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Estado de Minas Beleza

Estilo sob medida

Para além da estética, a consultoria de imagem pessoal cresceu e se tornou um poderoso instrumento de comunicação visual


14/03/2021 04:00

"Meu trabalho é ensinar as pessoas a usar a moda como aliada" (foto: divulgação)


Nunca a moda foi tão flexível como hoje, mas, às vezes, tamanha democratização de opções deixa as mulheres confusas quanto ao que comprar, como combinar cores ou montar looks. É aí que a ajuda de uma consultora de imagem pessoal entra em cena e pode ser bastante útil para evitar despesas inúteis e a constante sensação de inadequação.
 
Importante frisar que esse trabalho vai muito além das escolhas de tons e peças corretas: ele vai mexer com a autoconfiança das pessoas, como atesta Méri Grossi, que começou a se interessar pelo assunto em 2005. Graduada em jornalismo, com expertise em assessoria de imprensa, ela explica que a consultoria nessa área envolve a psicologia das cores, comportamento, etiqueta profissional e social e o universo empresarial.
 
A consultora ressalta que a escolha da paleta pessoal vai envolver técnica que avalia tom de pele, cor dos olhos e dos cabelos(foto: Divulgação)
A consultora ressalta que a escolha da paleta pessoal vai envolver técnica que avalia tom de pele, cor dos olhos e dos cabelos (foto: Divulgação)
 
 
“Minha formação principal é no método3 Passos – Quem: Onde? Por quê?, do mestre Eduardo Carvalho. Em 2004, quis ampliar os conhecimentos sobre imagem pessoal para apoiar meus clientes – executivos, empresários, advogados, lideranças sociais, políticos, entre outros – em suas entrevistas para a imprensa. Então, fiz uma pós-graduação em moda e, depois, o curso do Senac Minas”, explica.
 
Méri sempre teve facilidade para preparar esses profissionais, sugerindo, sem esforço, as roupas mais adequadas para que se apresentassem nos contatos com os jornalistas, especialmente na TV. Isso porque, segundo ela, nessas ocasiões, além das técnicas de comunicação e conhecimento sobre o assunto a ser abordado, é necessário que se passe credibilidade, ter uma postura coerente com a opinião ou serviço que se defende. “Acredito que a imagem  que o público vê contribui para esse resultado. A consultoria me forneceu as técnicas para associar a imagem pessoal dos clientes com a estratégia de impactar positivamente o outro”, afirma a especialista.
 
O alcance do trabalho é amplo: não se trata somente de ensinar a combinar cores, escolher a melhor modelagem ou sugerir um corte de cabelo. Segundo ela, tudo isso ajuda no propósito, mas não serve para nada se não se compreende como aplicar as informações em benefício próprio. A consultoria de imagem nasceu para tornar as pessoas mais belas, confiantes, com um visual que as satisfaça, mas o conceito cresceu para se tornar um poderoso instrumento de comunicação visual e uma aliada para estratégias de impacto pessoal e de conquistas profissionais.
 
“Minha expertise me permite usar o meu talento para pessoas em processo de transformação, autoconhecimento, aceitação ou reconhecimento de si mesmas. Vamos oferecer as ferramentas para que elas, além de ficar mais belas, evoluam como seres humanos ganhando autoconfiança, mais presença, e consigam associar sua imagem a uma estratégia definida conforme a imagem que quer que os outros a vejam e identifiquem: mais fortes, mais elegantes, mais simples, mais vibrantes. Nesse sentido, vale a pena, inclusive, desejar passar despercebido ou desalinhado”, avisa.

Mudanças São as mulheres, em grande parte, que procuram o escritório da especialista. A maioria está buscando adequação ao novo momento de suas vidas. Mudaram de faixa etária, de faixa salarial e precisam se posicionar; ou estão em início de carreira ou trocaram de emprego ou cargo. Aí se enquadram também profissionais em ascensão, recém-casadas e todas as que estão insatisfeitas com o que compram. “São várias as razões para buscar a consultoria de imagem. Uma delas é passar a vida inteira com o mesmo corte de cabelo ou o mesmo padrão de vestir. Como seres mutantes, o estilo deve acompanhar o nosso crescimento e as fases da vida. Você consegue fazer isso se conhecendo bem e compreendendo as técnicas e códigos visuais”, afirma.
 
