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Estado de Minas POLÍTICA MONETÁRIA

Banco Central eleva taxa básica de juros para 10,75% ao ano

Foi a oitava alta consecutiva do ciclo de aperto monetário, iniciado em março de 2021


02/02/2022 20:22 - atualizado 02/02/2022 20:55

Sede do Banco Central
Copom aumentou a taxa de juros (foto: CB/D.a Press)
 
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, nesta quarta-feira (2/2), elevar a taxa básica da economia (Selic) em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, maior patamar desde maio de 2017. A decisão foi unânime no primeiro encontro do ano do colegiado.
 
O aumento era esperado pelo consenso do mercado. Foi a oitava alta consecutiva do ciclo de aperto monetário, iniciado em março de 2021. Conforme as apostas do mercado, novos aumentos de juros virão, devido às pressões inflacionárias, tanto no cenário doméstico quanto no ambiente externo.
 
A mediana das estimativas do mercado, computadas pelo Banco Central no boletim Focus, atualmente, está em 11,75%, que não é suficiente para fazer com que projeção para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,38%, fique abaixo do teto da meta, de 5% ao ano.

No comunicado, os diretores do BC indicaram que, na próxima reunião haverá redução no ritmo do aperto monetário, mas não indicou a magnitude.  “Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante”, informou a nota. 
 
“O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, acrescentou.

Os diretores do BC também demonstraram preocupação com as incertezas em relação ao arcabouço fiscal, pois as perspectivas do mercado pioraram após a aprovação da PEC dos Precatórios. “Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que a incerteza em relação ao arcabouço fiscal segue mantendo elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação e, portanto, a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário de referência”, destacou o documento.


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