(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PANDEMIA

Dia das Mães: em BH, menos da metade dos filhos pretende presentear

Estudo do Ipead/UFMG aponta queda de 37% da intenção de compra em relação ao ano passado, consequência do coronavírus


postado em 06/05/2020 14:39 / atualizado em 06/05/2020 15:23

(foto: Marco Verch/Flickr)
(foto: Marco Verch/Flickr)
Menos da metade dos filhos pretende presentear neste Dia das Mães, aponta pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG). O cenário é bem diferente do registrado no ano passado. Segundo o estudo, 47,62% dos entrevistados afirmaram que vão comprar presente pra celebrar a data, que será comemorada no domingo (10).

Foram os desdobramentos da pandemia do coronavírus que motivaram esta situação, que afeta ainda mais os comerciantes, que têm o Dia das Mães como uma das datas mais lucrativas. Com a queda de 37% da intenção de compra em relação a 2019, o setor do comércio, que tem restrições para funcionamento em Belo Horizonte, pode se complicar de vez.

Pelo menos as mamães do grupo das 'eleitas' receberão presentes com nível semelhante ao do ano passado. É que o ticket médio por presente apresentou uma ligeira redução de R$ 1,32 em relação a 2019, passando de R$ 99,82 para R$ 98,50, sendo que a maior parte dos entrevistados informou que irá gastar o mesmo valor do ano anterior.

Ainda segundo o estudo, em comparação ao mês de março o Índice de Confiança do Consumidor (ICC-BH) na capital mineira apresentou forte queda em abril, registrando -17,8%. O índice permanece abaixo dos 50 pontos, nível que separa o pessimismo do otimismo, e atingiu o menor patamar já observado na série histórica da pesquisa, ficando em 30,76 pontos.

A piora do humor dos consumidores belo-horizontinos, que sofreu queda superior a 20% no mês, tem como principais justificativas os componentes "Situação econômica do país", "Emprego" e "Pretensão de compra". De acordo com o Ipead/UFMG, esses resultados refletem o impacto da pandemia da COVID-19 entre os consumidores após a imposição de distanciamento social e o fechamento de grande parte do comércio na capital mineira.

CUSTO DE VIDA A pesquisa ainda aponta que o preço dos produtos alimentares em Belo Horizonte apresentou forte alta em abril, em comparação ao mês anterior, sendo os maiores destaques em termos de variação as altas de 6,77% para alimentos de elaboração primária, de 5,96% para alimentos in natura e de 2,14% para alimentação em restaurante.

Já o custo de vida na capital mineira (medido pelo IPCA e pelo IPCR) apresentou queda de 0,08% em abril (em relação a março). O resultado foi obtido a partir da pesquisa de preços de produtos e serviços agrupados em 11 itens agregados (sendo que alimentação é um deles).

Entre os grupos que apresentaram retração nos preços, destaque para as quedas de 2,58% para as bebidas em bares e restaurantes e de 1,81% para produtos administrados, como os combustíveis. Para o Ipead/UFMG, “o aumento da demanda por itens alimentares durante o período da quarentena, com muitas famílias em casa, mantendo o distanciamento social e, consequentemente, a queda na demanda por combustíveis, explicam os resultados do mês de abril”.

INFLAÇÃO A inflação anual acumulada em abril foi de 4,31%, permanecendo acima da meta de 4% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2020. Já o custo da cesta básica apresentou alta de 1,07% no mês, a terceira consecutiva, passando agora R$ 481,54. Segundo o Ipead/UFMG, trata-se do maior valor já observado na série histórica da pesquisa, que teve início em junho de 1994. O principal responsável por esse aumento da cesta no mês de abril foi o feijão carioquinha, que teve alta de 28,14% no mês.

Desde a última reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 17 e 18 de março, a taxa Selic permanece em 3,75% ao ano. O estudo conclui que a maioria das taxas médias de juros praticadas para pessoa física apresentou queda em relação às taxas praticadas no mês anterior, sendo o maior destaque a taxa para a construção civil, que registrou redução significativa em relação ao período anterior. Dentre as taxas para pessoa jurídica, a maioria apresentou queda. Já entre de captação, a maioria ficou estável em relação ao mês anterior.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)