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Estado de Minas Gôndolas e prateleiras

''Termômetro'' do crescimento econômico registra expansão

Setor de instalações para armazenamento em aço em Minas cresce no embalo dos serviços essenciais e investe para atender a demanda do país e até do exterior


09/07/2021 04:00 - atualizado 09/07/2021 08:07

A Amapa, em Cláudio, investe R$ 50 milhões para ampliar produção e número de empregos de 570 para mais de mil (foto: Gabriel Araújo/Divulgação)
A Amapa, em Cláudio, investe R$ 50 milhões para ampliar produção e número de empregos de 570 para mais de mil (foto: Gabriel Araújo/Divulgação)

Impulsionada pela pandemia, a indústria de gôndolas e prateleiras é um termômetro do crescimento de cadeia produtiva, que vive um boom com a pandemia. Os setores essenciais, principalmente de alimentos e farmacêuticos, que não fecharam as portas em decorrência das imposições do distanciamento social, expandiram seus negócios e cada vez mais necessitam desses equipamentos para novas lojas ou substituições de produtos já obsoletos.
 
Em Minas, uma indústria de instalações para armazenamento em aço, a Amapa, situada em Cláudio, na Região Central do estado, apresentou seu melhor resultado em 30 anos de existência. Nos cinco primeiros meses de 2021, registrou um crescimento de 98% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado.

A expectativa é de aumento de 40% até o final do ano. A indústria investirá R$ 50 milhões, em 2021, para ampliar a fabricação de produtos de aço e construir um novo parque fabril, também em Cláudio, e modernizar a matriz com novos equipamentos. O número de funcionários deverá crescer em ritmo ainda maior, saindo dos atuais 570 profissionais para mais de mil até o fim de 2022.
 
A empresa, de acordo com Gabriel Dias Faria, gerente dos setores de Marketing e Comercial da Amapa,  começou há 37 anos em uma estrutura familiar, mas em 2001 iniciou a comercialização de gôndolas leves. Hoje, conta com 10 mil pessoas que comercializam seus produtos em todo o país, e começa a expandir os negócios para países da América Latina.
 
Com o setor aquecido, a empresa ampliou sua planta para 50 mil metros quadrados, sendo 25 mil de área produtiva de linhas leves e pesadas. Gabriel explica que os equipamentos leves são destinados aos pequenos e médios comércios, como supermercados menores, mercearias, farmácias de bairros e pet shops. Produtos com maior capacidade de peso são destinados a investimentos superiores a 200 metros.
 
"Estamos acompanhando a tendência mundial de descentralização dos mercados, que migram dos grandes centros para periferias, bairros e cidades menores. As pessoas priorizam trabalhar e consumir mais próximo de casa. Com a pandemia, isso foi acelerado, da mesma forma que as reuniões online aceleraram a tecnologia em 20 anos", constata o gerente da empresa.
 
As gôndolas pesadas também atendem aos mercados que trabalham no atacado, outro setor em expansão. Diante das tendências de aumento de preços dos alimentos e componentes de cesta básica, pequenos e médios comerciantes e famílias procuram adquirir produtos em maior quantidade, para estoque. "Até mesmo no e-commerce, houve aumento da demanda de paletes, utilizados para armazenar produtos em um único local", explica Gabriel.

Escritório


Outros produtos que tiveram crescimento são as linhas de móveis para escritório, como armários e roupeiros, puxados pelo maior tempo que as pessoas ficam em casa. “Até na construção civil houve expansão de demanda de armários, roupeiros e utensílios, já que é uma área que também cresceu." 

Diretor de expansão e operações do grupo Super Nosso, Wenilton Soares Fialho reconhece que a demanda de mercados e supermercados aumentou muito durante a pandemia. "O volume de uso de gôndola explodiu. E, por outro lado, o aumento consecutivo do aço e a falta do produto no mercado acabaram por afetar os prazos de entrega, que esticaram bastante, de 60 para 120 dias, entre produção e entrega.”
 
"Quando a pandemia foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, no final de fevereiro de 2020,  a indústria e as áreas não essenciais precisaram fechar. Isso impactou muito nos prazos de entrega", explica Wenilton. Com prazos esticados e a escassez de produtos no mercado, algumas redes que atuam em Minas Gerais e que compravam gôndolas, paletes e prateleiras em outros estados voltaram os olhos para a indústria no estado.



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