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Estado de Minas

Mesmo depois da orientação da FUP petroleiros da Regap votam por continuar a greve

Aproximadamente 70 petroleiros participaram do ato sobre a continuidade ou não da paralisação da categoria, realizado na refinaria em Betim


postado em 31/05/2018 11:58 / atualizado em 31/05/2018 12:34

(foto: Thaís Mota/Sindipetro/MG)
(foto: Thaís Mota/Sindipetro/MG)
Os petroleiros de Minas Gerais decidiram manter a greve após uma assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (31) em frente a portaria principal da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Grande BH. Aproximadamente 70 trabalhadores participaram do ato sobre a continuidade ou não da paralisação da categoria e votaram contrariando a oreintação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que, por meio de nota, pediu aos sindicatos filiados para suspenderem a greve de 72 horas iniciada à zero hora de quarta-feira (30).

Na nota, a FUP acusou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) de "criminalizar" o movimento sindical, ao considerar a greve ilegal e determinar a aplicação de multa em caso de descumprimento - primeiro, foi determinada penalidade de R$ 500 mil por dia, mas o valor seria depois elevado a R$ 2 milhões por dia.  

Os sindicatos reunidos na FUP decidiram por fazer uma greve na semana anterior à da segunda-feira, dia 21, quando começaram os protestos de caminhoneiros País afora. Na decisão inicial, a entidade sindical não determinou uma data para o início da paralisação. Com o crescimento do movimento dos caminhoneiros nas estradas, a FUP se reuniu no sábado passado e decidiu convocar uma paralisação de advertência por 72 horas.

Na terça-feira, véspera do início da greve, o TST considerou a paralisação ilegal pela sua "natureza política e ideológica". Na quarta-feira, foi aumentada de R$ 500 mil para R$ 2 milhões a multa diária cobrada de 18 entidades sindicais. A greve também foi apoiada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

"Antes do protesto legítimo dos caminhoneiros contra os preços abusivos do diesel, a FUP e seus sindicatos já haviam aprovado uma greve nacional para deter a escalada descontrolada de aumentos do gás de cozinha e dos derivados, cobrando a retomada da produção a plena carga das refinarias e o fim das importações de derivados", diz a nota da FUP.

Além de mudanças na política de preços da Petrobras, a lista de reivindicações da greve dos petroleiros inclui a demissão do presidente da estatal, Pedro Parente, e a suspensão do programa de venda de ativos por parte da petroleira. Não há demandas de caráter trabalhista, como aumento de salários ou redução de jornadas. Esse argumento foi apresentado ao TST pela direção da Petrobras, que teve o pedido de liminar contra a paralisação aceito.

Ao longo da quarta-feira, até a noite, os petroleiros desafiaram a decisão do TST. Das 52 plataformas mantidas pela Petrobras, 25 aderiram à greve, e, das 15 refinarias, em 10 houve mobilizações. Durante todo o dia, trocas de turnos foram atrasadas e equipes de contingência assumiram as atividades dos grevistas, garantindo a continuidade das operações. O abastecimento de derivados de petróleo não chegou a ser comprometido.

A FUP classificou a decisão de suspender a greve de "recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado". "Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada", diz a nota. (Com informações do Estadão Conteúdo) 


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