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Estado de Minas

Disney proíbe cigarro comum e eletrônico dentro dos parques

Rede de parques vai abolir também o modelo eletrônico em suas dependências a partir de 1º de maio. Companhia restringiu, ainda, tamanho dos carrinhos de bebê


postado em 03/04/2019 06:00 / atualizado em 03/04/2019 08:29

Magic Kingdom: medida visa facilitar vida de familiares que esperam encontrar ambientes saudáveis para seus filhos(foto: Disney World Company/Divulgação )
Magic Kingdom: medida visa facilitar vida de familiares que esperam encontrar ambientes saudáveis para seus filhos (foto: Disney World Company/Divulgação )

São Paulo – A contagem regressiva já começou. A partir de 1º de maio, será proibido fumar cigarros comuns ou eletrônicos nos parques temáticos da Walt Disney World, nos parques aquáticos, no complexo da ESPN Wine World of Sports e no distrito de Downtown Disney, na Califórnia. Quem precisar recorrer ao tabaco terá de ir para áreas designadas para fumantes do lado de fora. Até agora, só era permitido dar baforadas em áreas restritas.

O anúncio, feito em 28 de março, ocorreu na mesma semana em que foi publicada, no Diário Oficial da União, por determinação do ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança, a criação de um grupo de trabalho para “avaliar a conveniência e a oportunidade de redução da tributação de cigarros fabricados no Brasil”. A proposta do titular da pasta é realizar estudos sobre a tributação atual e analisar projetos de mudanças, com o objetivo de diminuir o consumo de cigarro contrabandeado, de baixa qualidade.

Levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que, em 2016, 20% da população mundial fumava tabaco. Naquele ano, existiam 1,1 bilhão de fumantes adultos em todo o planeta. O número vem se mantendo praticamente inalterado desde 2000, apesar do crescimento populacional. Com isso, a entidade não acredita mais ser possível reduzir em 30% o consumo de tabaco até 2025.

Outro dado alarmante da pesquisa relevou que, no mundo, cerca de 24 milhões de crianças entre 13 e 15 anos fumavam cigarros – o equivalente a 7% de todos os jovens nessa faixa etária. Na Disney, a intenção é afastar o cigarro da vista das famílias, principalmente dos adolescentes.

PRESSÃO  A direção da companhia também divulgou regras mais restritivas quanto ao tamanho dos carrinhos de bebê que circulam pelas atrações. Sobrou até para o gelo seco, usado por frequentadores para manter as bebidas frescas em sacolas térmicas.

A explicação é que, além do aumento de público esperado para o verão, este ano, algumas das novas atrações, como o Star Wars, na Walt Disney World de Orlando, na Flórida, e na Disneylândia, na Califórnia, devem atrair multidões e as medidas poderão facilitar a vida dos frequentadores. Nesse último parque, por exemplo, Darth Vader, Mestre Yoda e sua turma tomaram justamente o espaço que antes era destinado aos fumantes.

Ficaram de fora da nova política os parques da Disney na França, China e Japão. A decisão faz sentido, segundo consultorias que acompanham o mercado do entretenimento. Os espaços da Disney costumam receber crianças e tudo que as famílias esperam é que sejam ambientes saudáveis. Acredita-se que outros parques se sentirão pressionados pela medida e seguirão na mesma direção.

A política antitabaco tem avançado aos poucos na companhia americana. Em 2015, a Disney foi o primeiro grande estúdio de Hollywood a cortar representações de cigarros de filmes voltados para o público mais jovem. Em reunião de acionistas naquele ano, foi anunciado que a Walt Disney Studios “proibiria fumar nos filmes, Marvel, Lucas, Pixar e Disney”. A razão? “Era a coisa certa a fazer”, disse um executivo.

A relação entre a companhia e o cigarro é antiga. Walt Disney, seu fundador, morreu em decorrência dos efeitos do tabaco, que lhe causou câncer de pulmão.

Personagem vira queridinho de marcas de luxo

  • As restrições anunciadas pela Disney não devem ter nenhum impacto relevante nos negócios espalhados por diferentes frentes. O licenciamento da marca é uma das boas fontes de receita. Nos últimos tempos, têm surgido muitos produtos para consumidores de maior poder aquisitivo.
  • É o caso da bolsa no formato da cabeça de Mickey Mouse, que começou a ser vendida pela Gucci no mês passado. O acessório custa US$ 4,5 mil. Outra marca conhecida, a Kate Spade, tem um acessório mais em conta, vendido por R$ 198. Até a Apple aderiu ao rato orelhudo, que completou 90 anos. Seus fones custam por US$ 300.
  • Segundo o Wall Street Journal, Mickey Mouse e seus outros personagens venderam US$ 3 bilhões em mercadorias em 2018, quando ocorreram as festividades pelos 90 anos e a marca esteve ainda mais em evidência. Apesar de expressivo, esse valor é apenas cerca de metade do que o Mickey movimentou em 2004, quando a Disney investiu muito em produtos, em comemoração ao seu 75º aniversário.


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