O início do isolamento social levou à paralisação de vários serviços, especialmente os que são prestados às famílias, impactando diretamente o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias puxou a retração na economia, ao recuar 2,0%.
"A queda do consumo das famílias teve muito a ver com a queda de serviços também. Claro que não foi só isso. Teve queda de consumo de bens duráveis. Por outro lado, aumentou o consumo das famílias de medicamentos, produtos de limpeza e produtos alimentícios", disse Rebeca.
No primeiro trimestre, o PIB encolheu 1,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, com quedas nos serviços (-1,6%) e na indústria (1,4%).
"Houve paralisação de vários serviços, serviços de entretenimento, restaurantes, cabeleireiro. Tudo isso foi fechado em março, com o início do isolamento social, e os serviços sofreram bastante. Isso aconteceu em vários países do mundo também. Já tinha acontecido na China, nos Estados Unidos, na Europa", lembrou Rebeca Palis.
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ECONOMIA
Queda do consumo das famílias teve muito a ver com queda de serviços, diz IBGE
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