Após 19 meses de pandemia, o Brasil finalmente chega à marca de 106 milhões de pessoas totalmente vacinadas, o que representa 50% da população. Com o avanço da imunização, 62,1% das empresas brasileiras planejam voltar ao trabalho presencial.
Por outro lado, 30,1% das companhias adotarão um regime híbrido, com parte dos funcionários em home office e outra parte no escritório. O trabalho remoto, com idas ao escritório apenas em situações muito específicas, deve ser adotado por 4,4% das empresas.
Uma pequena parcela, de 2,4%, das instituições entrevistadas afirmou que deve abandonar de vez os escritórios e manter todos os funcionários em casa. Outras 0,5% das companhias responderam que somente cargos de liderança devem voltar ao trabalho presencial.
“O levantamento mostra uma reposta positiva para o retorno ao trabalho presencial, uma vez que as empresas já se sentem seguras após a vacinação completa dos funcionários”, explica Shirlei Lima, líder de Softwares da Dimep Sistemas.
Segundo a especialista, os hábitos que se tornaram parte do cotidiano da população, como uso de máscara, álcool em gel e o respeito ao distanciamento social, também colaboraram para a decisão.
Qual o melhor momento para o retorno do trabalho presencial?
A pesquisa avaliou, ainda, em que momento as empresas devem retomar o trabalho presencial. Das entrevistadas, 36,3% afirmaram que a volta ao escritório deve ocorrer apenas após a vacinação completa de todos os colaboradores. Outras 34,2% indicaram que irão retomar o modelo de presencial, mesmo que boa parte dos funcionários não esteja imunizada.
Quanto a exigência da carteira de vacinação, 35,1% das instituições pretendem exigir o documento de comprovação da imunização.
A exigência, no entanto, é de natureza delicada. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados classifica informações referentes à saúde como dados sensíveis, e seu compartilhamento ou vazamento é ilegal.
Incentivo à vacinação
Em relação ao incentivo das empresas para que os funcionários se imunizem, 95,6% das instituições afirmaram que liberaram seus funcionários para se vacinar durante o horário de trabalho, na data indicada pelas prefeituras municipais.
Uma parcela de 4,4% afirma que não permitiu a saída dos trabalhadores para a imunização em horário comercial.
O estudo ainda revelou a quantidade de empresas que realizaram a vacinação contra COVID-19 internamente. Do total, 93% das companhias afirmaram que não adotaram esse procedimento, mas 7% responderam que disponibilizaram vacinas para seus funcionários.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz.