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Estado de Minas DIA DAS MÃES

Shopping centers tiveram vendas abaixo da expectativa no Dia das Mães

Especialistas acreditam que as pessoas optaram por fazer o tradicional almoço, ao invés de presentear seus entes queridos


11/05/2021 11:36 - atualizado 11/05/2021 12:13

Movimento no shopping centers foi um pouco melhor no dia que antecedeu o Dia das Mães(foto: Pátio Savassi/Divulgação)
Movimento no shopping centers foi um pouco melhor no dia que antecedeu o Dia das Mães (foto: Pátio Savassi/Divulgação)
As vendas do Dia das Mães em 2021 trouxeram um certo alento para os comerciantes na cidade de Belo Horizonte, tão prejudicadas pelo atual cenário de pandemia da COVID-19. Entretanto, nos grandes Shoppings Centers da capital e Região Metropolitana, o resultado foi abaixo das expectativas, com pouco movimento de compradores que, com medo de ficar em locais de grande fluxo de pessoas, não foram às compras.

Dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), mostram que a semana que antecedeu o Dia das Mães foi positiva para o comércio da capital mineira. Houve um aumento de 40,7% no volume de vendas entre 3 e 7 de maio, em comparação às semanas anteriores.

O balanço realizado entre 6 e 7 de maio, mostra que mais da metade dos lojistas (52,4%) realizou promoções especiais para a data. As estratégias resultaram em mais vendas para quem criou condições diferenciadas. De acordo com os dados, os comerciantes que realizaram promoções viram suas vendas crescerem em 23,4%, ou seja, 8,1 pontos percentuais a mais que os empresários que não fizeram nenhuma ação (15,3%).

A forma de pagamento predominante entre os belo-horizontinos foi o parcelamento (50,8%). Em média, as compras foram parceladas em sete vezes no cartão de crédito. À vista no crédito foi a escolha de 29% dos consumidores. Em relação ao tíquete médio, as compras tiveram valor de R$157,86 por presente, de acordo com os empresários entrevistados.

“Como já esperávamos, a data trouxe um sopro de esperança para os comerciantes da cidade. Mesmo que o volume de vendas não tenha sido tão significativo quanto os anos anteriores, a data não perdeu sua força e segue como a segunda mais importante para o setor. Há também a expectativa que ao longo da semana também sejam realizadas novas compras, considerando que será um período de troca de presentes, que podem viabilizar novas aquisições”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

O Superintendente da Associação dos Lojistas de Shopping Centers de Minas Gerais (Aloshopping) Alexandre Dolabella França, disse que 'nos shopping ceneters, o movimento foi bem mais fraco que o esperado. O único dia que teve uma maior movimentação foi no sábado (8/5). As vendas caíram 26,62% em comparação com o ano de 2019, visto que em Maio de 2020, o comércio estava fechado por causa das restrições da pandemia'.

Alexandre ressalta que, para os shopping centers, esta queda representa um ponto muito negativo, pois com as vendas baixas e o valor das mercadorias subindo com os fornecedores, os aluguéis das lojas não podendo ser negociados e a inflação em alta, os negócios se tornam inviáveis dentro da operação do shopping.

A pesquisa da Aloshopping foi aplicada em 8 e 9 de maio de 2021, em todos os grandes shopping centers de BH e Região Metropolitana. Pode-se dizer que os consumidores compraram mercadorias de menor valor agregado em relação ao ano anterior. Outro motivo foi que, com a pandemia, não há realização festas, formaturas e eventos. Diante disso, os consumidores não compraram, principalmente, vestuário com maior valor agregado, impactando fortemente este segmento.

"Com a diminuição do valor do auxílio emergencial, a alta na inflação e nos juros, acredita-se que as pessoas, estão com menos dinheiro para gastar com vestuário e acessórios em geral. O dinheiro que recebem do governo é apenas para alimentação e remédios", explica Alexandre Dolabella.

A pesquisa destaca também que o comércio não está com recuperação sustentável desde a recessão de 2014 à 2017. E nos anos atípicos de 2020 e 2021, a pandemia caiu como um terremoto no comércio físico de shopping centers.

Um ponto favorável do levantamento da Aloshopping ressalta que os empresários procuraram outras formas de vendas, principalmente na internet, que hoje já representa 20% das vendas totais. "Com as medidas restritivas, os comerciantes tiveram que se reinventar e optar pelas vendas online. E agora com os comércios abertos novamente este novo formato,, serve como uma complementação da renda", afirma o superintendente.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra


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