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Estado de Minas ECONOMIA

IPCA de setembro fica em 0,76% na Grande BH

Grupo Alimentação e bebidas apresentou o maior aumento percentual. Gasolina teve o maior impacto individual positivo no índice


09/10/2020 14:30 - atualizado 09/10/2020 14:47

A maior variação (2,28%) no índice nacional de setembro veio do grupo de alimentos e bebidas(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A maior variação (2,28%) no índice nacional de setembro veio do grupo de alimentos e bebidas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (9), que em setembro deste ano o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,76% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O índice para a Grande BH representa o oitavo menor resultado mensal entra as 16 áreas pesquisadas e maior do que Salvador (0,23%), Brasília (0,37%), São Paulo (0,44%), Rio de Janeiro (0,62%), Porto Alegre (0,68%), Curitiba (0,71%) e Aracaju (0,73%). 

Além disso, ainda de acordo com o levantamento, a variação mensal do IPCA no Brasil foi de 0,64%. Já as variações acumuladas em 12 meses foram de 3,04% na RMBH – o sexto menor resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, e de 3,14% no país. 

A maior variação (2,28%) e o maior impacto (0,46 pontos percentuais) no índice de setembro vieram do grupo de alimentos e bebidas, que acelerou em relação a agosto (0,78%). Houve também altas em outros seis grupos, com destaque para artigos de residência (1%), transportes (0,7%) e habitação (0,37%). O grupo de vestuário, após quatro meses em queda, também apresentou alta (0,37%). 

No lado das quedas, o destaque mensal foi para a saúde e cuidados pessoais (-0,64%), com impacto de -0,09 p.p. Os demais grupos ficaram entre o recuo de 0,09% em educação e alta de 0,15% em comunicação. 

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2020 (referência) com os vigentes entre 29 de julho e 27 de agosto de 2020 (base).

Alimentação 


A aceleração no grupo alimentação e bebidas (2,28%) ocorreu especialmente em função dos alimentos para consumo no domicílio, cujos preços subiram 2,89% frente a agosto. Entre as maiores variações, estão o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%), que acumulam no ano altas de 51,30% e 40,69%, respectivamente. Em conjunto, os dois itens contribuíram com 0,16 p.p. no IPCA de setembro.

Os preços de outros produtos importantes, como o tomate (11,72%), o leite longa vida (6,01%) e as carnes (4,53%) também subiram. No lado das quedas, os destaques foram cebola (-11,80%), batata-inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%).

A alimentação fora do domicílio, que havia caído 0,11% em agosto, subiu 0,82% em setembro, influenciada pela alta nos preços do lanche (1,12%) e da refeição (0,66%). 

Artigos de residência 


A segunda maior variação no índice do mês veio dos artigos de residência (1,00%), cuja alta ocorreu principalmente por conta dos itens TV, som e informática (1,99%) e mobiliário (1,10%). Este último, apesar de alta observada no mês, acumula queda de 8,73% no ano. 

Transporte


Os preços dos Transportes (0,70%) subiram pelo quarto mês seguido, embora tenham desacelerado em relação a agosto (0,82%). A gasolina, com alta de 3,22% em agosto, subiu 1,95% em setembro, contribuindo com 0,09 p.p. 

Quanto à gasolina, as localidades pesquisadas apresentaram variações desde a queda de 6,04% em Salvador até a alta de 4,21% em Fortaleza. Os preços do óleo diesel (2,47%) e do etanol (2,21%) também subiram, enquanto os do gás veicular caíram 3,16%.

Ainda em transportes, outro destaque foram as passagens aéreas, com alta (6,39%) após quatro meses consecutivos de variações negativas. No lado das quedas, ressalta-se o recuo de 2,73% no seguro voluntário de veículo, que acumula no ano queda de 11,86%.

Habitação 


Em habitação (0,37%), o maior impacto no índice do mês (0,02 p.p.) veio do gás de botijão, cujos preços subiram 1,61%. Já a maior variação veio do tijolo (4,67%), que acumula no ano alta de 22,32%. Destacam-se também a alta da taxa de água e esgoto (0,56%), por conta do reajuste de 3,40% nas tarifas de São Paulo (1,91%), vigente desde 15 de agosto, e a queda do gás encanado (-0,85%), em virtude de duas reduções: em Curitiba (-6,39%), redução de 8,88% a partir de 19 de agosto; e Rio de Janeiro (-0,54%), redução de 5,16% a partir de 1° de agosto.

Ainda em Habitação, a energia elétrica (0,07%) teve ligeira alta em setembro, com variações que foram desde a queda de 1,76% em Belo Horizonte até a alta de 3,41% em Campo Grande, onde a alíquota de PIS/COFINS aumentou. Destacam-se, ainda, os reajustes de 5,93% em Vitória (0,40%) e de 2,86% em Belém (-0,09%), ambos vigentes desde 7 de agosto. Em São Luís (-0,72%), houve redução de 0,31% nas tarifas, desde 28 de agosto.

Vestuário 


O grupo Vestuário (0,37%) subiu em setembro, após a queda de 0,78% observada em agosto. Contribuíram para isso os calçados e acessórios (0,56%) e as roupas masculinas (0,58%), ambos com impacto de 0,01 p.p. As joias e bijuterias (1,22%) seguem em alta, embora tenha havido desaceleração em relação ao mês anterior (2,32%). O único item em queda foi roupa feminina (-0,11%). 

Saúde e cuidados pessoais


A queda (-0,64%) e a contribuição negativa (-0,09 p.p.) do grupo Saúde e cuidados pessoais foram as mais intensas sobre o IPCA de setembro. Isso se deve ao item plano de saúde (-2,31%), que contribuiu com -0,10 p.p. Em 21 de agosto, por ocasião da 16ª Reunião Extraordinária de Diretoria Colegiada, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu suspender até o fim de 2020 os reajustes dos planos de saúde. Com isso, todo o fator apropriado antecipadamente em maio, junho, julho e agosto, referente ao reajuste que seria anunciado em julho deste ano, foi descontado no IPCA-15 de setembro e replicado para o IPCA de setembro, conforme disposto na nota técnica 03/2020.

Os índices das 16 regiões pesquisadas apresentaram alta em setembro. O menor resultado ficou com a região metropolitana de Salvador (0,23%), por conta da queda nos preços da gasolina (-6,04%). Já o maior índice foi do município de Campo Grande (1,26%), em função da alta das carnes (6,63%), da gasolina (2,69%) e da energia elétrica (3,41%).
 
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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