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Estado de Minas SEGURANÇA

Empresas e clientes sofrem com ciberataques

Nos últimos anos, o aumento dos investimentos em proteção não conseguiu frear o avanço das fraudes Kaspersky, gigante russa da área de segurança, revelou que, no ano passado, houve um aumento de 72%


postado em 14/02/2020 04:00 / atualizado em 14/02/2020 08:43

(foto: Gerd Altmann/Pixabay )
(foto: Gerd Altmann/Pixabay )
São Paulo – Os investimentos em proteção digital têm crescido no Brasil nos últimos anos, mas o volume de ataques também – fenômeno que está comprometendo cada vez mais a privacidade e a segurança dos usuários da internet. Um estudo da Kaspersky, gigante russa da área de segurança, revelou que, no ano passado, houve um aumento de 72% no número de usuários atingidos por malwares criados para coletar dados digitais de vítimas. Em valores absolutos, foram mais de 2 milhões de ataques.

O Brasil lidera os ataques entre os países latino-americanos. “Exemplos recentes no Brasil de riscos à privacidade são o roubo de contas no WhatsApp e o roubo de senhas até de mobile banking”, afirma Fabio Assolini, especialista sênior de segurança da Kaspersky Brasil. “A tecnologia melhorou a comunicação e continua criando um mundo mais próximo e mais integrado. Enquanto os consumidores tiram proveito das oportunidades criadas pelas novas tecnologias, é importante também ser proativo em relação à proteção dos dados pessoais.”

De acordo com a Kaspersky, as redes sociais são grande fonte de exposição de dados pessoais e senhas. A pesquisa da empresa constatou que, no quesito privacidade, 48% das pessoas desconfiam do Facebook. Para garantir que suas informações se mantenham privadas, a Kaspersky indica que os usuários evitem clicar em links ou baixar aplicativos suspeitos.

Quem recebe um link ou documento compartilhado com origem desconhecida ou não tem certeza em relação ao conteúdo deve entrar em contato com o remetente utilizando outros canais de comunicação. O ideal é utilizar somente programas e sites certificados e seguros. “Os ladrões de senhas se infiltram nos navegadores e roubam senhas armazenadas, permitindo que criminosos roubem dados particulares ao acessar serviços on-line sem a permissão de seus donos.”

As maiores vítimas dos hackers são as empresas, especialmente as de médio e pequeno portes. Um estudo da consultoria Accenture, realizado com mais de 4,6 mil profissionais de segurança corporativa no mundo, concluiu que menos de 20% das empresas estão conseguindo frear os ciberataques de forma eficaz, encontrando e resolvendo falhas rapidamente. A partir de modelos detalhados de desempenho de cibersegurança, o estudo identificou um grupo de elite, chamado de “líderes” e correspondente a 17% do universo da pesquisa, que atingiu resultados significantemente melhores em relação às outras empresas a partir dos investimentos em tecnologias de segurança virtual. Ou seja, 83% das empresas, a grande maioria delas pequenas, não estão totalmente protegidas.

Os “líderes” do estudo figuraram entre os melhores desempenhos em pelo menos três das quatro competências avaliadas na pesquisa: frear novos ataques, encontrar falhas rapidamente, consertar essas brechas de forma ágil e reduzir o impacto das falhas. O estudo identificou um segundo grupo, abrangendo 74% dos entrevistados e identificado como “não líderes”, que consiste de empresas com desempenho mediano em termos de resistência virtual, porém longe de serem retardatárias. “Nossa avaliação identifica um grupo que se sobressai entre as organizações e que parece ter descoberto a fórmula das melhores práticas em ciberseguran- ça” , afirma Kelly Bissell, que comanda as área de Security da Accenture no mundo. “Os líderes em nossa pesquisa são bem mais rápidos na detecção de falhas e mobilização para resposta, minimizando os danos e retomando as operações normais de forma mais ágil”.

