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Estado de Minas

Su­per­mer­ca­dos vão abrir até 5 mil va­gas no Na­tal

Com re­cu­pe­ra­ção de ven­das, em­pre­sas pre­ve­em cres­ci­men­to de 2% dos ne­gó­ci­os mo­ti­va­do pe­las fes­tas de fim de ano


postado em 18/10/2017 06:00 / atualizado em 18/10/2017 07:42

As vagas serão pare reforçar caixa, balcão e atendimento(foto: Jair Amaral)
As vagas serão pare reforçar caixa, balcão e atendimento (foto: Jair Amaral)

As ven­das nos su­per­mer­ca­dos mi­nei­ros nes­te Na­tal de­vem cres­cer 2% em re­la­ção ao ano pas­sa­do e, com es­sa ex­pec­ta­ti­va, as em­pre­sas pre­ten­dem abrir en­tre 3 mil e 5 mil va­gas tem­po­rá­rias no es­ta­do. As es­ti­ma­ti­vas fo­ram di­vul­ga­dos on­tem du­ran­te a aber­tu­ra da 31ª Su­per­mi­nas, even­to que reú­ne até sex­ta-fei­ra su­per­mer­ca­dis­tas e for­ne­ce­do­res, além da in­dús­tria da pa­ni­fi­ca­ção no cen­tro de con­ven­ções Ex­po­mi­nas, em Be­lo Ho­ri­zon­te.


Se­gun­do o pre­si­den­te da As­so­cia­ção Mi­nei­ra de Su­per­mer­ca­do (AMIS), Ale­xan­dre Po­ni, o se­tor tem acom­pa­nha­do a rea­ção da econo­mia ao lon­go do ano, ten­do cria­do cer­ca de 10 mil pos­tos fi­xos de tra­ba­lho – além dos em­pre­gos tem­po­rá­rios que de­vem ser aber­tas nos pró­xi­mos me­ses.

Con­sul­ta fei­ta a su­per­mer­ca­dis­ta in­di­ca que a con­tra­ta­ção de fun­cio­ná­rios por tem­po de­ter­mi­na­do de­ve cor­res­pon­der a 5% do qua­dro per­ma­nen­te de co­la­bo­ra­do­res. Os prin­ci­pais car­gos são des­ti­na­dos a aten­den­tes, em­ba­la­do­res e ope­ra­do­res de cai­xa.

“Os bons re­sul­ta­dos acon­te­cem por­que o se­tor tem tra­ba­lha­do mui­to pa­ra is­so. Es­tá se li­gan­do às ino­va­ções, apro­xi­man­do-se dos clien­tes, bus­can­do ca­da vez mais a qua­li­da­de pa­ra aten­der bem os con­su­mi­do­res. São cer­ca de 70 no­vas lo­jas aber­tas em Mi­nas Ge­rais. Os su­per­mer­ca­dos es­tão ca­da vez mais pró­xi­mos dos clien­tes, com lo­jas abrin­do aos do­min­gos e fe­ria­dos”, afir­ma Ale­xan­dre Po­ni.

Os em­pre­sá­rios apos­tam que, as­sim co­mo ocor­reu no Na­tal do ano pas­sa­do, os con­su­mi­do­res de­vem man­ter o há­bi­to de pes­qui­sar a pro­cu­ra de me­lho­res con­di­ções de com­pra e pre­ços, em bus­ca de mar­cas mais ba­ra­tas ou pro­du­tos subs­ti­tu­tos dos mais ca­ros. É o ca­so, por exem­plo, da pro­cu­ra do fran­go ou ou­tras aves no lu­gar do tra­di­cio­nal pe­ru.

