
As tradicionais adversárias, Natura e Boticário, desde o começo seguiram por estratégias diferentes de negócios. Em alguns momentos, esses caminhos se cruzaram. Por exemplo, quando a empresa paranaense decidiu partir também para o porta-a-porta ou quando a marca, fundada por Luiz Seabra, passou a levar seus produtos para lojas. Como não poderia ser diferente, ambas chegaram ao e-commerce.
Enquanto o Boticário se dedicou ao desenvolvimento ou aquisições de marcas brasileiras, a Natura fez movimentos fortes fora do país. Por exemplo, ao adquirir a britânica The Body Shop e a australiana Aesop.
Nesse tabuleiro de xadrez, em que as rivais tentam estudar os melhores movimentos para seguir no jogo, a decisão mais ruidosa, sem dúvida, foi a anunciada pela Natura, em 22 de maio. A partir dessa data, a companhia brasileira passaria a ser a controladora da operação da Avon. O negócio de grandes números incluiu a troca de ações entre as duas empresas, que passaram a ser o quarto maior grupo global de cosméticos, com faturamento bruto anual no valor de US$ 10 bilhões.
Juntas, Natura e Avon contam com um exército de 6,3 milhões de consultores de beleza em nível global e cerca de 40 mil funcionários, distribuídos por 100 países. (PP)
