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Estado de Minas

Nova provedora de banda larga é criada em Minas

Com a fusão de oito empresas, companhia nasce atendendo a 39 cidades no estado e com 150 mil clientes. Previsão é de que sejam investidos R$ 750 milhões nos próximos cinco anos


postado em 01/06/2019 06:00 / atualizado em 01/06/2019 08:20

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Quem tem internet banda larga fixa em casa quer, assim como quase todo consumidor, o melhor dos mundos. O funcionamento em excelência do produto contratado, podendo navegar com rapidez e à vontade ou assistir sem interrupções a programas, filmes, séries, esportes e tudo mais a que tenha direito.

Caso contrário, que tenha um atendimento ágil e eficiente, sem burocracias demais para solução dos problemas por parte da empresa. Minas Gerais terá mais uma empresa que promete ser tudo o que o cliente deseja, em um mercado que não para de crescer mesmo em tempos de forte crise econômica, e promete enveredar pelo vasto interior do país.

A Vero Internet nasceu da fusão de oito empresas regionais de telefonia que abrangem cerca de 150 mil clientes em 39 cidades em Minas (veja lista no quadro). De acordo com o presidente da companhia, Fabiano Ferreira, a nova provedora ainda receberá cerca de R$ 750 milhões de investimentos em operações nos próximos cinco anos.

Presidente da Vero Internet, Fabiano Ferreira, afirma que marca já é a maior em Minas entre as empresas regionais de telefonia(foto: Divullgacao/Vero)
Presidente da Vero Internet, Fabiano Ferreira, afirma que marca já é a maior em Minas entre as empresas regionais de telefonia (foto: Divullgacao/Vero)
Segundo ele, a marca já entra como a nona colocada no ranking de assinantes no país e a maior entre as ISPs (Internet service provider, da sigla, em inglês) no estado. Ainda assim, dado a grandeza da operação, a promessa é de entregar os melhores serviços e produtos sem perder a proximidade e a confiança dos clientes.

As ISPs são os provedores regionais de internet. Empresas de médio e pequeno porte que abrangem até 1,5 milhão de clientes (5% de mercado), de acordo com a mais recente resolução da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Atualmente, o Serviço de Comunicação Multimídia (conhecido como Banda Larga Fixa) registra cerca de 32 milhões de contratos em operação no Brasil, ainda conforme dados da agência.

Desse total, quase três quartos (72%) é baseado nas maiores empresas do setor: NET/Claro (9,36 milhões de assinantes), Vivo (7,58 milhões) e Oi (5,91 milhões). No entanto, dessas, somente a líder vem mantendo crescimento nos últimos meses.

Entre as três grandes operadoras, apenas a Claro apresentou alta no período de um ano, com mais 4,17%, o que representa 378 mil novas aquisições. Somente nos meses de fevereiro e março, foram 41,52 mil novos usuários (+0,44%). Já Vivo e Oi tiveram uma queda nos dois casos. Paralelamente a esse cenário de dificuldades, os provedores regionais de internet surfam na onda do crescimento acelerado.

As ISPs fecharam o mês de março com um total de 6,77 milhões de contratos ativos. Isso representa um crescimento de 31,83% ( 1,63 milhão), nos últimos 12 meses, e 0,58% ( 39,27 mil), quando considerados apenas os meses de fevereiro e março deste ano.

Lacuna


 Fabiano ressalta que a Vero, mesmo nascendo com grande base de clientes, entra no mercado para preencher uma lacuna que as grandes empresas não conseguem e ter o perfil próximo à satisfação do cliente.

Dados da Anatel mostram que, das novas conexões de internet domiciliar feitas em 2018 no Brasil, 83% são feitas provedores regionais. As grandes operadoras, que responderam por 17% do índice, não possuem penetração para atingir municípios mais isolados, deixando mercado para atuação de empresas menores, com funcionamento mais localizado.

“Nosso investimento e crescimento, inicialmente, será em Minas. Prioritariamente nas cidades em que atuamos. Em segundo plano, aprovamos orçamentos para cidades próximas, aumentando nossa capilaridade. A terceira parte, ainda no estado, é a aquisição de novos players”, comenta Ferreira. O gestor aponta que o perfil das empresas é sempre analisado como sendo próximo da linha da Vero, de empresas que possuem fidelidade com o cliente.

“É uma população que muitas vezes não está bem assistida e tem apetite em escolher o que há de melhor no mercado. Com isso, levamos desenvolvimento para a região. A cada 10% de penetração, impactamos em 1% do PIB (Produto Interno Bruto) no geral da economia. Não é questão exclusiva de levar tecnologia, mas levar inclusão. É uma união de oito empresas. Atuaremos fundamentalmente no interior do país, não temos outro foco”, define.

O CEO explica também que 85% da base de clientes da Vero já conta com o que há de mais moderno no setor, como a rede por fibra. A projeção é que chegue a 100% ao fim de 2020. Após o processo de transição das marcas, Fabiano espera que até o fim deste ano a empresa já esteja com o novo portfólio, incluindo novos produtos e serviços, além de preços e velocidades de conexão - atualmente segue trabalhando com o que já era comercializado pelas provedoras adquiridas.

Ele admite que não ter o catálogo ainda, ‘não é o melhor em gestão e em necessidades dos clientes’, mas ressalta que a empresa está preparando algo além do que é ofertado hoje nas cidades atendidas.

Entre os quatro pilares citados por Fabiano para a essência da empresa - resolver de primeira, enxergar gente além de números, aprender em empreender e comprometimento: cuidamos uns dos outros -, para o cliente, destaca-se o primeiro. Segundo ele, a meta é simplificar e atender o consumidor de maneira prática. “Se o cliente tem problema, trabalhamos para acertar o serviço em um curto espaço de tempo e em 70% das vezes vamos à casa do cliente em até 4 horas, segundo nossas estatísticas”, afirma.

Com faturamento entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões ao ano, a Vero projeta abrir lojas ‘conceito’ nas cidades onde atua e agir na contramão do que atualmente o cliente passa com suas operadoras. “As perspectivas para o mercado de banda larga são muito otimistas.

Tem muito potencial de crescimento nacional e não é diferente em Minas. Somos líder hoje onde atuamos e queremos continuar crescendo. Ser líder de mercado não é prioridade em termos de estratégia, é consequência. Foco é manter a qualidade de atendimento. Vamos levar isso para várias cidades, inclusão digital e liberdade de escolha”, argumenta.


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