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Estado de Minas

Confira dicas de especialista para evitar se enrolar com as contas do novo ano

Passada a festa da virada, é tempo de encarar os boletos de janeiro e os gastos extras com transporte e material escolar. É preciso cuidado para evitar já começar 2020 no vermelho


postado em 02/01/2020 04:00 / atualizado em 02/01/2020 08:33

(foto: Lelis)
(foto: Lelis)
Os fogos de artifício marcam o início de um novo ano, geralmente após uma semana intensa de comemorações com muita comida, bebida, presentes, promoções e viagens. Mas a conta da festança não tarda a chegar. E vem acompanhada de outras, pois em janeiro ocorre o fenômeno da multiplicação dos boletos, com os impostos, despesas e tarifas mais caras por causa dos reajustes anuais. Para quem mora em Belo Horizonte, o IPTU aumentou 3,91% e a passagem de ônibus deve subir 5,5%, depois de briga na Justiça. O IPVA caiu 10%, mas o seguro obrigatório de veículos, que seria extinto, volta a ser cobrado, representando gasto adicional. Com tantos compromissos, o cidadão precisa se planejar para aproveitar descontos e não começar 2020 com as finanças no vermelho.

O coordenador do site Mercado Mineiro, especializado em pesquisa e comparação de preços, Feliciano Abreu, aconselha quem tem algum dinheiro guardado a quitar de uma vez o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “É melhor pagar o IPTU à vista e ter o desconto de 5%. Os juros em aplicações estão baixos e com tendência de queda, e o contribuinte fica livre de mais uma dívida que pode atormentar durante o ano”, pontua. “O 13º está aí. Tem que pegar para pagar dívidas e sair dos juros altos”, aconselha.

O governo do estado também dá desconto de 3% para pagamento à vista do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Os contribuintes que quitaram o tributo em dia nos anos de 2018 e 2019 têm direito a mais 3% de redução, chegando a 6% de abatimento. Mas o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat), cobrado junto com o IPVA, deverá ser pago integralmente à vista.

Se usar o 13º salário para pagar as contas do início do ano já não é mais uma opção, a alternativa é parcelar. No caso de contas como material escolar, a saída para o consumidor é pesquisar, e muito, o preço. “Várias lojas vão dividir o valor”, diz Abreu, que faz uma pesquisa específica sobre esses itens. Segundo ele, uma opção é financiar diretamente na loja, com juros baixos.

Mas qualquer financiamento requer cuidado, principalmente aqueles contratados nos bancos ou financeiras. Daí a importância de fazer as contas antes de se comprometer com qualquer dívida. O melhor é evitar empréstimos para quitar os débitos à vista, pois geralmente fica mais caro pagar o empréstimo do que as contas parceladas.

“Acho difícil viabilizar um crédito no banco, direto ao consumidor, que seja mais barato que os juros do IPTU”, comenta Abreu, que usa como exemplo o pagamento do imposto aplicado aos imóveis. “Quem está com dívidas do passado, deve negociar com juros mais baratos, pagar dívidas ao máximo e comprar só o necessário. É melhor esperar o pior e ter a surpresa do melhor”, ressalta. Confira abaixo a lista das despesas que vão pesar no bolso dos belo-horizontinos neste mês.

Metrô

No dia 5 a tarifa do transporte aumenta de R$ 3,70 para R$ 4. O reajuste escalonado obedece uma decisão da Justiça Federal em Minas Gerais, acompanhando aumento que ocorreu em todas as cidades onde o metrô é administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Na capital mineira, a questão foi alvo de impasse e batalha judicial, que determinou o parcelamento. Daqui a dois meses, com o último reajuste previsto, a tarifa vai chegar a R$ 4,25.

Ônibus

Alvo de batalha entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e empresas de transporte, as passagens devem ser reajustadas por determinação da Justiça, embora decisão nesse sentido seja de caráter liminar e passível de recurso, que deve ser ajuizado pelo município. A decisão, divulgada na segunda-feira, deve aumentar em R$ 0,25 o valor, elevando a tarifa predominante para R$ 4,75. A prefeitura sustenta não ter sido notificada, portanto o aumento ainda não vigora. No transporte metropolitano, as passagens já estão em média 4,46% mais caras, o que elevou a passagem predominante de R$ 5,35 para R$ 5,60.

IPTU

Neste ano, o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano em Belo Horizonte será de 3,91%. Em 2019, foi de 3,86%. A prefeitura calcula o percentual com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que foi divulgado em 20 de dezembro. As guias serão enviadas pelos Correios a partir de 6 de janeiro, mas já podem ser impressas pela internet no site da Prefeitura de Belo Horizonte (pbh.gov.br).

IPVA

O governo do estado estima que motoristas tenham uma redução de quase 10% no valor que pagaram em 2019. Isso porque a base de cálculo para a cobrança diminuiu 2,96% em função da desvalorização dos veículos. Somado a isso, quem optar por pagar à vista na data do vencimento da primeira parcela terá desconto de 3%. Aqueles que quitaram o IPVA em dia nos anos de 2018 e 2019 têm direito a mais 3% de redução, chegando a 6%. Estão nesta situação cerca de 2,2 milhões de veículos, representando 22,22% do total. O prazo para pagamento da primeira parcela ou cota única vai de 13 a 17 de janeiro, segundo o número final de placa.


DPVAT

No fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a medida provisória do governo federal que extinguia o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat). O pagamento pode ser feito na data de vencimento da cota única de IPVA ou na da primeira parcela de cada estado. O valor do seguro depende do tipo de veículo. O governo tentou reduzir para valores de R$ 5,21, para carros, e R$ 12,25 para motos, mas o STF também barrou. Com isso, o seguro deve ser de 16,21 para carros e R$ 84,58 para motos.

Material escolar

Os produtos costumam acompanhar a alta do dólar, que vem ficando acima dos R$ 4 desde o segundo semestre de 2019. O câmbio afeta a compra de importados e também influencia no preço do papel, o que acaba sendo repassado para o consumidor final. Nessa hora, é fundamental pesquisar ou ver o que pode ser aproveitado do ano anterior, como mochilas, estojos, lápis, cadernos, entre outros.


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