Pa­ra o pre­si­den­te da As­so­cia­ção Mi­nei­ra da In­dús­tria de Pa­ni­fi­ca­ção (Ami­pão), Jo­sé Ba­tis­ta de Oli­vei­ra, a ex­pec­ta­ti­va por me­lho­res re­sul­ta­dos no fim do ano é con­se­quên­cia do mo­men­to de re­cu­pe­ra­ção pe­lo qual pas­sa o país. O se­tor pre­vê au­men­to de 3% das ven­das, em com­pa­ra­ção aos ne­gó­cios re­gis­tra­dos em 2016.

“Al­guns si­nais de me­lho­ria são im­por­tan­tes, co­mo a re­du­ção da in­fla­ção e dos ju­ros. O ano co­me­çou ex­tre­ma­men­te di­fí­cil, dian­te de uma ins­ta­bi­li­da­de po­lí­ti­ca que per­ma­ne­ce até ago­ra, mas o re­sul­ta­do do fi­nal do ano pa­re­ce ser bem po­si­ti­vo”, ava­lia Jo­sé Ba­tis­ta. Ele res­sal­ta, no en­tan­to, que os bons nú­me­ros de­vem ser en­ca­ra­dos com cau­te­la.

No­vi­da­des
e atua­li­za­ção

Os or­ga­ni­za­do­res da Su­per­mi­nas co­me­mo­ra­ram o nú­me­ro re­cor­de de ex­po­si­to­res pa­ra a fei­ra que reú­ne em­pre­sas dos se­to­res su­per­mer­ca­dis­ta, pa­da­rias, ata­ca­dos e va­re­jo. No ano pas­sa­do, a fei­ra mo­vi­men­tou cer­ca de R$ 1,7 bi­lhão em ne­gó­cios, com a pre­sen­ça de 430 ex­po­si­to­res e 53 mil par­ti­ci­pan­tes. Ago­ra, o nú­me­ro de ex­po­si­to­res su­pe­rou a mar­ca de 480 e a ex­pec­ta­ti­va é de que os ne­gó­cios ul­tra­pas­sem a mar­ca dos R$ 2 bi­lhões.

“O au­men­to de 20% no nú­me­ro de ex­po­si­to­res em re­la­ção à fei­ra do ano pas­sa­do apon­ta pa­ra o si­nal de re­to­ma­da. Es­se é o mo­men­to dos co­mer­cian­tes se en­con­tra­rem com os for­ne­ce­do­res, con­ver­sa­rem so­bre as no­vi­da­des e ino­va­ções pa­ra ca­da se­tor. Te­mos a pers­pec­ti­va de um se­tor in­ves­tin­do ca­da vez mais em qua­li­da­de”, diz Ale­xan­dre Po­ni.

De acor­do com os or­ga­ni­za­do­res da fei­ra, os su­per­mer­ca­dos mi­nei­ros es­tão in­ves­tin­do R$ 400 mi­lhões em ex­pan­são nes­te ano. O nú­me­ro de lo­jas do se­tor em fun­cio­na­men­to em Mi­nas de­ve fe­char 2017 em 7.163 es­ta­be­le­ci­men­tos. Em 2016, o se­tor su­per­mer­ca­dis­ta mi­nei­ro re­gis­trou fa­tu­ra­men­to de cer­ca de R$ 33,9 bi­lhões. Na edi­ção des­te ano, a Su­per­mi­nas re­ser­vou es­pa­ço pa­ra que os pe­que­nos for­ne­ce­do­res da agri­cul­tu­ra fa­mi­liar ou pe­que­nas in­dús­trias apre­sen­tem seus pro­du­tos.

