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Estado de Minas

Preço do gás de cozinha varia até 69% nos depósitos

Variação pode ultrapassar os 50% tanto para botijão quanto cilindro, mesmo apresentando uma pequena redução no valor ao consumidor, registrado no início de maio


postado em 18/05/2020 12:15 / atualizado em 18/05/2020 12:40

Preços do gás GLP se mantêm estáveis mas variam até 69% nos depósitos da Grande-BH(foto: Flicker)
Preços do gás GLP se mantêm estáveis mas variam até 69% nos depósitos da Grande-BH (foto: Flicker)

A variação de preço do gás de cozinha (GLP) nos depósitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte pode chegar a 70%, mesmo com o valor do produto apresentando uma redução média de 2,14%, em relação ao mês de abril. O botijão de 13kg, que custava em abril, em média, R$71.59, caiu para R$70,06, quando comprado na portaria do depósito. O mesmo produto entregue no próprio bairro, que apresentava preço médio de R$ 77,82 caiu para R$76,43, uma queda de 1,80%. O cilindro de 45kg, apresentou redução, em relação a abril, de R$313,25 para R$309,63, uma queda de 1,16% entregue no próprio bairro.

 

A constatação é resultado do levantamento feito em 115 estabelecimentos pelo site Pesquisa de Preços do Mercado Mineiro, nos dias 6 e 7 de maio, que também apontou variação de 41% no valor pago pelo cilindro de 45kg entregue no próprio bairro, podendo custar de R$280 até R$395. Já na portaria dos depósitos de gás os preços variam entre R$ 260 e R$395,(52%). O vasilhame de13kg, pode custar de 100 a 180 reais, uma variação de 80% e o cilindro entre 240 e 380 reais (diferença de 58%).

 

Os preços do GLP podem variar de um estabelecimento para outro num mesmo bairro e afetam com maior intensidade pessoas de menor poder aquisitivo. "A maior parte de depósitos de gás está em bairros mais distantes da região centro-sul, onde inexisgem espaços adequados e economicamente viáveis para se instalarem. Porém os preços são ainda mais altos nos depósitos situados nos aglomerados e ocupações dentro desses bairros, onde há menor competitividade", explica o diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

 

Felicianto conta que os comercianters do setor ouvidos pelo site apresentaram um cenário de queda nas vendas nos primeiros dias de maio em relação aos meses de março e abril, em plena vigência das medidas de isolamento social, recomendadas pelas autoridades de saúde e do poder executivo nos municípios. A "pechincha" voltou a fazer parte das negociações. "Tornou-se mais comum o cliente pagar preço menor se negociar com o proprietário do depósito. Em muitos casos, principalmente quando se trata do cilindro, mais caro e comercializados principalmente em regiões  de maior poder aquisitivo, os valores pagos em dinheiro costumam ser menorews."

 

Segundo o diretor da empresa, há uma percepção no mercado da diminuição da renda devido à pandemia do covid-19 e que o cliente se encontra apertado financeiramente. "Alguns clientes deixaram de consumir o gás e passaram a cozinhar em fogareiros ou fogão a lenha". Feliciano disse que desde janeiro os preços do gás estão estabilizados, "mesmo com alguma variação definida na política de preços da Petrobrás, os estoques permitiram uma certa estabilidade no preço ao consumidor final."

 

A queda na procura do produto foi registrada em todas as regiões da Grande-BH. No início da quarentena, conforme Feliciano Abreu, houve uma corrida, algumas pessoas procuraram estocar, diante de uma "indefinição do que viria pela frente". Mas a situação econômica, as incerteza quanto a salários e empregos, fizeram com que houvesse uma retração. As pessoas estão semdinheiro e, em grande parte, quem consome o gás de 13kg é a população de menor renda, e uma parcela significativa não tem recursos ou vasilhame para estocar.

 

Abreu recomenda que as pessoas negociem, pesquisem preços e evitem estocar gás. "A estocagem provoca uma queda na oferta" e concentração do produto em mãos de consumidores com maior poder aquisitivo, elevando o preço. Ele alerta para que se observe as datas de pagamento previstas para o auxílio emergencial do governo federal. "São períodos que há maior procura por produtos de primeira necessidade (como o gás) e os preços tendem a se elevar."

 

Laércio Aniceto da Cruz, há 17 anos dono do depósito Delegado Laércio, no bairro Jardim América, Região Oeste de BH vende entre 75 a 80 reais o botijão de 13 kg, dependendo do local da entrega. "Maio caiu bem a procura, uma vez que março e abril as pessoas compraram para armazenar." Quanto ao cilindro, ele vende a R$330, mas que nesses primeiros meses do ano já vinha apresentando queda na procura. Ele calcula uma redução de 30%, por se tratar um vasilhame mais consumido por condomínios, que passaram a utilizar da expansão nos bairros da zona sul da rede de gás canalizado, e restaurantes que se encontram fechados ou trabalhando em escala reduzida durante a pandemia. Mas considera que o preço se mantém estável, "por enquanto".


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