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Estado de Minas PRESSÃO À MESA

Preços disparam para prato feito (PF) e marmitex em BH

Em seis meses, valor do marmitex em BH sobe 29,39%, e o do prato feito, 21,12%. Pesquisa aponta que a cobrança pelo PF varia até 257% na capital mineira


09/02/2021 04:00 - atualizado 09/02/2021 07:27

A inflação dos alimentos acabou pesando sobre os preços das refeições servidas nos restaurantes, com subidas expressivas de óleo, arroz e carne (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS - 11/9/20)
A inflação dos alimentos acabou pesando sobre os preços das refeições servidas nos restaurantes, com subidas expressivas de óleo, arroz e carne (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS - 11/9/20)

Puxado pela inflação dos alimentos, o valor do prato feito e do marmitex grande teve expansão média de 21,12% e 29,39%, respectivamente, nos últimos seis meses em Belo Horizonte.

É o que aponta levantamento sobre o preço da refeição em restaurantes realizado pelo site Mercado Mineiro, que se dedica à comparação de preços na capital, feito entre 3 e 5 de fevereiro.

O marmitex foi responsável pela maior demanda dos estabelecimentos nos períodos de distanciamento social, abastecendo, via serviço de delivery, funcionários em empresas e trabalhadores em home office. Acompanhando a expansão na “quentinha” maior, a pequena subiu de R$ 10,65 para R$ 14,24, registrando aumento médio de 33,67%.

Um incremento menor foi observado no preço do quilo do self-service, que teve alta média de 9,39%. A laranjada, que tradicionalmente é a bebida natural com mais saída nos restaurantes, subiu 5,52%, ficando em torno de R$ 5,60 o copo. O refrigerante em lata, que também acompanha as refeições, teve elevação de 6,34%. O preço médio nos rodízios de carne subiu até 23% nos últimos seis meses.

A alta nos restaurantes é justificada pela pressão sobre os preços dos alimentos, que fecharam 2020 como os grandes vilões da inflação. Segundo dados do IBGE, a expansão no valor dos gêneros alimentícios foi de 14,09% no ano passado, a maior desde 2002. Entre os itens que mais sofreram variação está a carne vermelha, que subiu, em média, 17,97%.

Além da carne, o IBGE revelou a disparada em vários itens, como óleo de soja, que fechou o ano, em média, 103,79% mais caro, e o arroz, que teve aumento de 76,01% em 2020. Outros itens importantes na alimentação do brasileiro também subiram expressivamente, entre eles o leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%), batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).

Na capital mineira, o valor da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação doméstica, chegou a R$ 566,80 em dezembro, valor 22,09% superior ao mesmo mês de 2019, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

O levantamento do Mercado Mineiro aponta também a variação de preços entre estabelecimentos, que pode ocorrer devido à localização e, em alguns casos, pela qualidade dos pratos oferecidos. Essa disparidade na comida a quilo na capital foi de surpreendentes 649%, sendo que o menor preço apurado foi de R$ 12, e o maior foi de R$ 89,90.

VARIAÇÃO 


O valor do prato feito pode representar de R$ 12 até R$ 42,90, variando em 257%. Já o marmitex grande varia de R$ 10 a R$ 30,90 (209%), enquanto o pequeno pode custar de R$ 8 até R$ 22, uma diferença de 175%.

Pelo suco natural de laranja de 300ml são cobrado de R$ 4 a R$ 9, com variação de 125%. O valor do refrigerante em lata de 350ml vai de R$ 3,80 a R$ 6,50, variando em até 71%.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Murta



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