
O vendedor, como ele gostava de ser chamado, era conhecido pela sua trajetória de superação, começando como catador de sucatas na infância, no bairro Santa Efigênia, até se tornar um grande empresário.
O falecimento de Costa foi comunicado em nota pela Suggar, que lamentou a morte do fundador. Na mensagem, a empresa se refere a ele como "admirado, mestre e fonte de inspiração".
Seu velório será neste sábado (1/10), no Cemitério do Bonfim, das 9h às 11h.
Superação em quadrinhos
No aniversário de 40 anos da Suggar Eletrodomésticas, a empresa elaborou uma história em quadrinhos homenageando seu fundador. O quadrinho mostra a história de vida de Lúcio, desde as dificuldades enfrentadas quando perdeu seu pai, aos 12 anos de idade.
Destacando-se como vendedor em diferentes empresas, Lúcio chegou à gerência da General Eletrics, assumindo o cargo de gerente regional, responsável por três estados da federação, antes de fundar o próprio negócio.
Foi na década de 1970 que o vendedor decidiu começar o primeiro empreendimento, a Cook, vendendo cozinhas de fórmica projetadas especialmente para cada cliente. Seu trailer era sua loja.
O negócio foi crescendo, e Lúcio viu a oportunidade de começar a produzir os eletrodomésticos usados nas cozinhas planejadas. Assim, surgiu a Suggar, que começou produzindo exaustores para em seguida se tornar uma empresa líder em vários segmentos.
“Sem venda, nada acontece”. Essa era a frase que Lúcio guardou consigo, mesmo após deixar de ser vendedor, e que expressava como sua trajetória impactou sua visão do mundo empresarial.
Biblioteca
O empresário era leitor voraz e fundou, em 2003, a biblioteca Eduardo Almeida Reis em sua empresa. Com mais de 7 mil livros e uma centena de itens na midiateca, o espaço estimulava que os empregados pegassem livros emprestados, para ler ou levar para os filhos.
Luto
Isabela Teixeira da Costa, coordenadora da Jornada Solidária, programa de responsabilidade social dos Diários Associados em Minas, lamentou a morte de Lúcio Costa e destacou sua importância no meio empresarial e social do estado.
"Lúcio foi um grande colaborador da Jornada. Nunca negou um pedido nosso. Fazia questão de contribuir com prêmios, além de patrocinar eventos com renda revertida ao programa. É uma grande perda para os amigos e todos que tiveram a oportunidade de conviver de perto com ele", ressaltou Isabela.
