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Estado de Minas

Usiminas apura lucro de R$ 360 milhões até setembro e antecipará pagamentos

Maior empresa produtora de aços planos no Brasil antecipará para dezembro próximo e janeiro de 2018 o pagamento de duas das parcelas do pacote de renegociação da dívida de R$ 6,9 bilhões da companhia que foi acertado junto a bancos credores


postado em 28/10/2017 06:00 / atualizado em 28/10/2017 09:12

(foto: MPerez/Divulgação)
(foto: MPerez/Divulgação)

Com novo balanço positivo apurado de julho a setembro, a Usiminas, maior empresa produtora de aços planos no Brasil, antecipará para dezembro próximo e janeiro de 2018 o pagamento de duas das parcelas do pacote de renegociação da dívida de R$ 6,9 bilhões da companhia que foi acertado junto a bancos credores. O presidente da siderúrgica mineira, Sérgio Leite, informou ontem que a decisão tem impacto importante na confiança gerada pela Usiminas ante investidores, clientes e instituições financeiras, além do efeito favorável da redução dos encargos da rolagem do endividamento.


A empresa reverteu prejuízo em lucro líquido de R$ 76 milhões no terceiro trimestre do ano. De julho a setembro de 2016, teve perdas de R$ 107 milhões. Quando analisado o ganho líquido no acumulado de 2017, obteve R$ 360 milhões, enquanto em 2016 havia fechado o período no vermelho, em R$ 382 milhões. “Se a nossa geração de resultados é positiva, e usamos parte deles para pagar a dívida isso reforça a confiança do mercado na companhia e na gestão interna que está sendo feita”, afirmou o presidente da Usiminas.

De acordo com Sérgio Leite, a empresa vai amortizar cerca de R$ 900 milhões com quase dois anos de antecedência, tendo em vista as condições negociadas com as instituições financeiras credoras. A primeira parcela será de equivalentes US$ 90 milhões, a ser paga em dezembro e uma segunda parte, corresponde a US$ 180 milhões, está prevista para janeiro do ano que vem. Outro bom destaque do balanço do terceiro trimestre, que justificaria a decisão de quitar dívida antecipadamente, foi a geração de caixa, medida pelo chamado Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado de R$ 453 milhões, representando aumento de quase 48% frente um ano atrás.

Depois de um longo esforço interno para reduzir custos, melhorar a eficiência de suas operações e renegociar com bancos credores, a empresa conseguiu, como destacou Sérgio Leite, retornar aos níveis de geração de caixa anteriores à crise que a Usiminas enfrenta desde o fim de 2014, e que a fez correr o risco de um pedido de recuperação financeira. Os principais acionistas da companhia, a japonesa Nippon Steel e o grupo italo-argentino Ternium/Techint vivem desde então uma disputa judicial.

O valor do Ebitda dos últimos 12 meses até setembro alcançou R$ 1,98 bilhão, montante superior ao resultado de 2013 e 2014, de R$ 1,85 bilhão. A despeito dos números no azul, o mercado financeiro não perdoou a companhia e as ações da Usiminas reagiram em queda, ontem, de 7,26% do papel preferencial PNA, na contramão da valorização que vinham registrando neste ano. Ante o resultado do segundo trimestre, o lucro líquido diminuiu 57%. Contudo, ontem não foi um bom dia no mercado acionário para as siderúrgicas. Enfrentaram queda também as ações do grupo Gerdau – o papel GGBR4 caiu 1,36% – e da Companhia Siderúrgica Nacional, com desvalorização de 5,03% da ação CSNA3.

 Nas linhas do balanço da Usiminas, da mesma forma, está evidente a recuperação da demanda por aço, uma reação moderada, segundo Sérgio Leite. As vendas de 1,016 milhão de toneladas,  de julho a setembro, cresceram 6% ante 2016 e 3% frente ao segundo trimestre. A receita alcançou R$ 2,737 bilhões de julho a setembro.

 


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