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Estado de Minas PESQUISA

Brasil tem a segunda conta de energia mais cara do mundo

Com aumento de 47% no custo nos últimos cinco anos, país fica atrás apenas da Colômbia no ranking. Saída é investir em energia limpa


11/08/2022 04:00 - atualizado 11/08/2022 08:19

Segundo o levantamento, 46,5% do valor da conta no Brasil são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências do sistema
Segundo o levantamento, 46,5% do valor da conta no Brasil são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências do sistema (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Nos últimos cinco anos, o custo da energia elétrica brasileira aumentou 47%, o que contribuiu para que o país subisse de posição na lista de países com as contas mais caras do mundo. Pesquisa recente divulgada pela plataforma Cupom Válido, a partir de dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), mostra que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de contas de luz mais caras do mundo, ficando atrás apenas da Colômbia.

Além dos dois países sul-americanos, no topo do ranking entre as contas mais caras estão: Turquia (3º), Chile (4º) e Portugal (5º). Na base, entre os cinco países com a energia mais barata, estão Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá e Suíça, respectivamente.

Segundo o levantamento, do total do custo pago pelos consumidores, apenas 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição da energia. Os vilões estão nos outros 46,5% restantes, que são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências.

Paralelo a isso, de acordo com o levantamento Revisão Global de Eletricidade, divulgado pela Agência Brasil, o ano de 2021 registrou o maior índice na utilização das energias alternativas. O total de fontes limpas que geram eletricidade subiu para 38%, globalmente.

Energia limpa é opção
econômica e sustentável

A seca enfrentada no Brasil no último ano mostra que o caminho para uma matriz de geração menos dependente da hidráulica é fundamental. O CEO da companhia Elétron Energy, André Cavalcanti, explicou que existe um potencial gigantesco a ser desbravado quando se fala de energia limpa. “Compreender as vantagens da energia solar tanto em relação à economia quanto à sustentabilidade e respeito ao meio ambiente é crucial para a sociedade”, disse Cavalcanti. “Essa é a fonte de energia que mais gera empregos no mundo, além de ser uma das fontes energéticas mais estratégicas para acelerar o desenvolvimento sustentável do nosso país”, ressaltou.

A empresa, com sede em Pernambuco e filiais em diversas capitais brasileiras, planeja investir R$ 1,6 bilhão em novos parques de geração solar nos próximos anos. As usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração de energia do Brasil e sua geração é até 10 vezes mais barata do que as fontes elétricas, considerando sobretudo os constantes aumentos tarifários.

Juntas, as energias eólica e solar são as fontes de eletricidade de menor custo, comparando com a produção de eletricidade a partir de outros recursos.

Alternativas O Brasil se tornou o quinto maior produtor de energia solar em 2021, terminando o ano com cerca de 13GW, segundo dados do relatório Renewables 2022 Global Status Report - REN21 - GSR 2022. As novas adições (5,5GW) foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4GW), quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).

Alternativas como o mercado de energia por assinatura devem trazer profundas e importantes transformações no país nos próximos anos. Para o CEO da Juntos Energia, José Otávio Bustamante, tanto o consumidor residencial quanto o empresarial podem se beneficiar com a energia limpa por assinatura. “Além de reduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, essa tecnologia promove uma redução de até 20% na conta de luz todos os meses, sem necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou taxas de adesão”, explicou.

A empresa é a primeira do país a conseguir conectar usinas às redes das concessionárias, lançando o modelo de portabilidade na geração de energia residencial e para pequenas e médias empresas.



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