Tomates e batatas em feira.

O item com maior aumento foi o tomate (17,54%, chegando a R$ 8,88/kg), e em seguida a batata inglesa (14,13%, R$ 7,9/kg)

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
O preço da cesta básica em Belo Horizonte subiu 1,67% no primeiro mês deste ano, chegando a R$ 707,93, segundo o Dieese. Outras dez capitais também registraram aumento, em especial as cidades do Nordeste.

A batata, o feijão, o arroz, a farinha de mandioca e o tomate ficaram mais caros. Mas o leite e a carne de boi registraram preços menores, contendo o índice inflacionário.

Recife (7,61%), João Pessoa (6,8%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%) foram as mais impactadas pelo aumento do preço dos itens de primeira necessidade. Em contrapartida, tiveram reduções as cidades de Florianópolis (-1,11%), Porto Alegre (-1,08%) e Curitiba (-0,5%), todas no Sul.
 
 
A cesta básica mais cara do país é encontrada em São Paulo (R$ 790,57), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 770,19) e Florianópolis (R$ 760,65). As mais baratas são em Aracaju (R$ 555,28), Salvador (R$ 594,83) e João Pessoa (R$ 600,06).

Os alimentos representam entre 65,6% de um salário mínimo, no caso de São Paulo. Em Belo Horizonte, uma pessoa gasta, em média, 58,78% do seu salário com esses itens. Isso representa cerca de 119 horas e 37 minutos do seu tempo de trabalho ao longo do mês, segundo o estudo.
 

A pesquisa mensal é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Salário mínimo necessário

Com base no monitoramento do custo de vida, o Dieese calcula todos os meses o salário-mínimo necessário para uma família suprir os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em janeiro, ele é R$ 6,647,63, (5,48 vezes maior que o salário-mínimo real).

O cálculo é feito levando em conta uma família com dois adultos e duas crianças, e a cesta básica mais cara, que é a de São Paulo.
 

Ainda mais caro

Divergindo dos dados do Dieese, o Instituto de Pequisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD-UFMG) indicou que a cesta básica em Belo Horizonte em janeiro está custando, em média, R$ 715,92. O valor é 0,62% maior que no mês anterior e 12,35% do que em janeiro de 2022.

O item com maior aumento foi o tomate (17,54%, chegando a R$ 8,88/kg), e em seguida a batata inglesa (14,13%, R$ 7,9/kg), de acordo com a pesquisa.