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Estado de Minas

Sindicatos de caminhoneiros divergem sobre greve

Enquanto Sindtanque/MG ameaça parar os serviços, outros representantes dos caminhoneiros asseguram que não há qualquer mobilização


postado em 02/09/2018 16:54 / atualizado em 02/09/2018 19:42

Os caminhoneiros pararam da última vez por causa da alta do preço do óleo diesel(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press.)
Os caminhoneiros pararam da última vez por causa da alta do preço do óleo diesel (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press.)

Representantes dos caminhoneiros não chegaram a um acordo neste domingo (2) sobre uma possível nova paralisação da categoria nesta segunda-feira. Enquanto os tanqueiros, responsáveis pelo transporte de combustível, anunciam estado de greve a partir de meia-noite, sindicatos dos motoristas afirmam que os caminhões não vão parar, pelo menos nesta semana.

Vários áudios circulam no whatsapp dando conta de que haveria um movimento organizado para parar o país, o que causou grandes filas em postos de combustível neste domingo. Um dos envolvidos no último movimento de maio afirmou que os vídeos e áudios que recebeu ontem eram da última mobilzação.  

A maioria dos dirigentes de sindicatos de caminhoneiros ouvidos pelo Estado de Minas neste domingo classificou a ameaça de nova greve de boato.

“Até onde eu sei isso tudo é boato, ninguém do nosso grupo está organizando qualquer tipo de greve. Também estou recebendo esse tipo de notícia, mas, para mim elas são falsas”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Minas Gerais, Antonio Vander Silva Reis.

Segundo ele, a Federação dos Caminhoneiros também não está envolvida. “Toda a situação está sendo negociada com o governo, agora basta a ANTT soltar a nova tabela do frete corrigida, então não vejo motivo para greve até que saia essa tabela para alguém fazer isso”, disse.

Federação de caminhoneiros nega greve


O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo, Claudinei Pelegrini, também negou o risco de paralisação. “Estou afirmando categoricamente para você que não vai ter greve. Isso aí são intervencionistas ainda tentando trazer pânico para o nosso país. Os caminhoneiros estão cientes de que o que foi negociado com este governo foi cumprido e que agora é esperar o próximo”, pontuou.

Segundo Pelegrini, não adianta fazer paralisação às portas da eleição. O dirigente afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux também jogou a decisão sobre a tabela de fretes, questionada na Justiça, para depois da eleição. Também citou o fato de a ANTT ter anunciado que vai atualizar os valores “por conta do aumento absurdo do diesel”.

Tanqueiros podem parar


O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque/MG) informou que entra em estado de greve a partir desta segunda-feira. Com isso, a categoria continua trabalhando, porém sob ameaça uma paralisação a qualquer momento, caso o poder público não cumpra as promessas da Lei do Frete (Lei 13.703/2018), sancionada no último dia 8.

A postura foi definida em reuniões realizadas por transportadores de combustível de todo o estado nos últimos dias. Segundo o Sindtanque, os trabalhadores do ramo têm sofrido despesas pelo descumprimento da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.
“Desde a publicação da lei, por falta de fiscalização, os transportadores, de todos os setores, vêm amargando grandes prejuízos, pois os embarcadores têm se recusado a obedecer a tabela de frete mínimo”, afirmou o presidente do órgão, Irani Gomes.


De acordo com Gomes, um exemplo da falta de regulação vem da BR Distribuidora, que, segundo ele, reduziu seu frete em mais de 20% nos leilões. Além disso, o presidente condenou o aumento nos preços do diesel. “Mesmo com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional, o governo tem que cumprir a Medida Provisória 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 no valor do diesel até o final do ano”, disse.


Clima ruim


O presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros, José Nathan, confirmou que o clima está ruim entre os motoristas e que não se pode garantir que não vai haver um novo movimento. De acordo com ele, o sindicato fez um documento para o governo há cerca de 90 dias encaminhando os pontos de reivindicação. “Mas é um governo de faz de contas, parece que quer que a coisa desande”, disse.

Nathan afirmou que o aumento do diesel veio na hora errada e que tem muito caminhoneiro revoltado, mas garantiu que o sindicato não está organizando nenhuma paralisação. “Pode ser que a turma decida parar sozinha, eles fazem movimento espontâneo”.

A União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) divulgou nota dizendo que há expectativa de um novo movimento, mas só depois do feriado de 7 de setembro. A entidade afirma que o governo não teria cumprido o prometido em relação ao preço do diesel.

Corrida aos postos 


O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) informou que não tem informação alguma sobre paralisação. Entretanto, o aumento das filas nos postos pode prejudicar a logística dos estabelecimentos, que não contavam com a elevação da demanda neste domingo.


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