções posteriores à suas criações. 
Lagerfeld foi o que mais ousou, mas ele continua presente em versões que certamente não têm nada a ver com a criadora da grife. Mas o nome Chanel dá prestígio e nesta última coleção lançada para 
o inverno,alguns detalhes se destacam, e se assemellham às ideias de Coco Chanel:
 
(foto: chanel/divulgaçao)
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O tweed continua participando de variados modelos, em tecelagem original ou aproximando-se do jeans

As rendas estão nos modelos sofisticados para noite, em trançados originais ou com superposição e definição de cores

O vermelho aparece em várias versões, é uma das cores sempre presente na grife

 Outra presença constante é a dupla branco e preto,em superposição ou em detalhes como punhos, coletes ou golas

As saias godês, de tamanho midi, comparecem bem amplas, combinando com jaquetas e coletes em tweed

Saias ciganas, com vários babados,alguns deles detalhados com plumas coloridas 

Chanel detestaria mas ela estão lá. jaquetas muito amplas, combinando com coletes

Saia lápis e jaqueta tradicional, combinando com sutiãs aparecendo, barriga de fora

Duas cores símbolos da grife não foram esquecidas: o histórico “rosa chanel” e o rosa shocking

Sofisticados, os longos para noite combinam saias de plumas com top florido 
 
(foto: chanel/divulgaçao)
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