
Colnago vinha sendo o principal interlocutor da Economia com o Congresso. Respeitado entre os servidores de carreira, é um dos melhores ativos dentro da equipe econômica, pois tem perfil técnico e é fiscalista.
Resta saber se o ministro Paulo Guedes conseguirá recuperar a credibilidade perdida nos últimos dias, como a derrubada do teto de gastos - emenda constitucional que limita as despesas pela inflação - para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400, prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que provocou uma crise institucional culminando na debanda de quatro secretários da pasta ontem.
Na avaliação de Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas do Grupo Mongeral Aegon, Paulo Guedes errou ao não colocar Colnago na função desde o início do mandato. "É disparado o melhor nome da Esplanada. Participou da construção do teto e 90% das medidas econômicas nos últimos anos passaram pelas mãos do Esteves. Ele sabe dialogar com o Congresso e não é vaidoso", disse Lima, que trabalhou com o novo secretário no extinto Ministério do Planejamento.
