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Estado de Minas Combustíveis

Risco e escassez e perdas em Minas


25/03/2022 04:00

Após a alta no preço dos combustíveis desde 12 de março, o mineiro pode ter outra dor de cabeça em relação ao abastecimento de veículos no próximo mês. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), a escassez de combustível vindo do mercado externo será agravada em abril, mas, por enquanto, a situação ainda está controlada.

Em nota publicada ontem, o Minaspetro informa que as empresas importadoras não estão conseguindo trazer disel do exterior para suprir cerca de 20% da demanda interna brasileira. O combustível é primordial para o transporte de cargas terrestre no país. Representantes de companhias distribuidoras do Brasil afirmaram que, com o atual valor do petróleo, a compra de um navio com o produto acarretaria em um prejuízo de mais de R$ 100 milhões. A crise global provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia interfere no preço do produto.

No entanto, o sindicato afirma que não é o momento para que a população inicie uma corrida aos postos. Essa postura poderia, de fato, agravar o contexto de escassez de combustíveis, segundo o Minaspetro. A diretoria do Minaspetro alertou aos revendedores, com destaque para os de marca própria, para manter os estoques de diesel dentro da margem de segurança e sigam em contato direto com as distribuidoras para que os impactos da crise sejam minimizados.

Tanqueiros 


Os tanqueiros em Minas Gerais já estão sendo prejudicados pela falta de demanda do diesel no mercado e a situação pode se agravar se, de fato, a Petrobras não conseguir abastecê-los a partir de abril, conforme anúncio feito pelo Minaspetro. As dificuldades encontradas no atual momento foram relatadas ao Estado de Minas pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais.(Sindtanque-MG), Irani Gomes.

“Os tanqueiros em Minas estão sendo prejudicados pela falta de demanda de diesel. Quando a demanda cai, também declina o transporte. É automático e estamos pagando um preço por isso. Estamos com os caminhões de distribuição limitados devido à falta de combustível e isso já está sendo refletido nas distribuidoras", disse. Ainda de acordo com Irani Gomes, a Petrobras não está cumprindo com o determinado em contrato com as distribuidoras. “A refinaria liga os dutos de combustíveis nas distribuidoras, mas a Petrobras não está mantendo a cota dela. A Petrobras não está dando conta de manter a cota que ela é obrigada por contrato a servir as distribuidoras”, ressaltou.

A defasagem nos preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras no mercado interno, só aumenta, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), mesmo com queda do dólar frente ao real. O diesel deveria ter aumento de R$ 0,90 por litro nos postos brasileiros para equiparar os preços, segundo a Abicom.

A reportagem procurou a Petrobras para se posicionar sobre o percentual do consumo interno atendido pela empresa e a possibilidade de escassez de combustíveis, mas a empresa não havia respondido até o fechamento desta edição.
 


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