 

OMC con­de­na ve­to a fran­go bra­si­lei­ro

 

Ge­ne­bra e Bra­sí­lia – A Or­ga­ni­za­ção Mun­dial do Co­mér­cio (OMC) con­de­nou uma sé­rie de bar­rei­ras im­pos­tas pe­la In­do­né­sia ao fran­go bra­si­lei­ro. A de­ci­são de­ve­rá abrir mer­ca­do ava­lia­do en­tre US$ 70 mi­lhões e US$ 100 mi­lhões por ano, se­gun­do es­ti­ma­ti­vas do se­tor pri­va­do bra­si­lei­ro. Em no­ta, a As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Pro­teí­na Ani­mal (ABPA) dis­se es­pe­rar im­pac­to po­si­ti­vo da de­ci­são já em 2018. A In­do­né­sia é o quar­to país mais po­pu­lo­so do mun­do, com 264 mi­lhões de ha­bi­tan­tes, e atual­men­te não im­por­ta fran­go de ne­nhum país. Lá, o con­su­mo per ca­pi­ta é de 6 qui­los ao ano, en­quan­to a mé­dia mun­dial é de 20 qui­los.

Se­gun­do os pro­du­to­res, o mer­ca­do in­do­né­sio é um dos que têm maior po­ten­cial de cres­ci­men­to no mun­do. Tra­ta-se de um país on­de 87% da po­pu­la­ção é mu­çul­ma­na e o Bra­sil é o maior pro­du­tor de fran­go ha­lal do mun­do (quan­do a ave é aba­ti­da den­tro das nor­mas di­ta­das por mu­çul­ma­nos), com ven­das anuais de 1,8 mi­lhão de to­ne­la­das.

“Es­se é o pri­mei­ro gran­de ca­so sa­ni­tá­rio que o Bra­sil ga­nha na OMC”, res­sal­tou o ad­vo­ga­do Wel­ber Bar­ral, do Bar­ral MJor­ge Con­sul­to­res As­so­cia­dos, e ex-se­cre­tá­rio de Co­mér­cio Ex­te­rior. Ele ex­pli­cou que o país já foi vi­to­rio­so em di­ver­sos li­tí­gios, co­mo no ca­so dos sub­sí­dios ao al­go­dão dos Es­ta­dos Uni­dos, mas é a pri­mei­ra vez que a ques­tão sa­ni­tá­ria re­ce­be uma de­ci­são fa­vo­rá­vel. “Is­so mos­tra a qua­li­da­de do pro­du­to bra­si­lei­ro.”

A sa­ni­da­de dos ali­men­tos tem si­d  um dos prin­ci­pais ins­tru­men­tos de me­di­das pro­te­cio­nis­tas con­tra os pro­du­tos bra­si­lei­ros. Ja­car­ta ain­da po­de­rá re­cor­rer da de­ci­são pa­ra evi­tar que o Bra­sil es­ta­be­le­ça re­ta­lia­ções con­tra seus pro­du­tos. A ABPA es­ti­ma que o pro­ces­so po­de dur mais seis me­ses. A In­do­né­sia tem de­mons­tra­do in­ten­ção de cum­prir as de­ci­sões do pai­nel, se­gun­do in­for­mou o sub­se­cre­tá­rio-ge­ral de As­sun­tos Eco­nô­mi­cos e Fi­nan­cei­ros do Ita­ma­ra­ty, em­bai­xa­dor Car­los Már­cio Co­zen­dey.

Ele re­la­tou que o Bra­sil ten­ta­va ex­por­tar fran­go pa­ra a In­do­né­sia des­de 2009. No en­tan­to, era im­pe­di­do por uma sé­rie de bar­rei­ras. O ca­so na OMC co­me­çou em 2015. Se­gun­do o em­bai­xa­dor, a OMC con­cor­dou com a ar­gu­men­ta­ção bra­si­lei­ra de que a In­do­né­sia apre­sen­ta­va uma de­mo­ra in­jus­ti­fi­ca­da pa­ra apro­var cer­ti­fi­ca­dos sa­ni­tá­rios, o que é con­trá­rio às nor­mas da or­ga­ni­za­ção.

