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Estado de Minas

Cemig sai do lucro e perde R$ 60,4 milhões

A greve dos caminhoneiros é um dos fatores que influenciaram o resultado negativo


postado em 17/08/2018 06:00 / atualizado em 17/08/2018 08:45

Resultado do semestre foi prejudicado por redução de consumo durante a greve dos caminhoneiros(foto: Alexandre Guzanshe / EM / D.A. Press)
Resultado do semestre foi prejudicado por redução de consumo durante a greve dos caminhoneiros (foto: Alexandre Guzanshe / EM / D.A. Press)

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) encerrou o segundo trimestre do ano no vermelho, com prejuízo que alcançou R$ 60,4 milhões, ante ganhos apurados no mesmo período do ano passado de R$ 137,9 milhões.

Segundo o vice-presidente da concessionária, Luiz Humberto Fernandes, o resultado negativo se deve exclusivamente a fatores não recorrentes – entre eles os efeitos da greve dos caminhoneiros, que levou à redução do consumo;  e a valorização do dólar e do CDI, aos quais está atrelada a dívida da empresa. Para o executivo, a instabilidade política afetou os índices referenciais usados pela companhia.

“Se descontarmos esses fatores não recorrentes, ou seja, que não devem se repetir, o nosso resultado ajustado no segundo trimestre foi de R$ 236 milhões positivo, que foi superior aos R$ 138 milhões registrados no mesmo período do ano passado”, considerou Fernandes. No acumulado do primeiro semestre, a Cemig apurou lucro líquido de R$ 404 milhões, aina assim inferior aos R$ 481 milhões verificados em idênticos meses de 2017.

Os ganho líquido ajustado do semestre – o que exclui os fatores adversos – foi de R$ 700 milhões, 45,5% superior àquele verificado no primeiro semestre do ano passado, de acordo com o vice-presidente da Cemig. Fernandes atribuiu o balanço positivo nessa base de comparação, aos fundamentos praticados pela empresa.

“Vendemos mais, reduzimos as perdas totais líquidas de energia, economizamos, reduzimos custos, temos um plano de desinvestimento, enfim, todos os fundamentos que praticamos e aos quais nos propusemos foram melhores”, afirmou ele. Para Fernandes, até as eleições, pode haver ainda alguma instabilidade em relação ao dólar, mas, terminado esse período, o custo da empresa com esse fator deve se reduzir, fechando o ano dentro da expectativa de um lucro líquido de aproximadamente R$ 1 bilhão.

No segundo trimestre, a geração de caixa, medida pelo Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Lajida) foi de R$ 810 milhões, crescimento de 9,5% em relação aos R$ 739 milhões registrados no mesmo período de 2017. No semestre, o Lajida foi de R$ 1,817 bilhão, redução de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as despesas operacionais com pessoal, material, serviços de terceiros e outros somaram R$ 710 milhões, redução de R$ 177 milhões em relação ao segundo trimestre de 2017.

Perfil da dívida A Cemig realizou, no mês passado, a liquidação financeira dos títulos Eurobonds que emitiu no valor de US$ 500 milhões no ano passado, o equivalente a R$ 1,9 bilhão. O vencimento está previsto para 2024. Paralelamente à emissão, foi realizada uma operação de swap, contrato muitas vezes utilizado para proteger empresas ou investidores que têm ativos indexados a uma moeda. Para evitar que a dívida da companhia cresça diante da elevação brusca do câmbio, a operação prevê a troca do indexador quando o dólar variar entre R$ 3,85 e R$5.

Indicativo de recuperação da economia mineira, a Cemig destaca no segundo trimestre de 2018 aumento da venda de energia. A energia consumida na área de concessão da Cemig Distribuição – que é o mercado faturado da Cemig D – cresceu 5,7% quando comparados o segundo trimestre de 2017 e o segundo trimestre deste ano. O número de consumidores passou, no período, de 10.610 para 11.216.


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