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Estado de Minas BRASILEIRÃO

Antes excluídos, agora protagonistas

Nos últimos dez anos, estrangeiros passaram de descartados para atuais queridinhos dos clubes. Profissionais portugueses, com 11 nomes, são os mais procurados


14/04/2023 04:00 - atualizado 13/04/2023 23:13

Eduardo Coudet, técnico do Atlético
O argentino Eduardo Coudet (E), do Galo, e o português Pepa, da Raposa, são de escolas diferentes, mas convergem em um ponto: a missão de levar o nome do futebol mineiro ao topo da tabela (foto: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO)

Pepa, técnico do Cruzeiro
(foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O Campeonato Brasileiro começa amanhã com diversos sotaques à beira do gramado. Ao todo, nove treinadores estrangeiros estarão no comando dos clubes da Série A, e este número pode crescer já que Flamengo e Goiás estão à procura de novos técnicos. De 2013 para 2023, os forasteiros foram de excluídos a queridinhos dos times da elite do futebol brasileiro.

Os portugueses são os preferidos das equipes nacionais neste período, com 11 nomes. A preferência, logo depois, recai sobre treinadores da Argentina, com sete nomes. Com menos espaço aparecem Uruguai e Espanha (2) e Paraguai, com um profissional.

Os dois maiores clubes de Minas Gerais possuem comandantes estrangeiros: o argentino Eduardo Coudet dirige o Atlético e o português Pepa assumiu recentemente o Cruzeiro.

Atual campeão, o Palmeiras terá no banco de reservas o multicampeão Abel Ferreira, que nasceu em Penafiel, Portugal. No Verdão desde outubro de 2020, ele já coleciona oito conquistas: duas Copas Libertadores da América (2020 e 2021), uma Copa do Brasil (2020), uma Recopa Sul-Americana (2022), dois Campeonatos Paulistas (2022 e 2023), um Campeonato Brasileiro (2022) e uma Supercopa do Brasil (2023).

Outro trabalho de destaque é feito pelo argentino Juan Pablo Vojvoda, que conseguiu levar o Fortaleza a três Campeonatos Cearenses (2021, 2022 e 2023) e uma Copa do Nordeste (2022), além de participações em duas Copas Libertadores.

Novatos no Brasileirão, Renato Paiva, Pedro Caixinha e Ivo Vieira, todos portugueses, tentam fazer campanhas sólidas com Bahia, Bragantino e Cuiabá, respectivamente.

A Série A ainda terá Luís Castro em mais um ano de Botafogo e António Oliveira em outro clube da elite, desta vez no Coritiba.

A contratação de treinadores estrangeiros deixou o mercado mais competitivo e alguns profissionais de renome ficaram sem mercado. Dorival Júnior, Cuca, Fábio Carille, Vanderlei Luxemburgo e Lisca, entre outros, estão desempregados no momento.

Mudança intensa

Há exatos 10 anos, no início do Campeonato Brasileiro de 2013, não havia treinadores estrangeiros na Série A. Os nomes do momento eram Cuca, no Atlético, Abel Braga, no Fluminense, Luxemburgo, no Grêmio, e Tite, no Corinthians. Quem acabou levando a competição foi o mineiro Marcelo Oliveira, que chegou sob desconfiança ao Cruzeiro.

No ano seguinte, apenas um estrangeiro dirigia um clube na primeira rodada do Brasileirão: o espanhol Miguel Ángel Portugal estava à frente do Athletico-PR.

Em 2015, o uruguaio Diego Aguirre, então treinador do Inter, era o estranho no ninho no Brasileirão.

Em 2016, houve um salto para três estrangeiros: Diego Aguirre, no Atlético, o português Paulo Bento, no Cruzeiro, e o argentino Edgardo Bauza, do São Paulo.

No Brasileirão seguinte, os estrangeiros voltaram a ficar de fora da rodada inicial da Série A.

Nos torneios de 2018 e 2019, apenas um estrangeiro: Diego Aguirre, no São Paulo, no primeiro ano, e Sampaoli, no Santos, na temporada seguinte.

Em 2020, eram quatros estrangeiros: Sampaoli (Atlético), Doménec Torrent (Flamengo), Eduardo Coudet (Inter) e Jesualdo Ferreira (Santos).

Um ano depois, o número cresceu para cinco, com várias novidades naquele momento: o espanhol Miguel Ángel Ramírez (Inter), o argentino Hernán Crespo (São Paulo), o português Abel Ferreira (Palmeiras), o português António Oliveira (Athletico-PR) e o argentino Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza).

Em 2022, foram nove (Antonio Mohamed, Paulo Sousa, Abel Ferreira, Vítor Pereira, Luís Castro, Gustavo Moringo, Juan Pablo Vojvoda, Alexander Medina e Fabian Bustos).

Estrangeiros nas estreias do Campeonato Brasileiro

2023

Atlético (Eduardo Coudet) Argentina
Bahia (Renato Paiva) Portugal
Botafogo (Luís Castro) Portugal
Bragantino (Pedro Caixinha) Portugal
Coritiba (António Oliveira) Portugal
Cruzeiro (Pepa) Portugal
Cuiabá (Ivo Vieira) Portugal
Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda) Argentina
Palmeiras (Abel Ferreira) Portugal

2022

Atlético (Antonio Mohamed) Argentina
Flamengo (Paulo Sousa) Portugal
Palmeiras (Abel Ferreira) Portugal
Corinthians (Vítor Pereira) Portugal
Botafogo (Luís Castro) Portugal
Coritiba (Gustavo Morínigo) Paraguai
Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda) Argentina
Inter (Alexander Medina) Uruguai
Santos (Fabian Bustos) Argentina

2021

Inter (Miguel Ángel Ramírez) Espanha
São Paulo (Hernán Crespo) Argentina
Palmeiras (Abel Ferreira) Portugal
Athletico-PR (António Oliveira) Portugal
Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda) Argentina

2020

Atlético (Sampaoli) Argentina
Flamengo (Doménec Torrent) Espanha
Inter (Eduardo Coudet) Argentina
Santos (Jesualdo Ferreira) Portugal

2019

Santos (Sampaoli) Argentina

2018

São Paulo (Diego Aguirre) Uruguai

2017

Nenhum estrangeiro

2016

Atlético (Diego Aguirre) Uruguai
Cruzeiro (Paulo Bento) Portugal
São Paulo (Edgardo Bauza) Argentina

2015

Inter (Diego Aguirre) Uruguai

2014

Athletic-PR (Miguel Ángel) Portugal Espanha

Campeonato Brasileiro 2013

Nenhum técnico estrangeiro

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