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Estado de Minas Trabalho

País tem recorde de empregos formais


27/11/2020 04:00 - atualizado 26/11/2020 23:35

Em outubro foram criadas 394.989 vagas com carteira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 25/3/19)
Em outubro foram criadas 394.989 vagas com carteira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 25/3/19)
Depois de ser atingido fortemente nos primeiros meses da pandemia de coronavírus, o mercado de trabalho formal brasileiro registrou em outubro a abertura de 394.989 vagas, um recorde histórico. Foi o quarto mês consecutivo de resultado positivo, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Ministério da Economia.

Em setembro, a abertura de postos de trabalho somou 311.552. O resultado de outubro decorreu de 1,548 milhão de admissões e 1,153 milhão de demissões. Em outubro de 2019, houve a abertura de 70.852 vagas com carteira assinada. O resultado do mês passado veio bem acima do projetado pelo mercado financeiro. O intervalo das estimativas de analistas previa abertura líquida de vagas de 149.797 a 340.000.

No acumulado do ano até outubro, o saldo do Caged ainda ficou negativo em 171.139 vagas. Os piores meses no Caged foram março, com perda de 268.999 vagas, o fundo do poço de abril, com a destruição de 942.774 empregos formais, e maio, com a demissão líquida de 363.412 trabalhadores. Os dados dos meses anteriores foram atualizados ontem pela pasta.

O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, ressaltou a abertura de vagas em todas as regiões do país no mês de outubro. De acordo com dados do Caged, a região Sudeste foi a que registrou o maior saldo positivo (186.884), seguida pela região Sul (92.932) e Nordeste (69.519). Na região Centro-Oeste foram abertas 25.024 vagas e, na Norte, 20.658 postos de trabalho.  Dalcolmo destacou ainda o fato de as admissões estarem subindo depois de sofrerem forte contração nos primeiros meses da pandemia. Por outro lado, as demissões estão abaixo do nível registrado no ano passado, já que houve muitas contratações recentes. “O volume de demissão é 20% menor do que o ano passado”, acrescentou.

O secretário ressaltou ainda a recuperação dos setores de comércio e serviços, que foram os mais atingidos pelas medidas de restrição à circulação adotadas para impedir maior propagação do coronavírus. “Há focos inflacionários em comércio e serviços que devem ser corrigidos brevemente”, acrescentou. Apesar de todos os setores terem registrado abertura de vagas em outubro, no acumulado do ano, comércio e serviços ainda contabilizam mais demissões do que contratação, com saldos negativos de 231.245 e 268.049 respectivamente.

Otimismo


Após a abertura recorde de vagas formais em outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país pode terminar o ano com perda zero de empregos com carteira assinada. Até outubro, o saldo é negativo em 171.139. Guedes não deu projeções para os próximos meses para explicar a estimativa de saldo zero. Historicamente, dezembro registra fechamento de vagas. Em um pronunciamento no início da coletiva, Guedes ressaltou que a abertura de 394.989 vagas em outubro é o maior número da série histórica, desde 1992. “A economia continua retomando em V e gerando empregos em ritmo acelerado. Reagimos com resiliência, soubemos fazer distanciamento social e ao mesmo tempo manter economia girando”, afirmou.

O ministro deixou a coletiva sem responder perguntas, como tem feito nessas ocasiões. Após críticas de que a equipe econômica estaria sem rumo, Guedes disse que isso não ocorreu. “Não perdemos o rumo nesta recessão, estamos nos levantando e criando emprego”, completou. Ele agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro por ter mantido a equipe econômica que, segundo ele, foi várias vezes ameaçada, e disse estar bastante satisfeito. "Preservamos a vida no que foi possível e preservamos empregos. Ligamos agora a máquina de criar empregos de novo. Se terminarmos o ano com zero perda de emprego formal, terá sido ano histórico", acrescentou.




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