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Estado de Minas "PRIMEIRA PARCELA"

Polícia Federal deflagra operação contra suspeitos de fraudar auxílio emergencial

Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão foram expedidos. Prejuízo causado aos cofres públicos giram em torno de R$ 350 mil só no estado de São Paulo


09/11/2020 12:20 - atualizado 09/11/2020 12:39

Quatro pessoas são procuradas acusadas de fraude para obter auxílio emergencial(foto: Divulgação/Polícia Federal)
Quatro pessoas são procuradas acusadas de fraude para obter auxílio emergencial (foto: Divulgação/Polícia Federal)
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (9) a Operação Primeira Parcela, que visa desarticular a atuação de organizações criminosas que cometeram fraudes para obter valores do auxílio emergencial

Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão são cumpridos nos estados de Bahia, Tocantins e São Paulo. Na capital paulista, uma pessoa é procurada e três mandados de busca e apreensão e sequestros de bens são cumpridos. Em São Bernardo do Campo e em Sorocaba, agentes também cumprem mandados de busca.

As investigações, conduzidas pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, apontaram que os prejuízos causados pela quadrilha aos cofres públicos, somente nesta primeira fase, giram em torno de R$ 350 mil só no estado de São Paulo.

Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, constituição de organização criminosa e até mesmo lavagem de dinheiro.

Alerta


Em nota, a Polícia Federal destacou que todos os pagamentos indevidamente realizados são objeto de análise por parte da instituição e dos demais órgãos citados anteriormente. Desta forma, quem se inscreveu e recebeu as parcelas do auxílio emergencial sem estar dentro dos critérios do governo deve devolver os valores, sob pena de estarem passíveis de ter sua ação objeto de investigação criminal.

FGTS emergencial


Além da fraude no auxílio emergencial, golpistas também utilizam o FGTS emergencial para obter valores indevidos, entrando em contas de clientes e sacando os valores. O governo federal liberou R$ 1.045 por conta de FGTS, mas quando os beneficiários consultam, em algumas vezes o dinheiro já não está mais na conta, como o Estado de Minas mostrou em setembro.

O modus operandi, segundo relato de algumas vítimas, é, de certa forma, simplório: os fraudadores se cadastram no aplicativo Caixa Tem – poupança digital da instituição criada para que os trabalhadores movimentem o dinheiro – no lugar dos verdadeiros titulares, criando um novo e-mail e utilizando os dados das vítimas. Elas só percebem ter caído no golpe ao ver o sistema acusar um cadastro já feito naquele CPF.

No fim do mês passado, o EM mostrou que vítimas da fraude enfrentam dificuldades para reaver o dinheiro. A Caixa tem rejeitado sistematicamente o ressarcimento aos que contestam a retirada irregular de recursos do FGTS. E não há explicações sobre a decisão no comunicado que formaliza a negativa.

A própria Caixa, em nota enviada ao Estado de Minas, admite que não tem informado aos clientes as razões para negar o ressarcimento. “Por motivos de segurança, os dados de contestações e os critérios técnicos de análise de suspeitas de fraude não podem ser expostos ao público em geral, mas apenas aos órgãos policiais envolvidos nas investigações”. 

A instituição afirma ainda na nota que “em caso de negativa do pedido, poderá ser solicitada a reanálise na agência” e que trabalha em parceria com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação de casos suspeitos e na prevenção das fraudes no pagamento do FGTS Emergencial e demais benefícios sociais.


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