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Estado de Minas

Hyperloop e governo de MG implantam em Contagem centro de pesquisa para transporte do futuro

Modal pretende transportar passageiros e cargas seriam transportados em cápsulas num tubo de baixa pressão. Com isso, viagens entre cidades passariam a demorar minutos


postado em 05/04/2018 15:30 / atualizado em 05/04/2018 15:45

(foto: Divulgação/Hyperloop)
(foto: Divulgação/Hyperloop)

Imagine entrar numa cápsula e ser lançado, por terra, ao Rio de Janeiro ou São Paulo, numa viagem de cerca de 20 minutos. O que parece cena de filme futurista é o que propõe a Hyperloop Transportation Tchnologies (HyperloopTT), que quer revolucionar a mobilidade mundial, a partir de um novo meio de transporte.

A empresa escolheu Minas Gerais para se estabelecer no Brasil e firma parceria com o governo do estado para a criação de novo Centro Global de Inovação e Logística, em Contagem, na região metropolitana.

Orçado em R$ 26 milhões, o centro será lançado oficialmente nesta sexta-feira e consiste em parceria público-privada (PPP) para desenvolver soluções em logística, com destaque para o transporte de carga. O governo investirá R$ 13 milhões no projeto e a HyperloopTT e outros investidores privados a outra metade.

A prefeitura de Contagem cedeu o espaço de 22 mil metros quadrados onde será implantado o centro de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. “Essa escolha nos honra e nos estimula. Significa que estamos no caminho correto. O modelo de desenvolvimento econômico que escolhemos é o modelo do futuro”, afirmou o governador Fernando Pimentel (PT).

Assim como o automóvel, o trem e o avião, o hyperloop, que leva o nome da empresa, é um meio de transporte. No centro da ideia está um sistema modal que usa velocidade de avião em meio terrestre, de forma segura.

Passageiros e cargas seriam transportados em cápsulas num tubo de baixa pressão. Com isso, viagens entre cidades passariam a demorar minutos, em vez de horas.

Cada cápsula, de cerca de 30 metros de comprimento, pode transportar de 28 a 40 passageiros, num total de 160 mil passageiros por dia numa só linha. O hyperloop trabalha como um imã, fazendo uso de propulsão eletromagnética.

O sistema já está em teste em Toulose, na França. Há iniciativas em torno da tecnologia em vários outros países, como Estados Unidos, Indonésia, Índia, além dos Emirados Árabes Unidos.

O detalhamento do projeto no Brasil será apresentado nesta sexta-feira e contará com a presença do presidente da empresa, Bipop Gresta, e da embaixadora da HyperloopTT, a astronauta da Nasa Yvonne Cagle.

Entre 140 países, a HyperloopTT selecionou o Brasil para implantar o centro de pesquisa e desenvolvimento e encontrou em Minas Gerais o ambiente propício para o projeto. Isso porque, segundo Gresta, o estado conta com grande presença de talentos, além de empresas internacionais e sistema político preparado para a inovação.

“Vimos no Brasil uma incrível oportunidade por ser um país com longas distâncias, densidade populacional e uma lacuna de infraestrutura. A ideia é passar de uma infraestrutura de transporte antiquada para uma tecnologia do século 21”, diz Gresta.

Atualmente, o modelo está em fase de testes e, assim que obter o aval para a operação, a expectativa é de que leve cerca de três anos até transportar o primeiro passageiro.

As pesquisas em torno desse novo meio de transporte tiveram início em 2013 e contou com adesão de mais de 100 pesquisadores, incluindo a agência espacial norte-americana Nasa.

“Acredito que não seja a solução para hoje ou amanhã, mas, para os próximos anos, não tenho a menor sombra de dúvidas até porque hoje não tem nada criado que nos leva a esse caminho”, reforça o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa Júnior.

Como usa como modelo as linhas férreas, o secretário enxerga grande potencial do novo sistema de transporte em Minas. “Naturalmente, um país com forte produção de commoditie, grãos, agricultura, minério. O modelo é a linha férrea, o que permite aproveitar ativos”, afirma.

Questionado sobre a viabilidade da implantação, numa cidade que sequer conseguiu ampliar seu metrô, Côrrea Júnior afirma que o projeto é de iniciativa privada, embora necessite de concessão pública.

“O Uber não é público e é hoje o responsável pelo maior trasporte público de Belo Horizonte. Usar ativos já existentes, qualificá-los com um projeto inovador e ofertar à população. O Estado entende a importância disso para a população. Imaginem tirar todos os caminhões da BR-381”, afirma.


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