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Estado de Minas

Oferta de ações da Airbnb pode ficar para 2020

Abertura de capital da Airbnb estava prevista para abril deste ano, mas empresa não confirma operação. Desaceleração das principais economias e cenário externo instável afetam negócios


postado em 22/03/2019 06:00 / atualizado em 22/03/2019 07:31

Nathan Blecharczyk, um dos fundadores do Airbnb, diz que ainda não está decidido se o capital da empresa será aberto este ano(foto: Toshifumi Kitamura/AFP )
Nathan Blecharczyk, um dos fundadores do Airbnb, diz que ainda não está decidido se o capital da empresa será aberto este ano (foto: Toshifumi Kitamura/AFP )

 São Paulo – Cercado de expectativas, o IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) do Airbnb pode acabar não ocorrendo em 2019, como era previsto inicialmente. Em uma reportagem do site Business Insider, o cofundador da empresa de compartilhamento de imóveis, Nathan Blecharczyk, disse que a companhia está se preparando para o IPO, mas não confirmou se a oferta vai ocorrer neste ano.

“Não decidimos se iremos abrir a empresa em 2019”, afirmou o executivo, que seguiu com evasivas ao longo da entrevista. O mercado havia se animado após o site TechCrunch cravar, há nove meses, que o projeto para a abertura do capital estaria pronto até 30 de junho.

A contratação de Dave Stephenson, ex-vice-presidente da Amazon, para o cargo de diretor financeiro também deixou os investidores ansiosos, pois seria mais um indicativo de que a abertura de capital estaria prestes a sair. Atualmente, o Airbnb tem valor de mercado estimado em US$ 31 bilhões e é reconhecido como um dos negócios mais inovadores do mundo.

Criado há 10 anos, fatura aproximadamente US$ 3,6 bilhões e, desde então, se tornou a grande referência da economia colaborativa. Sem ter um único quarto próprio, o Airbnb é a maior rede global de hospedagem.

Apesar da indefinição quanto à data para a oferta de ações, o Airbnb vive o melhor momento de sua história. Na semana passada, comprou a rede americana HotelTonight, na sua maior aquisição até agora. O valor oficial do negócio não foi revelado, mas o mercado estimou a operação em US$ 460 milhões.

No começo de 2017, o Airbnb havia comprado a Luxury Retreats por cerca de US$ 300 milhões. Os negócios fazem parte da nova estratégia da empresa de dar mais destaque aos hotéis em seu site. Também há pouco tempo, o Airbnb lançou um programa de fidelidade, repetindo o que as grandes redes hoteleiras tradicionalmente fazem.

Com essas investidas, mais do que dobrou o número de quartos disponíveis em propriedades classificadas como hotéis boutique, alojamentos com café da manhã, albergues e resorts. Hoje em dia, o Airbnb tem mais de 6 milhões de quartos em 200 países. Há dois anos, o número de alojamentos disponíveis era de 2 milhões.


Instabilidade

 

O adiamento do IPO do Airbnb pode ser resultado também da desaceleração das principais economias globais e do cenário externo cada vez mais instável. Nos dois primeiros meses do ano, as empresas levantaram apenas US$ 5,4 bilhões em IPOs realizados no mundo, uma queda de 78% na comparação com o mesmo período de 2018.

Para as próximas semanas, está prevista a abertura de capital da Lyft, app de transporte sediado em São Francisco e que faz bastante sucesso nos Estados Unidos. A empresa já fez o registro público de seus títulos na Securities Exchange Comission (SEC), órgão regulador dos mercados mobiliários americanos e espera chegar a um valor de mercado entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões.

No Brasil, o mercado continua morno, embora mais promissor do que no passado recente. Espera-se para 2019 a realização de pelos menos 10 IPOs, mas o número pode ser maior se a reforma da Previdência avançar no Congresso, como esperam os investidores – principalmente os estrangeiros, que ainda estão receosos em fazer aportes vultosos no mercado brasileiro.



O mais esperado

O IPO mais esperado do mundo – e um dos que mais geram expectativas em toda a história do mercado de capitais – é o da Uber, previsto para o mês que vem. A expectativa é que a oferta inicial consiga captar US$ 120 bilhões, o que a tornaria uma das maiores de todos os tempos. A empresa fechou 2018 com lucros de US$ 11,3 bilhões e arrecadação total de US$ 50 bilhões em corridas. Mas a gigante de transporte de passageiros não vive apenas de notícias positivas. Recentemente, contabilizou perdas de US$ 3,3 bilhões em suas operações na Rússia e no Sudeste Asiático.


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