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Estado de Minas

REX revoluciona mercado de venda de imóveis

Startup criou plataforma que torna mais rápido o processo de compra e venda e permite redução sensível nos custos, com taxa até três vezes menor que as tradicionais corretagens


postado em 31/01/2019 06:00 / atualizado em 31/01/2019 07:39

Ao oferecer serviços como custódia, hipotecas, seguro e documentação, a REX se torna uma intermediária veloz e eficiente para quem compra ou vende sua casa (foto: Divulgação )
Ao oferecer serviços como custódia, hipotecas, seguro e documentação, a REX se torna uma intermediária veloz e eficiente para quem compra ou vende sua casa (foto: Divulgação )

São Paulo – Os corretores de imóveis sempre tiveram uma vida difícil. Se depender da REX, ela ainda vai piorar mais ainda. Fundada em 2015 na Califórnia, a startup criou uma plataforma que usa big data, inteligência artificial e machine learning para tornar mais rápido o desgastante processo de compra e venda de imóveis. Mais do que isso: o modo de trabalhar da empresa permite principalmente uma redução sensível nos custos.


Enquanto no mercado tradicional a taxa de corretagem gira em torno de 5% a 6% nos Estados Unidos, a REX cobra um fee de apenas 2% pelos serviços. Outro diferencial: a empresa oferece uma série de serviços, como custódia, hipotecas, seguro e documentação, trazendo conveniência para um processo que costuma ser uma experiência quase kafkiana. A ideia é ser tornar uma intermediária veloz e eficiente para quem compra ou vende sua casa.

A REX acaba de anunciar uma nova captação (Series C) de US$ 45 milhões, que dará ainda mais tração a seu rápido crescimento. Apesar de ter nascido há pouco mais de 3 anos, a empresa já opera em oito dos 50 estados americanos e a meta é dobrar essa presença nos próximos dois anos.

Entre os investidores da empresa, constam pesos-pesados como Amit Singhal, ex-vice-presidente de buscas do Google; Dick Schulze, o fundador do Best Buy; e Scott McNealy, fundador da Sun Microsystems. Não por acaso, todas elas são empresas focadas em alta tecnologia.

A menina dos olhos é um algoritmo que conecta as duas pontas do negócio de forma mais assertiva, usando big data e inteligência artificial para encontrar os compradores que tenham a maior probabilidade de se interessar pelo imóvel à venda. A ferramenta se baseia, por exemplo, em dados geográficos, de renda e estágio de vida.

Jack Ryan, o CEO e fundador da REX, diz que a startup opera diferentemente de “todas as imobiliárias que dependem do modelo do MLS e que usam práticas protecionistas para manter taxas absurdamente altas”. São justamente esses pontos que a empresa quer atacar.

O MLS é o Multiple Listing Service, uma espécie de base de dados de imóveis que serve de referência para a compra e venda de casas nos Estados Unidos e em outros países, como Canadá, Austrália e Reino Unido.

Esse sistema, mantido basicamente por imobiliárias, construtoras e associações de uma mesma região, disponibiliza a profissionais do mercado todos os imóveis à venda em determinada área. O corretor que “capta” o imóvel para a base não é necessariamente o mesmo que vende. Na venda, recebe comissão quem colocou a casa no banco de dados e quem achou o comprador.

A REX também conta com corretores, mas todos atuam como contratados da empresa, com salários fixos e não no modelo de comissão por venda, comumente usado no setor imobiliário. Ao desintermediar esse processo, a REX tem crescido a um ritmo impressionante. No ano passado, o volume de listagens na plataforma subiu 300% e tudo indica que a performance será mantida – ou melhorada – em 2019.

Atualmente, a REX lista uma média de 5 a 10 imóveis por dia. A previsão para este ano é acrescentar um total de imóveis que, somados, tenham um valor entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões.

Com a nova captação, a terceira desde a fundação, o plano é entrar em novos mercados e acrescentar serviços ao portfólio. Nos próximos seis meses, vai começar a operar em mais 12 cidades. Ao todo, a REX já levantou US$ 75 milhões.

A REX não é a única empresa a tentar simplificar o processo de compra e venda de imóveis. Plataformas como Zillow e Trulia fizeram o mesmo, mas sem sucesso. O problema das duas: os dados muitas vezes não estão atualizados (em alguns casos, um comprador faz uma oferta para descobrir alguns minutos depois que a casa já foi vendida) e os sistemas não conseguem conectar de forma tão assertiva os compradores e vendedores, tornando o processo mais complexo.


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