Como o trabalho visa dotar o cliente de elementos visuais e atitudinais que irão ajudá-lo a causar uma impressão positiva junto aos seus interlocutores e observadores, tanto na vida social quanto profissional, a faixa etária que busca o serviço é bem diversificada. “Há alguns anos, ela estava na casa dos 30 anos, hoje tenho clientes de 19 a 70 anos. Homens e mulheres acima de 50  estão se repensando e encontrando a consultoria de imagem como apoio para o envelhecimento.”
 
Méri explica que as dúvidas mais frequentes com que se depara giram em torno da paleta de cores, shapes adequados, melhor corte de cabelo. Para ela, no entanto, o sucesso do trabalho é perceber que o cliente vai ficar independente com os conhecimentos adquiridos nas consultas e evoluir em suas decisões de estilo e imagem. “Entre os erros mais comuns, a dificuldade de acertar na modelagem é um dos mais frequentes. Roupas muito grandes – largas – ou pequenas – justas demais –, comprimento das peças, estão nessa lista. Porém, a maior dificuldade é montar looks com cores. Por isso, a maioria das pessoas fica só no preto ou no preto mais uma cor.”
 
Essa questão é fundamental. Segundo a especialista, as cores são importantes aliadas da imagem, têm efeitos psicológicos em todos nós e devem ser usadas de forma estratégica. “O impacto delas nas pessoas que nos veem faz diferença. Assim como uma cor pode iluminar um rosto, pode também escurecê-lo, deixá-lo com aspecto cansado, sombrio.”
 
A consultora ressalta que a escolha da paleta pessoal vai envolver técnica que avalia tom de pele, cor dos olhos e dos cabelos. “Trabalho com o método sazonal, com a oferta de quatro indicações para primavera, verão, outono e inverno. Fazemos a avaliação do subtom da pele, aquele que está abaixo da superfície, para definir uma temperatura, quente ou fria. Definido isso, partimos para a busca da estação pessoal e da paleta. Como sou formada também no método sazonal expandido – 12 paletas –, tiro minhas dúvidas por meio dele, que considero complementar. E, para chegar à estação, existem os testes de luz – quente e fria – e de cor, que fazemos usando tecidos coloridos.”
 
Méri esclarece que, nessa definição, não exclui os gostos do cliente. Ao contrário: os inclui no programa e ensina como usar os tons sem comprometer a imagem pretendida. “Um truque é distanciar a cor que não favorece do rosto, evitar em colares, brincos, maquiagens, golas”, ensina.

Guarda-roupa Quanto à curadoria do guarda-roupa, ela diz que, em primeiro lugar, gosta de aproveitar o que a pessoa tem no armário e aconselha compras apenas de peças fundamentais. “Entendo que o processo de assimilação do estilo não se faz de um dia para o outro e que nem todos têm recursos para isso. O estilo é uma construção conjunta entre o consultor e o cliente. Monto looks básicos para ocasiões como trabalho, festa, dia a dia, mas o deixo preparado e consciente da estratégia da imagem para que ele seja independente e fique seguro em suas decisões do que vestir.”
 
Méri deixa claro que é uma falácia acreditar que o que está na moda é bom para todos. “Ela tem que ser uma aliada e a buscamos para nos manter atualizados. Muitos shapes e cores podem não cair bem em determinado tipo de corpo ou tom de pele. No entanto, as piores escolhas vêm da nossa história. Trazemos, ao longo das nossas vidas, conceitos que ficam arraigados em nossa percepção de nós mesmos.”
 
O problema, a seu ver, é que muita gente se engana a respeito da própria imagem e enxerga somente o que quer. “Cabelos longos em mulheres mais velhas, braços descobertos, saias acima dos joelhos, tudo isso vai depender de quem usa e como. Não há mais rigidez. Porém, se a pessoa deseja camuflar as imperfeições do tempo, pode evitar os fios brancos, roupas datadas, adotar cortes mais curtos e médios que rejuvenescem, assim como outros tantos recursos visuais, como cobrir a flacidez dos braços e joelhos.”
 
A especialista é enfática ao afirmar que, hoje, o dress code é bastante flexível até em ocasiões formais. “Até pouco tempo, ir a uma festa de sapatos sem saltos era considerado inadequado. Agora, você consegue looks formais e muito chiques com sapatilhas, sandálias baixas, embora, pessoalmente, acredite que um bom salto valoriza e, literalmente, eleva a imagem de qualquer mulher” .


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