Coronavírus

Nas últimas semanas, o coronavírus, que surgiu na China e de lá tem se espalhado gradualmente para outras partes do planeta, se tornou a principal isca para os hackers. A primeira dessas campanhas foi observada pela X-Force Threat Intelligence, equipe de cibersegurança da IBM, que mirava especificamente o público japonês. Os e-mails tentavam se disfarçar como notificações oficiais de autoridades de saúde de centros de grande população do Japão, como Osaka, Gifu e Tottori.

Segundo Anton Ivanov, analista da Kaspersky, por enquanto já foram descobertos 10 arquivos malignos utilizando o vírus como forma de difundir e infectar mais pessoas, e a tendência é que esse número cresça. “Conforme as pessoas se preocupam com a sua saúde, devemos ver mais e mais malwares escondidos dentro de documentos falsos sobre a propagação do coronavírus”.

Brasil bate recorde em falta de civilidade on-line

Jovens são as maiores vítimas do ciberbullying praticado por haters nas redes sociais (foto: Gerd Altmann/Pixabay )
Jovens são as maiores vítimas do ciberbullying praticado por haters nas redes sociais (foto: Gerd Altmann/Pixabay )

O índice de falta de civilidade on-line atingiu a pior taxa desde o início das pesquisas, em 2016, aponta estudo feito pela Microsoft e divulgado na terça-feira (11). O 
Brasil teve um aumento de dois pontos desde o ano passado, e alcançou o índice de 72%. Quanto mais próximo de 100%, maior é a falta de civilidade.

As redes sociais concentram dois terços (66%) dos relatos de falta de civilidade na web.  “Elas refletem o que vivemos na sociedade e muitos usuários se sentem protegidos e até imunes para atacar alguém por estar atrás do computador e do teclado”, diz Nycholas Szucko Antunes, diretor de cibersegurança da Microsoft Brasil.

Segundo 31% dos entrevistados, a aparência física e a política são os principais motivos para a falta de civilidade on-line. Na sequência aparecem orientação sexual (30%), religião (26%) e raça (25%). Os jovens são os principais alvos desses ataques on-line e também os que menos sabem como agir nessas situações. Entre os adultos, os millennials compõem 82% do maior grupo de risco.

Segundo Nycholas, os mais jovens estão mais acostumados com o ambiente on-line e por isso são mais suscetíveis. Esses usuários buscariam o ambiente on-line para fazer parte de um grupo e não estariam esperando ser rejeitados ou atacados por alguém.

O estudo mostra que os principais riscos são contatos indesejáveis (42%). Esse índice é sustentado por ataques de hackers, que enviam arquivos e links maliciosos para roubar dados, até a conversa com outros jogadores de videogame em plataformas on-line. O estudo entrevistou 502 brasileiros com idades entre 13 e 74 anos.

5 maiores ataques dos últimos tempos


1. Wikileaks | Novembro 2010
O Wikileaks, criado em 2006 pelo australiano Julian Assange, ganhou popularidade em 2010, quando foram divulgados 251.287 telegramas diplomáticos. Dos mais de 250 mil documentos revelados pelo site Wikileaks, 722 tiveram origem na embaixada de Lisboa.

2. Sony PlayStation Network | Abril 2011
Nomes, e-mails e outros dados pessoais de cerca de 77 milhões de usuários com conta na PlayStation Network foram roubados, o que paralisou o serviço durante uma semana.

3. Dropbox | Agosto 2012
O ataque ocorreu em 2012, mas só quatro anos mais tarde foi desvendado. Em 2012, o serviço de armazenamento de dados na cloud Dropbox confirmou que tinham sido expostos os e-mails dos utilizadores, mas foi em 2016 que a Leakbase descobriu que as senhas tinham sido roubadas.

4. Target | Dezembro 2013
A rede americana de supermercados foi alvo de um ataque em 2013, que afetou 70 milhões de clientes. Os criminosos roubaram nomes, endereços, telefones, e-mails e até dados bancários dos consumidores.

5. eBay | Maio 2014
Em maio de 2014, o eBay emitiu comunicado pedindo aos seus 145 milhões de usuários que mudassem a senha de acesso ao website, após ter descoberto que a sua rede tinha sido alvo de um ataque informático. Os hackers roubaram todas as informações pessoais dos clientes.


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