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Estado de Minas

Namorados vetam preço alto e limitam o gasto a R$ 131, aponta pesquisa

Expectativa do comércio de BH é por injeção de recursos de R$ 2,1 bilhões motivada pela compra de presentes para os parceiros. Venda no Brasil deve alcançar R$ 12,5 bi


postado em 07/06/2019 06:00 / atualizado em 07/06/2019 10:26

Com dificuldades financeiras, segundo a pesquisa da CDL-BH, 35,9% dos entrevistados não vão presentear(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press 9/6/16)
Com dificuldades financeiras, segundo a pesquisa da CDL-BH, 35,9% dos entrevistados não vão presentear (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press 9/6/16)

Seis em cada 10 belo-horizontinos pretendem presentear no Dia dos Namorados, – que será celebrado na próxima quarta-feira –, segundo pesquisa divulgada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de BH (CDL/BH).

O levantamento de dados mostra que 64,1% dos 302 consumidores entrevistados entre 20 e 30 de maio vão às compras para agradar o parceiro ou a parceira. O percentual teve aumento de 10,1% em relação aos registros de 2018.

Outra pesquisa relacionada à data, feita pelo Google Brasil, indica que os homens pretendem gastar com o presente 7% a mais que as mulheres.

“Mesmo que em ritmo lento, a economia do país vem apresentando sinais de recuperação e os consumidores estão gradualmente retomando o consumo.

Além disso, essa é uma data comemorativa com considerável apelo emocional, o que contribui para que as pessoas deem presentes”, diz o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

A estimativa da instituição que representa o setor na capital é de vendas de R$ 2,08 bilhões, que devem ser injetados na economia da cidade em função da data.

Uma vez confirmada a projeção, o crescimento dos negócios frente ao ano passado será de 1,36%. Entre os entrevistados, 35,9% disseram que não pretendem comprar presentes. Um dos fatores mais lembrados para evitar as lojas foram os problemas financeiros.

Em Belo Horizonte, os consumidores deverão investir valor inferior ao verificado em 2018. O tíquete médio dos presentes deve ser de R$ 110,55, valor 20,01% menor do que o desembolso registrado no ano passado.

De acordo com o tipo do produto escolhido, o valor desembolsado pelo consumidor também pode variar. Quem for presentear com perfumes e hidratantes vai desembolsar o maior valor, cerca de R$ 130,36. A compra de calçados deve girar em torno de R$ 127,50 por tíquete. Já o menor valor será pago em compra de roupas (R$ 96,88).

Ainda segundo a CDL/BH, apesar de o tíquete médio ultrapassar os R$ 100, a maioria dos entrevistados (45,03%), vai adquirir presentes entre R$ 50,01 e R$ 100.

A média de gastos da classe A/B deve ser de R$ 126,59. Entre a classe C/D, o valor deve ficar em torno de R$ 125 e na classe E, R$ 88,33. Quando analisados os gastos conforme o gênero, o tíquete médio será praticamente similar, sendo R$ 112,50 para mulheres e R$ 111,46 para os homens.

Os itens de vestuário devem ser os mais procurados na data. As roupas representam a melhor escolha de presente na opinião de 56,6% dos consumidores, seguida pelos calçados (23,3%).

Também foram citados perfumes e hidratantes (10,9%); relógio (7%) e bombons (3,9%). Quando perguntados sobre o número de presentes, a maioria dos entrevistados (92,2%) afirmou que comprará apenas um item para o parceiro(a).

O local onde a maioria pretende fazer as compras será nas lojas de rua (49,6%), seguidas dos shoppings centers (25,6%) e a internet (7,8%). O dinheiro é a forma de pagamento mais indicada (62%) na pesquisa da CDL-BH.

Já 18,6% dos consumidores vão optar pelos cartões de débito e 12,4% pelo pagamento à vista nos cartões de crédito. Também foi citado o parcelado no cartão de crédito (6,2%) e à vista no cartão da própria loja (2,3%).

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizaram pesquisa em nível nacional. A expectativa é de que o Dia dos Namorados injete cerca de 12,53 bilhões de reais na economia brasileira.

