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Estado de Minas

Rede de idiomas de BH é vendida

Wise UP compra Number One, que manterá foco no público infanto-juvenil. Valor da transação, porém, não foi revelado


postado em 20/06/2017 06:00 / atualizado em 20/06/2017 12:50

De olho no mercado mineiro de ensino de línguas, a rede de idiomas Wise Up anunciou ontem a compra da franquia Number One. De origem mineira, a Number One tem 45 anos de atuação e é voltada para o público infanto-juvenil. Atualmente são 25 mil alunos e 2,5 mil funcionários em 135 unidades espalhadas por 13 estados. No ano passado, o faturamento chegou a R$ 102 milhões.


“Quando fazemos uma aquisição, temos um interesse específico, que pode ser por território, tecnologia ou processo de gestão. No nosso caso, adquirimos o Number One por uma questão territorial. É pequena a nossa presença em Minas, enquanto a Number One é líder absoluta no estado”, afirmou o empresário Carlos Wizard, um dos sócios da Wise Up. De acordo com ele, a rede tem hoje apenas oito unidades no estado.

A proposta é que a Wise Up e a Number One atuem em focos diferentes: a primeira continuará voltada para o público adulto, principalmente executivos e empresas, enquanto a Number One se dedicará a crianças e adolescentes. “Vamos trabalhar paralelamente as duas marcas, cada um com um foco específico e com sua faixa etária”, completou Wizard. A marca Number One, segundo ele, será mantida.

O valor da operação não foi revelado pelos empresários, em razão de uma cláusula contratual de confidencialidade. Com a aquisição, a Number One agora fará parte da holding Wiser Educação, composta ainda pela You Move, além da Wise Up. Somadas as três empresas, a expectativa é de que o faturamento da holding chegue a R$ 350 milhões anuais.

Com a compra da Number One, a Wiser Educação somará 455 escolas de idiomas no país, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. O número de funcionários vai saltar dos atuais 8 mil para 20 mil. Os planos do grupo são expandir para pelo menos mil unidades até 2020. Para isso, a empresa está avaliando a compra de outras duas redes no país, cujos nomes ainda estão em sigilo. Mas, segundo Carlos Wizard, são duas redes “maduras”, uma delas com atuação em Minas Gerais.

O objetivo da Wise Up é chegar a outras faixas etárias e atingir públicos de renda mais baixa. Para Wizard, o Brasil é um mercado promissor para o ensino de línguas uma vez que apenas de 2% a 3% da população fala o inglês com fluência.

Recompra A história da WiseUp é marcada por idas e vindas. Em 2013, a empresa foi vendida por R$ 877 milhões para a Abril Educação. Dois anos depois, Flávio Augusto da Silva – fundador da rede – recomprou a empresa por R$ 390 milhões, menos da metade do que recebeu na venda. Quando foi vendida, a empresa tinha 400 escolas e um faturamento de cerca de R$ 240 milhões. Na recompra, a rede se resumia a 250 unidades e uma receita de R$ 170 milhões.

No mês passado, Carlos Wizard comprou 35% da Wise Up por R$ 200 milhões, restando os outros 65% com Flávio. A mesma proporção foi seguida na holding. Na ocasião da negociação entre o empresário e a Wise Up, foi anunciado para breve uma aquisição no mercado de ensino de língua estrangeira. Ontem, foi revelada a compra da Number One.

A Number One foi criada em 1972 em Belo Horizonte, pelo professor Marcio Mascarenhas, que propunha um método inovador para o ensino do inglês, sem necessidade de tradução. A primeira escola foi aberta no ano seguinte. A assessoria de imprensa da Number One foi procurada pela reportagem, mas a informação é de que o assunto seria tratado apenas pelos compradores da franquia.


Number One em números

45 anos
de atuação

25 mil
alunos

2,5 mil
funcionários

135
unidades

13
estados

R$ 102 milhões
de faturamento em 2016


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