Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, “entre 2016 e 2019, os gastos no setor dispararam de R$ 25,3 bilhões para R$ 30,6 bilhões em todas as classes sociais”.
Em 2020, por sua vez, houve um recuo de 26,9%, totalizando R$ 22,3 bilhões desembolsados pelos brasileiros. Em Minas, entre 2016 e 2019, os gastos foram de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,6 bilhões. Já no ano passado, houve uma queda de 13,4% em relação a 2019, totalizando R$ 2,3 bilhões na compra de bebidas.
Números em Minas Gerais
Belo Horizonte, entre 2016 e 2019, apresentou crescimento de 7,7% no consumo de bebidas. Em 2020, no entanto, houve um recuo de 19,8%, com mais de R$ 368 milhões gastos nesse setor.
Governador Valadares mostrou números mais discrepantes. Enquanto entre 2016 e 2019, o município registrou aumento de 48,3% no consumo de bebidas, no ano passado a queda foi de 20,7%, totalizando R$ 31 milhões desembolsados.
Já Juiz de Fora foi um dos municípios mineiros que não apresentou queda. Se entre 2016 e 2019 houve 13% de crescimento no consumo de bebidas, em 2020 houve aumento de 0,8% em relação ao ano anterior, com R$ 91 milhões gastos.
Ipatinga e Montes Claros estão entre os grandes municípios mineiros que tiveram as menores quedas no consumo. Entre 2016 e 2019, o crescimento foi de 14,6% e 25,6% e, no ano passado, o recuo foi de 1,4% (R$ 38 milhões) e 8,5% (R$ 44 milhões), respectivamente.
Combate ao alcoolismo
Apesar dessa queda no consumo, o cenário ainda é preocupante. Para Pazzini, a projeção é que esse tipo de gasto volte a subir, já que seu recuo está ligado à recessão provocada pela pandemia, assim como aconteceu com a maioria dos setores econômicos.
“A procura por bebidas alcoólicas está muito mais ligada a hábitos de consumo de parte da população, principalmente a mais jovem, que vincula diversão ao álcool”, analisa o especialista.
Nesta quinta (18/2), acontece o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, criado para conscientizar a população sobre os males causados pelo consumo excessivo de álcool.
A doença está relacionada a uma série de complicações no organismo, levando a sequelas irreversíveis e, inclusive, à morte de mais de 3 milhões de pessoas todos os anos no mundo.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
