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Estado de Minas Inverno

Além da moda

Verdadeiro testemunho da engenhosidade humana, o couro desempenhou um papel importante no desenvolvimento da civilização


25/07/2021 04:00 - atualizado 24/07/2021 23:41

(foto: prada/divulgação)
(foto: prada/divulgação)


Adão e Eva foram criados nus, mas anos e anos depois o uso da pele e do couro para cobrir e aquecer o corpo foram utilizados pelo homem desde a pré-história. Desde então, os benefícios da utilização de couros de animais secos foram reconhecidos, quando o homem primitivo começou a usar formas antigas de couro para vestuário e abrigo contra condições adversas.Os primeiros artefatos de couro registrados criados por sociedades primitivas datam de 1300 a.C., quando o homem começou a apreciar a pele de animais muito mais do que apenas um subproduto alimentar. Anos e anos depois, a história descobriu que o vestuário em couro foi muito utilizado na Grécia e Roma antigas.
 
(foto: prada/divulgação)
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Sabia-se que os gregos antigos usavam couro para fabricar sandálias e outras peças de vestuário durante a era homérica, por volta de 1200 a.C. A prevalência da manufatura de couro começou a se espalhar para o Egito, onde foi reverenciada e apreciada pelos faraós e rainhas, e mais tarde para Roma, onde era comumente usada pelos soldados de infantaria para criar camisas protetoras e arsenal. Na Idade Média, mercadores já tinham inventado maneiras práticas para curtir a pele dos animais para torná-la macia e maleável. Como consequência disso, foram criados acessórios como luvas e sapatos e, com isso, ficaram muito mais elegantes e desejáveis. Aos poucos, a história do couro foi entrando no mercado da moda. Séculos depois, os pilotos da 1ª e 2ª Guerra tornaram-se heróis em suas jaquetas de couro forradas com pele de animais. A peça acabou ganhando visibilidade e começou a ser usada também por motociclistas e motoristas e, com isso, passou a ser associada a viagens de aventura e alta velocidade. Ela se tornou símbolo da era moderna.
 
(foto: prada/divulgação)
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De século em século, a qualidade do couro e da pele chegaram aos tempos atuais e, da mesma forma, os designers buscam maneiras novas e inovadoras para mostrar a versatilidade da indústria têxtil. Houve época em que couros como de crocodilo, pele de cobra e de avestruz aparecem nas passarelas e nas páginas de revistas de ponta, além de acabamentos de couro exclusivos, como a camurça.O excesso do uso e da criação exclusiva para usar na moda deu força a uma nova política de proteção aos animais e o normal atualmente, no lançamento das coleções, é o uso de produtos produzidos com tanta qualidade que conseguem enganar até os mais entendidos, que confundem couros e peles com os naturais.
 
(foto: prada/divulgação)
(foto: prada/divulgação)
 
 
Anualmente, centenas de milhões de coelhos, raposas, martas, chinchilas, guaxinins, furões, esquilos, cães, gatos e outros animais são criados e mantidos em jaulas das chamadas “quintas de peles”, estando condenados a uma morte brutal para que as suas peles e pêlo sejam usados em casacos, coletes, relógios, sapatos, malas, brincos e em várias outras peças de roupa e acessórios. Esses animais são as verdadeiras “vítimas da moda”.Os animais criados nas quintas de peles são mantidos em jaulas muito pequenas, muitas vezes em condições de sobrelotação e sempre altamente intensivas, frequentemente expostos aos factores climáticos, ou seja, sem estar minimamente protegidos do calor ou do frio, da chuva ou mesmo da neve. Essas investigações deixaram também claro como muito pêlo vendido – e, por vezes, etiquetado – como pêlo sintético é, na verdade, pêlo de cão, de gato ou de coelho, ou de outros animais, sendo tratado especialmente para parecer pêlo artificial, sendo usado como tal em peças de vestuário, acessórios . Mas a atração que o homem sente pela beleza desses materiais, faz deles de importância total durante a criação de coleções de moda.
 
(foto: prada/divulgação)
(foto: prada/divulgação)
 

Tentações do frio Quando o frio chega, a imagem mais atrante que nos vem é sem dúvida as peles – em casacos ou detalhes que são os mais atuais. Nos anos 50, quando esse tipo de estilo e luxo eram mais atuais, uma loja chamada A Sibéria era a única de Belo Horizonte que tinha ampla oferta de casacos de raposas e outras peças que encantavam e atraíam as compradoras. Como a moda muda, as peles praticamente sumiram dos closets nacionais, se bem que a chegada do frio intenso revive esse conforto. E a coleção lançada pela marca italiana Prada, para o inverno, está repleta de peças produzidas em peles naturais ou produzidas. Miuccia Prada surpreendeu o mundo da moda ao anunciar sua decisão de compartilhar com Raf Simons a direção criativa da marca que leva seu nome. E para marcar bem a mudança, foi usado couro de bezerro inteiramente combinado com saias compostas por franjas, ou ainda jaquetas elegantes  com saias até o joelho, mas com grandes fendas na parte da coxa, casaco de pele bem-estruturado e para quem prefere abrir mão das peles, os megacoletes envernizados ou os os paletós de tecido acolchoado que arrematavam esse jogo, que são perfeitos para nosso clima tropical.
 
(foto: prada/divulgação)
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