(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas AUMENTOS NA MESA

Preço do frango teve alta de 16% em um mês, em BH; veja valores

Frango é a opção que teve maior aumento, mas especialista alerta que carnes bovinas e suínas já vem registrando preços elevados há meses


21/03/2022 12:57 - atualizado 21/03/2022 13:59

Açougue em Belo Horizonte com alguns fregueses
Consumidor belo-horizontino paga cada vez mais caro no frango; especialista recomenda pesquisa de preço (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O belo-horizontino enfrentam mais um desafio para o bolso e para a mesa: a alta nos preços das carnes. Pesquisa do site Mercado Mineiro mostra que entre a variação de preços das carnes, a alta mais significativa foi no frango. O levantamento foi feito em 39 estabelecimentos de Belo Horizonte e Região Metropolitana, entre 16 e 18 de março.

"Neste último mês, o preço do frango disparou. A gente sabe que as exportações estão muito bem e que o custo do frango também tem aumentado, tanto do frango como da ração do porco, que é o milho e a soja. Para o consumidor final, fica muito difícil. Tivemos o preço do quilo filé do peito subindo de R$ 18,27, que era o preço médio há um mês, para R$ 21,26, um aumento de 16,37%", comenta o economista e coordenador do Mercado Mineiro e aplicativo ComOferta, Feliciano Abreu. 

O quilo do peito resfriado subiu de R$ 12,90 para R$ 14,51, alta de 12,48%. O quilo do frango resfriado, que custava R$ 9,81 foi para R$ 10,91, ou seja, 11% mais caro. Já o pé de frango ficou 9,37% mais caro, um aumento de R$ 6,42 para R$ 7,02. 

Entre as carnes bovinas o aumento foi menor. O quilo da maminha subiu de R$ 45,19 para R$ 45,66, um aumento de 1%. O quilo da chã de fora teve aumento de 0,90%, de R$ 40,47 para R$ 40,83. Já o quilo do patinho subiu de R$ 40,33 para R$ 40,70, ou seja, 0,92% mais caro. 

As carnes suínas também tiveram aumento nos preços médios do último mês, mas nada tão alto quanto o frango. O preço médio da copa lombo subiu de R$ 16,59 para R$ 16,89, aumento de 1,84%. O lombinho de filé, que custava R$ 19,11 subiu para R$ 19,66, 2,86% mais caro. Já o pernil com osso teve aumento de 1,81%, passando de R$ 15,19 para R$ 15,46.

"Esses aumentos de 1%, 2%, o consumidor acha que não é muito, mas esses preços já vêm aumentando muito desde o ano passado e não pararam de subir. A notícia ruim é que o frango, que era muitas vezes a saída para o consumidor de baixa renda, está ficando impraticável pelo preço, subiu bastante. Por isso, a gente tem que ficar de olho e pesquisando bastante", pontua o economista.
 

Variação dos preços é de até 278%

 
A pesquisa do Mercado Mineiro também levantou a variação dos preços das carnes encontradas nos estabelecimentos.

O quilo da picanha foi o que teve maior variação entre um estabelecimento e outro. O quilo pode ir de R$ 49,99 até R$ 189,00, 278% de diferença. A alcatra, com uma variação de 156%, pode ser encontrada de R$ 36,99 até R$ 94,95 o quilo. 

O filé mignon, a maminha e o miolo de alcatra tiveram variação acima de 130%. O quilo do filé mignon pode ser encontrado por R$ 49,90 até R$ 119,00, diferença de 138% entre um estabelecimento e outro. 

O quilo da maminha pode custar entre R$ 37,99 e R$ 89,95, variação de 136%. Já o quilo do miolo de alcatra varia entre R$ 39,99 e R$ 94,95, sendo 137% de diferença.

Nas carnes suínas a variação também é significativa. O quilo da costelinha pode ser encontrado no valor de R$ 14,99 até R$ 34,95, uma diferença de 133%. O quilo do lombinho filé foi encontrado de R$ 12,99 até R$ 29,99, ou seja, 130% de diferença. Com uma variação de 92%, o quilo do pernil resfriado sem osso pode custar de R$ 12,99 até R$ 24,98. 

Das variações de frango, a opção que apresentou maior aumento foi o quilo do pé de frango, com uma variação de 141% pode ser encontrado de R$ 4,55 até R$ 10,99. O quilo do peito resfriado está custando de R$ 9,99 até R$ 21,90, uma diferença de 119%. 

Já o quilo da asa resfriada pode ser encontrado de R$ 12,99 até R$ 24,95, uma diferença de 92%. O quilo da coxa e sobrecoxa pode ir de R$ 9,99 até R$ 17,95, 79% de diferença. O quilo do frango resfriado foi o que teve menor variação entre um estabelecimento e outro, podendo ir de R$ 8,99 até R$ 15,50, uma variação de 72%.

"É muito importante o consumidor pesquisar o preço das carnes e olhar também a qualidade, hoje as variações são surpreendentes", alerta o especialista. 

Impacto para os consumidores 


A dona de casa Rita Valéria Ferreira, de 58 anos, sente o impacto da alta dos preços no seu dia a dia: "Tá difícil, para todas as donas de casa que vão ao supermercado, que vão no sacolão. A gente tem que dividir muito, porque os preços estão lá na altura", destaca.

Com os preços elevados, Rita diz que tem buscado alternativas para ir enfrentando a alta nos preços. "O frango, que até pouco tempo estava com o preço razoável, agora está R$10,90, R$ 12,90, conforme o supermercado, então a gente vai no supermercado e só vê aumento, nada de baixar o preço", ressalta. 

"Mas enquanto a gente estiver com essa guerra, a Petrobras aumentando os preços todos os dias, não precisamos esperar melhoras. É saber dividir dentro de casa, um dia faz omelete, um dia faz carne, a gente vai levando", completa.

O estudante de direito, Jossiano Vieira,de  22 anos, também comenta os impactos da alta dos preços da carne no seu dia a dia: "Infelizmente temos que buscar alternativas mais em conta para o consumo de carnes e também realizar uma pesquisa frequente de preços. Atualmente estamos presenciando uma alta exorbitante de preços em diversos setores de consumo, sobretudo na alimentação".

Jossiano também comenta sobre o aumento do frango. "O frango era uma alternativa mais barata dentre as outras carnes, mas agora com o aumento também fica difícil", destaca. 

O jovem comenta que entende o impacto das exportações aliado ao reajuste do valor do combustível na economia interna.

 "É evidente que o aumento das exportações e o aumento no combustível ocasiona na alta dos preços para o consumidor brasileiro. Minha expectativa era que com a melhora no quadro da pandemia e a evolução da economia houvesse uma queda nos preços de modo geral. Porém, o que temos visto é que o governo não tem atuado de forma efetiva para garantir a estabilidade econômica-social, dessa forma, o impacto é sempre para o consumidor final", pontua o estudante. 

A pesquisa completa está disponível no site do Mercado Mineiro

*Estagiário sob supervisão


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)