
Em BH, a cesta custou R$ 516,82, com alta de 5,13% na comparação com setembro. No ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 16,16% e, em 12 meses, 31,89%. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em outubro, foi de 108 horas e 48 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador mineiro remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, na média, 53,47% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Produtos
De acordo com a pesquisa, os produtos com alta de preço médio em outubro foram: batata (28,32%), tomate (23,35%), óleo de soja (18,66%), arroz agulhinha (8,20%), feijão carioquinha (6,75%), banana (6,54%), café em pó (4,71%), açúcar (3,41%), carne bovina de primeira (2,08%) e manteiga (0,48%).
Já o leite integral foi o único item com preço estável entre setembro e outubro. Farinha de trigo (-1,09%) e pão de sal (-0,71%) apresentaram redução de preço médio em outubro.
Principais variações no país
O valor do óleo de soja apresentou aumento nas 17 capitais, com destaque para Brasília (47,82%), João Pessoa (21,45%), Campo Grande (20,75%) e Porto Alegre (20,22%). O alto volume de exportação, a baixa oferta interna devido à entressafra e a elevação do preço do grão no mercado internacional explicam o contínuo aumento de valor do produto nas prateleiras dos mercados.
O preço médio do arroz agulhinha também registrou alta em todas as capitais, com variações entre 0,39%, em Aracaju, e 37,05%, em Brasília. O aumento do preço do grão é explicado por uma maior demanda de parte das indústrias dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, ao aumento das cotações no mercado internacional e às exportações do grão. Mesmo que haja maior oferta, propiciada pelas importações, o câmbio desvalorizado deve manter elevado o valor do arroz comercializado.
Em 16 capitais, o preço médio da carne bovina de primeira registrou alta: variou de 0,50%, em Curitiba, a 11,50%, em Brasília. A queda foi registrada em Florianópolis (-10,84%). A baixa disponibilidade de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em aumentos de preço.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.