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Estado de Minas ECONOMIA

Caixa quer reduzir filas no pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial

Ideia é fazer o saque em dias diferentes do pagamento do Bolsa Família, mas depende de aprovação do Ministério da Cidadania


postado em 04/05/2020 18:02 / atualizado em 04/05/2020 18:10

Fila quilométrica na agência da Caixa Econômica de Montes Claros, Norte de Minas Gerais (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A. Press)
Fila quilométrica na agência da Caixa Econômica de Montes Claros, Norte de Minas Gerais (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A. Press)
A Caixa Econômica Federal quer liberar os saques da segunda parcela do benefício emergencial por meio de um calendário que não coincida com o cronograma de pagamentos do Bolsa Família. A ideia é evitar a formação de mais filas nas agências bancárias no final deste mês e foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (04).

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, boa parte das filas que se formaram nos últimos dias nas agências da Caixa se explica porque o saque em espécie dos R$ 600 coincidiu com o pagamento do Bolsa Família. "Com isso, acabou misturando os dois públicos mais carentes, que são os não bancarizados", explicou Guimarães, lembrando que a maior parte desses brasileiros preferem fazer o saque do benefício presencialmente nas agências porque não tem conta no banco e, por isso, tem dificuldade de movimentar os recursos pelos aplicativos do banco.

Guimarães lembrou, por sua vez, que a definição do cronograma de pagamento da segunda parcela dos R$ 600 não depende só da Caixa. O banco operacionaliza esse pagamento, mas quem define o seu cronograma é o Ministério da Cidadania. "Estamos ainda conversando. Tem que ter conversa com o ministro da Cidadania e também com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Falei com ele hoje pela manhã, inclusive", lembrou Guimarães, garantindo que o governo vai anunciar esse cronograma assim que possível. "Tendo aprovação do Ministério da Cidadania, anunciaremos esta semana, o mais rápido possível, certamente. O objetivo é sempre reduzir filas", afirmou.

Responsável pela coordenação do benefício emergencial de R$ 600, o Ministério da Cidadania inicialmente disse que faria o pagamento da segunda parcela do auxílio entre os dias 27 e 30 de abril. Depois, chegou a dizer que anteciparia esses depósitos para o dia 23 de abril. Mas, depois, voltou atrás e acabou adiando o pagamento da segunda parcela dos R$ 600. O adiamento foi explicado pelo fato de que o número de pessoas que pediu o auxílio superou as expectativas do Executivo, forçando o governo a elevar o orçamento e a estender o período de análise cadastral e de pagamento da primeira parcela dos R$ 600. Ainda hoje, por sinal, mais de 6 milhões de pessoas esperam uma resposta do governo para saber se terão direito ou não ao benefício.

Na semana passada, contudo, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que seria possível definir o novo cronograma de pagamento da segunda parcela dos R$ 600 no início desta semana. Isso porque esses 6 milhões de pessoas correspondem a menos de 3% dos brasileiros que solicitaram o auxílio no aplicativo da Caixa. Procurado nesta segunda-feira, o Ministério da Cidadania ainda não deu mais detalhes, contudo, sobre esse calendário.

Para seguir a ideia da Caixa de não coincidir com os dias de pagamento do Bolsa Família, porém, o governo teria que começar a depositar a segunda parcela dos R$ 600 nos próximos dias. É que, neste mês, os depósitos do Bolsa Família começam no dia 16. E a Caixa procura liberar o saque em espécie do benefício emergencial somente alguns dias depois de os R$ 600 serem depositados nas contas dos brasileiros. A ideia é que o saque ocorra cerca de uma semana depois do depósito para que só vá à agência àqueles segurados que não têm conta do banco e, por isso, não conseguem movimentar o recurso de forma remota, pelo aplicativo da Caixa. 

Ainda assim, a Caixa acredita que os saques da segunda parcela serão mais organizados que os da primeira. Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (04/05) para falar sobre as filas que têm se formado nas agências bancárias, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, alegou que o banco tem se organizado para atender esses brasileiros e reduzir as filas. E por isso, já vai fazer o pagamento da segunda parcela de forma mais preparada.

Além disso, lembrou Guimarães, o banco terá uma ideia mais clara de quantas pessoas devem ir às agências para fazer o saque do benefício na próxima rodada de saques, ao contrário do que ocorreu desta vez, quando o pagamento foi feito ao mesmo tempo em que os brasileiros se inscreviam para receber os R$ 600. "Vai ser mais organizado, porque não teremos a parte inicial de validação, de criar um banco de dados e validar. Poderemos nos organizar melhor", prometeu Guimarães.


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