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Estado de Minas LUTO

Lázaro Brandão deixa legado


postado em 17/10/2019 04:00 / atualizado em 16/10/2019 22:45

Fundador do Bradesco aliou tecnologia e evolução do atendimento(foto: bradesco/Divulgação %u2013 5/2/18)
Fundador do Bradesco aliou tecnologia e evolução do atendimento (foto: bradesco/Divulgação %u2013 5/2/18)

O Brasil perdeu ontem, aos 93 anos, um ícone do sistema financeiro, Lázaro de Mello Brandão, ex-presidente do Bradesco. Economista e administrador, ele assumiu a presidência do banco em 1981, no lugar de Amador Aguiar, que fundou a instituição financeira e morreu em 1991. Brandão, que dedicou 76 anos de sua vida ao Bradesco, onde começou a trabalhar em 1942, ficou à frente do banco até 1999. A causa da morte foram complicações resultantes de uma cirurgia de diverticulite – inflamação interna do intestino.

Sob seu comando, o Bradesco se consolidou como o maior banco privado do Brasil, posição que só perdeu depois da fusão de Itaú e Unibanco, em 2008. No início dos anos 1990, Brandão também passou a acumular a presidência do conselho de administração da instituição. Em 2017, deixou o cargo, que passou a ser exercido por Luiz Carlos Trabuco Cappi – então presidente-executivo, função que passou a Octávio de Lazari Júnior.

Nascido em Itápolis (SP), Brandão começou como escriturário ainda na Casa Bancária Irmãos Almeida, em 1942. Um ano depois, a instituição foi comprada pelo Bradesco. Até pouco tempo atrás, Brandão batia ponto todo dia na sede do banco, na Cidade de Deus, em Osasco. Chegava às 7h30 e ficava até pouco depois das 17h.

Sob sua agenda, ficavam subordinadas as decisões dos conselhos de administração da Fundação Bradesco e da holding que controla as empresas do banco. Lázaro esteve à frente do Bradesco em alguns dos períodos mais difíceis da economia, como o fenômeno da hiperinflação durante o governo José Sarney e o de adoção do Plano Collor, ao qual se seguiu o impeachment do ex-presidente da República. E viu a estabilização da moeda por meio do Plano Real. O corpo do executivo foi velado no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, onde houve também a cerimônia de despedida e de cremação. Ele deixou mulher, duas filhas e um neto.

Caminhada harmônica O diretor-presidente dos Diários Associados, Álvaro Teixeira da Costa, lamentou a morte do executivo: “Recebi essa notícia com extremo pesar. Aproveito para ressaltar a grande amizade de Lázaro Brandão e Amador Aguiar com os fundadores dos Associados, fundamental para fazer nossas empresas caminharem juntas e em harmonia”.

Em nota, Octávio de Lazari disse que Brandão marcou não apenas a história do banco, “mas também a história pessoal de todos nós”. No mundo empresarial, segundo o executivo, Brandão firmou posição de liderança e tornou-se referência, com seu estilo “calmo, discreto, mas decidido”.

Luís Carlos Trabuco, por sua vez, afirmou, em comunicado, que o sistema financeiro perde “um dos mais ilustres e tradicionais representantes. Foi uma honra trabalhar, conviver e ser inspirado por esse ícone”. O presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, destacou o “legado inestimável” deixado por Brandão e o fato de ele ter construído uma das culturas mais sólidas de um grupo corporativo no Brasil. O presidente do Itaú Unibanco, Cândido Botelho Bracher, afirmou em nota que “seu Brandão foi personagem-chave (...) para o desenvolvimento da economia brasileira nas últimas décadas”.


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