
“Todos os aumentos de preço nos causam grandes prejuízos. Há seis anos, a bandeira do táxi tem o mesmo valor e a conta acaba sobrando para a gente. Cada vez sobra menos. Se não tivesse minha aposentadoria, seria algo muito mais complicado”, disse o taxista Valter Ribeiro, de 75 anos.

“(Com esse aumento) Vou ter de fazer restrição de consumo. É deixar o carro em casa, abrindo mão da segurança, do conforto e do horário. Podemos esperar ainda mais o aumento de outras coisas, como alimentos, matérias-primas e produtos da siderurgia. As consequências sobram para nós”, afirmou o gestor de compras Juscelino Carlos Romualdo, de 58 anos.

Segundo a nota divulgada pela Petrobras, mesmo não repassando a volatilidade do mercado de modo imediato, a disparada nos preços é justificada pela guerra entre Ucrânia e Rússia nas últimas semanas, e acompanha outros fornecedores de combustíveis no Brasil, que também fizeram reajuste.
Além disso, o comunicado ressaltou a necessidade de alterar os preços de venda às distribuidoras, para que o país permaneça suprido e evite os riscos de desabastecimento pelos atores responsáveis pelo atendimento às diferentes regiões brasileiras, como importadores, distribuidores e outros produtores, além da Petrobras.
