Minas Gerais ingressou no clube dos maiores estados exportadores de cachaça, ganhando fôlego para brigar pelos novos mercados que o setor vai buscar em 2020 no Leste Europeu, Suíça, Paraguai, Argentina e na sonhada China. Os embarques do destilado que é símbolo da produção típica mineira responderam por 4,05% do volume total de 5,980 milhões de litros que o Brasil vendeu no exterior de janeiro a outubro, de acordo com balanço feito pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). Em receita, a participação de Minas foi maior, de 7,8%, da cifra, embora ainda bem modesta das vendas externas do produto, de US$ 11,702 milhões nos primeiros 10 meses de 2019.
O estado ficou na quinta posição do ranking, depois de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraná, nessa ordem, se qualificando para disputar as novas oportunidades que o Ibrac vislumbra para o país. O estímulo chega, segundo o diretor-executivo do Ibrac, Carlos Lima, com os recentes acordos comerciais anunciados entre o Mercosul e a União Europeia; a negociação entre o bloco latino e a Associação Europeia de Comércio Livre e um pacto que o Brasil estaria negociando com a China, como anunciou na manhã de ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o encontro dos países do Brics (formado pelos países emergentes Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul).
“Falamos de um produto único e típico do Brasil. Todos os países da Europa se abrem como importantes mercados, assim como a América Latina e a China”, afirma Lima. Alemanha, Reino Unido, França e Itália foram o principal destino das exportações de 2018, com cerca de 40% dos 8,4 milhões de litros embarcados. A receita alcançou US$ 15,61 milhões.