Apesar disso, quase seis em cada dez entrevistados (56%) têm a percepção de que os produtos estão mais caros do que no ano passado. Outros 38% acreditam que os presentes se mantiveram na mesma faixa de preço e apenas 5% acham que os produtos estão mais baratos do que em 2018.

Para impressionar


De olho no bolso, ainda conforme a CNDL e o SPC Brasil, 76% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de preço. Entre os que disseram buscar melhores ofertas, 69% pretendem usar a internet como aliada, 48% pesquisarão em shoppings e 43% em lojas de rua.

Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que três em cada 10 pessoas que pretendem comprar presentes vão às compras mesmo tendo contas em atraso.

Entre eles, 69% estão com CPFs negativados em serviços de proteção ao crédito. Além disso, 7% deixarão de pagar alguma conta para comprar o presente da pessoa amada. Os dados revelam ainda que 30% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro.

Promoção e desconto na mira




O Google Brasil apurou as diferenças de comportamento entre os casais de namorados e de parceiros casados. Dos entrevistados pela empresa, 69% dos casados celebraram a união há mais de cinco anos. Já entre os namorados, 76% têm até três anos de relacionamento (sendo 33% de um a seis meses; 19% de seis meses a um ano).

O estudo verificou que 63% dos namorados começam a pesquisar o presente 15 dias antes da data. Esses casais também são mais ativos na procura, utilizando diversidade de canais para encontrar o ‘produto perfeito’.

Os namorados acabam antecipando mais a compra: 38% dos casados compram o presente no Dia dos Namorados ou na véspera; o número cai para 25% entre os namorados. Segundo Stephania Costa, líder de insights para o varejo do Google Brasil, na média, os homens pretendem gastar 7% a mais que as mulheres nesta data.

“Os casados valorizam fatores como usabilidade do site, informações e avaliações de produtos, e novidades frequentes sobre serviços, enquanto os namorados buscam por preço, promoção, desconto e conteúdo diferenciado.

“Entendemos que isso acontece tanto pelo fato de que os casados utilizam mais canais on-line de pesquisa e compram mais pela internet do que os namorados, quanto pelo fato de que os namorados, por estarem em um relacionamento mais recente, acabam investindo menos no presente para a data, focando muito em promoções e descontos”, explica.

Pesquisa feita pela o (CNConfederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turism (CNC) estima em 1,9% o aumento das vendas motivadas pelo Dia dos Namorados, frente ao resultado do ano passado. Se confirmada a previsão, as vendas terão a terceira alta consecutiva, depois das perdas registradas durante a recessão econômica (de -1,1% em 2015 e -4,9% em 2016).

A CNC aponta que a cesta dos 25 bens e serviços mais demandados pelos consumidores nessa época do ano está 2,7% mais cara que no mesmo período do ano passado. No entanto, ainda será possível encontrar alguns itens mais baratos, como roupas femininas (-3,0%), tênis (-2,6%), artigos de maquiagem (-2,6%) e bolsas (-2,4%).

“Na tentativa de atrair o consumidor, o varejo deverá continuar investindo em liquidações, oferecendo linhas de produtos a preços menores do que no mesmo período do ano passado, especialmente nos ramos de vestuário e cosméticos”, apontou a CNC, em nota oficial.

Por outro lado, os preços de serviços, como excursões (+16,4%), estarão significativamente mais elevados do que no mesmo período de 2018. O Dia dos Namorados é considerado a sexta data comemorativa mais importante do calendário do comércio.


Comemoração


A inflação calculada para os namorados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) ficou em 2,35%, entre junho de 2018 e o mês passado, ficando abaixo da inflação registrada pelo IPC-10/FGV para o mesmo período (5,06%).

O levantamento feito pelo pesquisador do FGV IBRE Igor Lino e pelo coordenador do IPC do FGV IBRE André Braz levou em consideração produtos e serviços mais consumidos na data.

Os serviços mais procurados pelos casais registraram queda de preços: teatros (-14,92%) e show musical (-2,81%). No entanto, encareceram ingressos de cinema (6,83%), gastos em bares e lanchonetes (4,01%), restaurantes (3,31%) e hotel/motel (3,04%), inclusive, acima da inflação média do Dia dos Namorados.


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