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Estado de Minas INFLAÇÃO

3,41% mais cara, cesta básica registra sexto aumento seguido em Divinópolis

Especialista recomenda planejamento para não faltar produtos básicos na mesa e dá dicas para o dinheiro render mais nas compras


10/11/2021 15:18 - atualizado 10/11/2021 16:40

Corredor de supermercado
Ficar de olho nas promoções dos supermercados é uma boa dica para o consumidor (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 21/10/20)
Com o sexto aumento consecutivo no preço da cesta básica em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, a palavra de ordem é “planejamento”. A orientação é do especialista em controladoria financeira e professor universitário Wagner Almeida.

O conjunto dos produtos comuns nas mesas dos brasileiros ficou 3,41% mais caro em outubro se comparado ao mês anterior.
O levantamento divulgado nesta quarta-feira (10/11) foi realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (NEPES) da Faculdade Una. Em setembro, a cesta básica custava R$ 478,84, um mês depois, o valor saltou para R$ 495,15, o que representa 45% do salário mínimo bruto.
 
Com a proximidade das festas de final de ano, as previsões não são nada boas. A tendência é que os preços dos produtos básicos aumentem, assim como aqueles comuns nas festividades. Para não faltar nada, será necessário planejar.

“Fazer uma lista de compras com antecedência já é um bom começo. Com isso se evita o desperdício e gastos desnecessários. Com tempo, é possível fazer pesquisas de preços e procurar por ofertas”, orientou.

Outra dica é ficar de olho nas promoções de cada estabelecimento. “Alguns produtos podem ter variações significativas de uma loja para outra”, destacou o Wagner. Com isso, é possível antecipar as compras, principalmente de itens que não são perecíveis ou que tenham o prazo de validade mais alongado, como bebidas, por exemplo.

“Outra possibilidade é substituir alimentos mais caros por outros mais em conta. Optar por marcas nacionais ou alternativas àquelas que já tem por hábito comprar costuma também ser uma boa alternativa para o bolso”, citou.

Embora não integre a cesta básica, a projeção é que a cerveja, por exemplo, comum nas comemorações, fique mais cara. No mês passado, a Ambev já anunciou reajuste de 6% no preço em função da inflação acumulada, variação do dólar e carga tributária. Além disso, outros produtos como aves e vinhos têm seu preço elevado em função do aumento da procura.


A grande vilã do momento

A carne segue como vilã, representando o maior peso (40,54%) na composição da cesta em Divinópolis. Foram pesquisados os preços dos cortes chã de dentro e chã de fora. Em outubro, foi observada alta de 2,7% em relação a setembro neste produto.

Entre os itens que também subiram estão a batata inglesa (40,19%), o tomate (38,78%), a farinha (20,41%) e o café (8,6%).

“A alta no preço da batata se deve à chuva, que causou dificuldades na colheita e reduziu a oferta, o que elevou o patamar de preços no varejo. O tomate, foi em função da maturação lenta do fruto, que reduziu a oferta e os preços subiram. A alta no preço do café se explica, pois a geada do final de julho e a estiagem prolongada comprometeram a oferta do grão, o que levou a alta do preço no varejo. Houve ainda influência da baixa oferta global de café e das elevadas cotações externas”, explica Wagner. 

Na contramão, a banana (29,15%) e a manteiga (5,30%) ficaram mais baratas. O feijão também apresentou redução de 4,75% no valor.

“Apesar do período de entressafra, a queda da demanda, devido aos altos patamares de preços, influenciou a redução de valores no varejo”, explicou. Para este levantamento não foram considerados preços promocionais para os produtos listados.


Horas trabalhadas

A pesquisa ainda aponta que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 3.713,62, valor que corresponde a 3,37 vezes ao piso nacional vigente, de R$ 1,1 mil. O cálculo considera uma família de quatro pessoas, composta por dois adultos e duas crianças.

O trabalhador divinopolitano que ganha salário mínimo precisou trabalhar 99 horas e 18 minutos, mais que em setembro, quando foi de 95 horas e 46 minutos, para poder colocar os produtos básicos na mesa.

*Amanda Quintiliano - Especial para o EM


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