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Estado de Minas

Série de reportagens do EM que conta a história de mulheres empreendedoras ganha o Prêmio BNB de Jornalismo

O trabalho mostrou a luta, o esforço e o sacrifício de mulheres que, mesmo enfrentando a pobreza e as dificuldades, se uniram e criaram o próprio jeito de ganhar a vida, transformando em fonte de renda e sobrevivência os recursos naturais disponíveis no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha


postado em 19/07/2017 20:15 / atualizado em 19/07/2017 22:17


A série de reportagens “Mulheres de Fibra”, de autoria do repórter Luiz Ribeiro, publicada pelo Estado de Minas entre 29 e 31 de agosto de 2016, venceu o Prêmio BNB de Jornalismo – edição 2017, na categoria extrarregional. No total, concorreram 192 trabalhos de todas as regiões do Brasil. O resultado do prêmio, que tem como objetivo dar visibilidade a ações capazes de promover o desenvolvimento regional com sustentabilidade, foi anunciado ontem em Fortaleza (CE).

Fruto de três meses do trabalho jornalístico, a série de reportagens “Mulheres de Fibra” mostrou a luta, o esforço e o sacrifício de mulheres empreendedoras que, mesmo enfrentando a pobreza e as dificuldades, se uniram e criaram o próprio jeito de ganhar a vida, transformando em fonte de renda e sobrevivência os recursos naturais disponíveis no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha. Elas aproveitam produtos como o pequi, o buriti e outros frutos do mato. Além de alimentos, produzem artesanato e remédios caseiros, melhorando as condições de vida de lugares carentes.

Repórter Luiz Ribeiro recebe Prêmio BNB de Jornalismo - edição 2017, na categoria extrarregional(foto: Ulisses Vasconcelos/Divulgação)
Repórter Luiz Ribeiro recebe Prêmio BNB de Jornalismo - edição 2017, na categoria extrarregional (foto: Ulisses Vasconcelos/Divulgação)

Para Luiz Ribeiro, a conquista de mais este prêmio foi especialmente gratificante. “Neste trabalho conseguimos mostrar mulheres que são responsáveis por manter não só suas famílias, mas comunidades inteiras. Mostramos histórias de luta e superação”, disse. O repórter percorreu pequenas comunidades de 11 municípios do Norte e do Vale, pesquisou, conheceu de perto a realidade que enfrentam no dia a dia e documentou a vida das mulheres lutadoras, de mãos calejadas, que encontraram no associativismo e na economia solidária uma forma de organização e de melhoria de vida.

Um bom exemplo mostrado na série de reportagens foi o grupo Mulheres do Cerrado, cujas integrantes melhoraram de vida com o aproveitamento de recursos naturais, superando a seca em 11 municípios do Norte de Minas. Outro destaque da mesma região são as mulheres que retiram o sustento do artesanato das fibras (folhas) de bananeira que eram descartadas pelos irrigantes do Projeto Jaíba. Outro grupo focalizado foi o Essências do cerrado”, que sobrevive do aproveitamento de ervas medicinais, elevando a renda em Claro dos Poções, município cuja renda per capita é de R$ 337,01, uma das mais baixas do estado.

Também foi revelado o sacrifício de mulheres, as chamadas “viúvas da seca”, de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, que encontraram no trabalho no sistema cooperativismo e na produção de artesanato uma forma de vencer as dificuldades enquanto os maridos estão fora, no trabalho em colheitas de café no Sul do estado ou no corte de cana no interior de São Paulo. Ainda no Jequitinhonha, foi documentado o trabalho de mulheres de Diamantina que retiram a renda da colheita da sempre viva, espécie aproveitada na decoração.

O Estado de Minas já havia vencido o Prêmio BNB de Jornalismo em duas oportunidades. Em 2014 com a série de reportagens “A sede do rio”, de Paulo Henrique Lobato, sobre o Rio São Francisco, e com “Brasil de Gonzaga”, em 2012, sobre o Rei do Baião.


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