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Março de 2021 tem maior inflação dos últimos seis anos em BH

Valor da gasolina puxou para cima o custo de vida na capital. O combustível teve aumento de 14,2% no mês passado


07/04/2021 14:09 - atualizado 07/04/2021 14:35

A gasolina foi responsável por elevar o custo de vida na capital(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
A gasolina foi responsável por elevar o custo de vida na capital (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

A gasolina foi a grande vilã da maior inflação no mês de março dos últimos seis anos em Belo Horizonte. Com a alta de 14,02%, o produto foi responsável por elevar o custo de vida na capital, chegando a 1,24%. A gasolina comum sozinha foi responsável em 0,5 ponto percentual desse total, com aumento de 3,4%. O dados são da pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) e IPCR, divulgado pela Pesquisa Ipead/UFMG, na manhã desta quarta-feira (7/4). 
 
A coordenadora da pesquisa, Thaize Martins, destaca que desde 2015 não se via esse patamar para o mês de março. Contribuíram também o aumento de outros ítens não alimentares, como o preço do automóvel novo e as assinaturas de internet e de telefonia fixa. 
O custo da cesta básica, definida pelo Decreto-Lei 399/38, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação, apresentou variação negativa de 3,24%, entre fevereiro e março de 2021. O valor da cesta em março deste ano foi de R$ 552,32, o equivalente a 50,21% do salário mínimo.
 
Os alimentos in natura (de sacolões) apresentaram queda, com reflexo  de redução de 3,24% na cesta básica, em comparação com fevereiro. O tomate e a batata tiveram os menores preços registrados. "O preço do tomate varia muito de acordo com a condição climática o período de entresafra, tempos chuvosos geram maior perda na colheita e na aparência do fruto, provocando e escassez no mercado. Em tempos de sol, a maturação é mais rápida e também a colheita, aumentando a disponibilidade no mercado."
 
O óleo de soja, que subiu muito no ano passado, acumulando no últimos 12 meses um percentual de 80% , teve em março, queda de 1,52%.  Itens que são mais atrelados a inteferências do câmbio e do cenário externo são os que mais tem aumentado e podem continuar aumentando com a tendência de maior  valorização do dólar, explica a coordenadora da pesquisa.
 
O Índice de Confiança do Consumidor  (ICC-BH) apresentou forte queda em março (-19,54%), após alta verificada em fevereiro, interrompendo a recuperação observada no início do ano. Em comparação com o mês de fevereiro, as componentes "Situação Econômica do País" e "Emprego" foram as que mais contribuíram para a piora do humor dos consumidores belo-horizontinos, que se mostraram mais pessimistas.
 
"No geral consumidor continua pessimista, está no nível mais pessimista desde o início da série histórica iniciada em 2004. Em março foi de 29%," destaca Thaize. Contribuíram para o baixo índice fatores como o cenário de novo fechamento de comércio, maiores restriçõe de circulação, e a piora nos números de infecção da pandemia piorando. "Março trouxe influência negativa  na percepção do consumidor em relação a componentes como a inflação, desemprego e situação econômica do país."
 
"O aumento da taxa selic, que se encontrava sem alterações há algum tempo, trouxe reflexos nas demais áreas. Ainda o cheque especial e cartão de crédito, alvo maior de utilização pela população requerem maiores cuidados dos consumidores, devido às taxas mais altas praticadas no mercado", alerta Thaize.
 
As tarifas bancárias tiveram poucas alterações de um mês para o outro no início, mas a pesquisa permite que o consumidor possa comparar as práticas em diversas insituições. A pesquisa mensal de tarifas bancárias é uma síntese das taxas cobradas pelos principais produtos e serviços oferecidos para pessoa física, praticadas pelos bancos (públicos e privados) mais atuantes em Belo Horizonte. 
 
São pesquisadas as tarifas para confecção de cadastro, depósito identificado, fornecimento de 2ª via de cartão de crédito, dentre outras. Com essa pesquisa, a Fundação Ipead oferece à população informação qualificada sobre as tarifas de serviços oferecidos pelas instituições financeiras, cabendo ao consumidor a análise crítica dos valores cobrados e a verificação daquela que atende melhor às suas necessidades.


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