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Estado de Minas

IBGE vai monitorar casos de COVID-19 e impacto no mercado de trabalho

As entrevistas da PNAD Covid serão feitas por telefone e ainda não têm data oficial para começar


postado em 03/04/2020 15:45 / atualizado em 03/04/2020 16:25

As entrevistas vão ser feitas por entrevistadores do IBGE via telefone(foto: Agência Brasil )
As entrevistas vão ser feitas por entrevistadores do IBGE via telefone (foto: Agência Brasil )

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou, nesta sexta-feira (3/4), uma parceria com o Ministério da Saúde para monitorar os casos de COVID-19 no Brasil e o impacto no mercado de trabalho. Para esse projeto, será implantada a PNAD Covid, uma versão inédita da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílios Contínua).

Os resultados da análise vão auxiliar nas ações do poder público para controlar a propagação do coronavírus.


O principal objetivo da pesquisa é analisar as mudanças causadas pela pandemia no Brasil, no âmbito da saúde e econômico. “A pesquisa vai mostrar o percentual da população brasileira com sintomas de COVID-19, se buscou atendimento e, se foi internada, quais foram os procedimentos adotados”, afirma o diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

“Será uma pesquisa muito objetiva e rica, mostrando os reflexos do confinamento social no mercado de trabalho brasileiro”, reforça.

Dessa forma, além de monitorar os casos de contaminação, a pesquisa levantará informações da população relacionadas a trabalho e emprego. “Vamos investigar se a pessoa está na força de trabalho, ou se a pandemia a jogou para fora da força de trabalho. E relacionar isso com as pessoas que estão com sintomas”, diz.

Segundo o diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, a data do início da coleta de dados ainda não está definida. “A ideia é que os resultados sejam divulgados semanalmente. O IBGE tem clareza de que isso tem de ser feito para ontem. Estamos envidando esforços para colocar essa pesquisa na rua o mais rápido possível”, explica.

O questionário será feito por telefone, com apoio da Anatel, por entrevistadores do IBGE e do Ministério da Saúde. Para a coleta dos dados, uma mesma pessoa será entrevistada por, pelo menos, três meses.

Segundo Azeredo, será um questionário curto para investigar se a pessoa está tendo algum tipo dos sintomas preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como os mais característicos do coronavírus – febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar”.

Para o diretor, o grande desafio do projeto será as entrevistas. “A população tem de ter ciência de que é importante atender os pesquisadores do IBGE para que o Brasil conheça qual a prevalência de pessoas com sintomas, pois estamos num período de avanço da doença. (...). Uma vez recebendo a ligação, a pessoa tem de saber que ao responder à pesquisa está exercendo um ato de cidadania”, explica Azeredo.

Influência nas ações governamentais


Como este cenário de pandemia é muito novo, os dados coletados podem auxiliar nas decisões governamentais para combater a COVID-19. “O o apoio do IBGE neste momento de pandemia é estratégico para o Ministério da Saúde identificar o tamanho real da epidemia e a tomada de decisão para orientar o Sistema Único da Saúde (SUS), bem como o papel das equipes de Saúde da Família, a fim de minimizar os efeitos da pandemia na vida das pessoas”, afirma o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim.

“O Instituto é o único que conhece a fundo a população brasileira, o que o credencia a fazer rapidamente um questionário telefônico para levantar dados que vão mapear os principais sintomas na população brasileira e oferecer estatísticas confiáveis para subsidiar as decisões do governo”, completa o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Felipe Pinto.

* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram

 


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