Con­tu­do, o Ita­ma­ra­ty não ven­ceu em to­dos os pon­tos da dis­pu­ta. Os juí­zes não con­cor­da­ram que as li­cen­ças de im­por­ta­ção te­nham si­do da­das de for­ma ar­bi­trá­ria. O Bra­sil tam­pou­co con­se­guiu pro­var que es­tá sen­do pre­ju­di­ca­do de­vi­do às me­di­das de mo­ni­to­ra­men­to da pro­du­ção do fran­go res­pei­tan­do o sis­te­ma ha­lal.

 

Im­por­ta­çõ­es driblam exportações

 

As ex­por­ta­çõ­es do Bra­sil cres­ce­ram 15,1% em se­tem­bro, en­quan­to o vo­lu­me im­por­ta­do au­men­tou 18%, na com­pa­ra­ção com o mes­mo mês de 2016, se­gun­do os da­dos do In­di­ca­dor do Co­mér­cio Ex­te­ri­or – Ico­mex, di­vul­ga­do on­tem pe­la Fun­da­ção Ge­tu­lio Var­gas (FGV). O no­vo ín­di­ce en­trou no ca­len­dá­rio men­sal da FGV nes­te ano. O ob­je­ti­vo é con­tri­buir pa­ra a ava­li­a­ção do ní­vel de ati­vi­da­de eco­nô­mi­ca do país, por meio da aná­li­se mais apro­fun­da­da dos re­sul­ta­dos das im­por­ta­çõ­es e exportações.

Os em­bar­ques do se­tor de agro­pe­cu­á­ria avan­ça­ram 94,5%, su­pe­ran­do as va­ri­a­çõ­es re­gis­tra­das nos me­ses anteriores. Os pre­ços das ex­por­ta­çõ­es au­men­ta­ram 2,7% em se­tem­bro, com a con­tri­bui­ção do en­ca­re­ci­men­to de al­gu­mas com­mo­di­ti­es (pro­du­tos agrí­co­las e mi­ne­rais co­ta­dos no mer­ca­do in­ter­na­ci­o­nal), em es­pe­ci­al o mi­né­rio de ferro.

Nas im­por­ta­çõ­es, o des­ta­que foi o de­sem­pe­nho dos bens de ca­pi­tal (má­qui­nas e equi­pa­men­tos), com au­men­to de 71,5% no vo­lu­me im­por­ta­do em setembro. Os pre­ços das im­por­ta­çõ­es re­cu­a­ram 3,5% no mês pas­sa­do an­te se­tem­bro de 2016. O su­pe­rá­vit da ba­lan­ça co­mer­ci­al acu­mu­la­do no ano até se­tem­bro foi de US$ 53,3 bi­lhõ­es, o que su­pe­ra o re­cor­de an­te­ri­or de US$ 48 bi­lhõ­es re­gis­tra­do pa­ra o ano de 2016.

“Con­tri­bui pa­ra es­se su­pe­rá­vit a re­cu­pe­ra­ção dos pre­ços das com­mo­di­ti­es ini­ci­a­da em 2016 e o cres­ci­men­to do co­mér­cio mun­di­al em 2017”, in­for­mou Lia Valls, pes­qui­sa­do­ra do Ins­ti­tu­to Bra­si­lei­ro de Eco­no­mia da FGV (Ibre/FGV), em no­ta oficial. Con­tu­do, a pes­qui­sa­do­ra pon­de­ra que de­ve ha­ver re­du­ção no su­pe­rá­vit co­mer­ci­al no pró­xi­mo ano, le­van­do-se em con­si­de­ra­ção a pro­je­ção do Fun­do Mo­ne­tá­rio In­ter­na­ci­o­nal (FMI) de que os pre­ços das com­mo­di­ti­es vão de­sa­ce­le­rar em 2018 e a pers­pec­ti­va de um cres­ci­men­to do Pro­du­to In­ter­no Bru­to (PIB, o con­jun­to da pro­du­ção de bens e ser­vi­ços) bra­si­lei­ro en­tre 2,5% e 3% no pró­xi­mo ano, o que le­va­ria a um au­men­to das importações.


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